Minha mãe sempre me falou que nasci as 14:10 min
Portanto ainda agora não completa a volta do tempo
inexorável tempo
que me leva aos quatro ponto seis
mas já chega ele em peso e canseira
desse andar andar de meus dias
caraca...quase meio século...quase
Daqui a pouco vai rolar para aqueles que por aqui chegarem
para me alegrar com um abraço: um formoso, cheiroso e delicioso
pé de galinha
há quem diga que risos e pé de galinha não fazem mal a ninguém
e eu aqui aos pés dos cinquenta...virei adepto deste caldo
que na infância, adolescencia e mese atrás
rejeitava...
SOBRE A VELOCIDADE CÍNICA DO TEMPO
Sylvio Neto
Vendo as pipas
Navegarem iluminado
Céu azul
Reprovei as putas
Rugas a brotar
De meu rosto cansado
Entre o tempo e a memória
Corro sempre do passado
Assusto-me no presente
E cultuo o riso cínico
Sylvio Neto
Vendo as pipas
Navegarem iluminado
Céu azul
Reprovei as putas
Rugas a brotar
De meu rosto cansado
Entre o tempo e a memória
Corro sempre do passado
Assusto-me no presente
E cultuo o riso cínico
Do amanhã potente
DELÍRIO SÃO
A espada de Ogum
Descansa sobre minha cabeça
Um Exu limpa
Meu caminho e a volta toda
Raphael e Mihael
Estão a minha porta
E isto não é tudo
Que sei...
Há tanto grito
A gritar
Há fazeres
A serem feitos
E enfeites a enfeitar
Perfunctórias ações
Para salvar o corpo
O coração e a memória
Delírio são
Este de convocar
O povo de minha História
A salvar
A consciência
De minha memória
Num relâmpago
Poesia chama
Contra revolução idílica
Do deserto da História
A espada de Ogum
Descansa sobre minha cabeça
Um Exu limpa
Meu caminho e a volta toda
Raphael e Mihael
Estão a minha porta
E isto não é tudo
Que sei...
Há tanto grito
A gritar
Há fazeres
A serem feitos
E enfeites a enfeitar
Perfunctórias ações
Para salvar o corpo
O coração e a memória
Delírio são
Este de convocar
O povo de minha História
A salvar
A consciência
De minha memória
Num relâmpago
Poesia chama
Contra revolução idílica
Do deserto da História
ESTADO DE ESPÍRITO
Cortada a alma
Ferida a carne
Inválida
A fome de viver
Dizimado em mil
Pedaços
Os traços, as letras
Os poemas
Já não são a pele
Ou as penas
Deste vil verbena
O que foi que eu fiz
Com meu tempo?
Que injusto vento
Este que me traz
Tormento...
Olha!! O que foi que eu fiz
Com meu tempo...
Ferida a carne
Inválida
A fome de viver
Dizimado em mil
Pedaços
Os traços, as letras
Os poemas
Já não são a pele
Ou as penas
Deste vil verbena
O que foi que eu fiz
Com meu tempo?
Que injusto vento
Este que me traz
Tormento...
Olha!! O que foi que eu fiz
Com meu tempo...
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