MAIS UM BRECHÓ NO CAMINHO DAS PEDRAS
Muito
do amor que trago no peito, não é sabido ou compreendido por meu povo –
considero meu povo aquele que sigo e que a mim segue por conta dos interesses
comuns e dos laços pares que nos prende – Assim, talvez por conta do muito e do
pouco que soul, o prazer que sinto por viver neste meu Bairro de Areia Branca e nesta minha Cidade de
Belford Roxo – muito embora os sentimentos de universalização, me acometam e me
matem de uma saudade diferente, aquela pelo que ainda não vi e conheci, uma
saudade pelo que não aconteceu - passem batido...
A
capacidade que nós tivemos para reconstruir a nossa identidade, que forjada em
mentira e falsidade, foi enfim redefinida com uma nova identidade social e autoestima,
uma quebra do maldito estigma anterior, que nos surgiu através da arte e da
cultura, lugar incomum e indiretamente proporcional ao que recebemos do poder
público local – favor ler e prestigiar a obra do amigo de composições e música,
o Mestre em Ciências Sociais André Leite – precisa ser, melhor compreendida e
relatada.
Se
na Memória Social, repousa uma ação que surge da coragem de enfrentar o
desconhecido e o subjetivo, posto que no desconhecido estão, o universo
violento das práticas marginais e no subjetivo, está o poder empreendedor e
criador de uma matéria não palpável e previsível que é a arte, na Memória
Histórico-Antropológica, estão os registros pictóricos, arqueológicos,
econômicos e, genéticos, pois que, somos o que sobrevive da extinção massacre
aos nativos, primeiros e originais seres desta região – os índios jacutingas, e
somos ainda remanescentes dos negros escravos, trazidos de África, também
conhecidos por jacutingas – A hidra de iguassú, em referência a hidra de Lerna,
pelo caráter quase indestrutível e imbatível daqueles negros quilombolas –
favor consultar e prestigiar a obra do Phd em História, o meu amigo e mestre,
Dr. Nielson Bezerra, um morador de Belford Roxo, que vive entre a Vila Paulina
e Quebeq no Canadá, que vive entre as estradas ruins da Joaquim da Costa Lima e
os belos palácios e museus de Paris ou às velhas e dolorosas histórias de New
Orleans, que vive entre os niticiários nada bons sobre a Baixada Fluminense e o
mofo dos livros em que mergulha em seu incansável trabalho de pesquisa.
Areia
Branca, bairro de Belford Roxo, tanto quanto outros bairros foi passagem de
riquezas que vinham de muitos lugares, a caminho do embarque para a Metrópole,
que estava na Europa, via rio Sarapuhy, a economia deste local quer seja a
produzida nos mocambos e quilombos ou a produzida pelos invasores e dominadores
europeus era grande – favor reconhecer e prestigiar a obra do já citado
historiador o Dr. Nielson.
Por
tal passado é, justo que tenhamos um presente melhor, com vistas a um futuro econômico-social,
mais e mais promissor. Mas, infelizmente, a forma como é explorado o comércio
neste Bairro, não nos permite vislumbrar um futuro ao menos parecido com o
atual presente, dos bairros circunvizinhos, os aparelhos comerciais estão na
mão de poucos proprietários, na verdade apenas quatro pessoas/famílias,
controlam “todas” as lojas ofertadas à exploração comercial no bairro, que não oferece
espaço à instalação para exploração comercial, de escritórios diversos
(contábeis, advocatícios e de serviços em geral) e, falta-nos um supermercado
descente e condizente com o aumento populacional (teremos inauguração em breve
do novo condomínio ainda em construção e que aumentará no mínimo em mais 150 famílias, a população do bairro),
falta-nos padarias descentes com pão fresco e ofertas de bolos e doces, lojas
de roupas e calçados, cosméticos, lingeries, artigos
esportivos, peças para carros e motos, agências bancárias, loteria federal, postos de
gasolina, restaurantes, padarias, consultórios médico, veterinário e
odontológico....falta-nos
tudo...E este é o motivo principal deste
prolixo texto...
OBSERVE O NOVO EMPREENDIMENTO
COMERCIAL DE AREIA BRANCA
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