AGONIZANDO A DESPEDIDA
Queria hoje, tua presença. Ah! Sim, queria...
Ontem quis. E tive, ontem, até ontem.
Oh! Céus, como foi diferente conviver em teu ambiente, gozar com teu gozo. Esposar-te na hora de meu despojo, razão e hora do amor todo, que guardei para aquele instante.
Quis tanto você, na verdade, que esqueci toda minha vaidade, e a maldade possível tão dita, pelos que olharam, séria, minha dedicação e instante.
Eu só quis fazer teu mundo novo, quis sorrir feliz de novo, quis uivar olhando estrelas, céu, noite e luar...
Eu quis perfumes, cores e sombras que vejo ao me outrar, quis enfim respeito acima de tudo, pois que, amor sem razão, é esquisito, é putaria, puro conflito.
Ah! Quanto te quis, não vais saber nunca, pois que, na mentira ficou a vontade, que é grande amiga, da verdade.
No grito, na confusão mental, no escândalo, foi-se o outro resto.
Em sinal de protesto, calei...Não te vi. Não te quis.
Sofri meu medo, perdi meu segredo.Voltei a ti – no embaralho.
Pro caralho a solidão, ao inferno com a razão.
Da razão, o sentimento é parte, fazem-se em conjunto como na arte.Unidos à entrega, na coalizão.
Deixo aqui, este, como um beijo, não como um longo epitáfio em negro jazigo. Faço deste, minha presença, sem maldade, sem razão, pois que, este, já o é.
Só, com a vontade de ti, que antes habitou todo meu ser.
Fica em paz, encontre tua parte, mas, não te acometas mais daquela arte que ousastes pintar em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário