FRONTEIRAS DA DOR
No aniversário de 60 anos de Israel, como Estado reconhecido pela ONU, só me chegam a mente imagens ruins de bombardeios e atos de terror, lá e acolá. Acolá, que eu digo é na Palestina e na Síria. E lá, nos assentamentos israelenses nas regiões tomadas (ou ocupadas o que é a mesma coisa no fim das contas) e em ações terroristas nas regiões centrais de Israel.
Fatos absolutamente lamentáveis pois parece que ainda vivemos uma época de terror representadas na história por um período anterior e ainda pela própria era do medo representada pela escuridão do medievo.
A sociedade israelense e seus avanços, sua neutralidade, sua contrariedade e sua necessidade de paz se dissipam ante aos que produzem, provocam e faturam com a covarde e milenar intifada.
Aqui no Brasil, parece que a inveja do processo e do procedimento beligerante no Oriente Médio ou ainda por querer relembrar o extermino feito pelos norte americanos (já não eram mais ingleses a esta altura) contra seus nativos no avanço para o Oeste ou ainda a vontade de reviver o Brasil Colônia e as Reduções indígenas e o avanço sanguinário dos desbravadores sem botas, mas com arcabuzes e facões contra os seres humanos, homo sapiens autóctones, desta Terra, faz com que se invente – e aqui mora a necessidade de ampla discussão – uma fragilidade causada por povos indígenas a Soberania Nacional.
Um lobby violentíssimo do governo de Roraima (lembram das Superintendências de Desenvolvimento e dos escândalos com o dinheiro público ?), dos fazendeiros (e/ou chefes de lacaios e bárbaros assassinos criminosos?) plantadores de arroz e demais interessados na riqueza das terras da região provocaram já, mais de uma dezena de feridos e uma razoável contagem de corpos.
Por conta dos dois casos citados que contam com teores e circunstâncias particularmente diferentes mas que tem o capital e o poder oriundo dele como pano de fundo provocador, resolvi postar um único texto nos dois blogs escritos por mim (http://bloggdosylvioneto.blogspot.com/ e http://sylvionetpopoesiaeprosa.spaces.live.com/)
REFENS DO SER VIL
Para que?
Por quem?
Por que? Por que?
Bororó civilizado neném
Cunhatã, Pavuna, Itaguaí
Magé, Saracuruna, Acari
Quase todos te amam
Mas ninguém te quer
Por aqui...
Quantos beijos você pode dar?
Quantos beijos você deu
Naquele Yanomami
Antes do jantar?
Estariam Bush e Ariel Sharon
Na Cis-jor-da-ni-a?
Estariam George e Sharon
Na História?
Siox, Cherokee, Iroqui
Tupi, Maia, Asteca, Meri Oriedi
Estariam aqui?
Bororó?
Gil e o discurso de Ministro?
Estariam aqui?
Faluja Xiita, Tupi Guarani
Anchieta, Antonil, Tomé de Souza
E tome Tomé
E tome Men de Sá
“ E por mais de mil léguas de praia
estendidos os corpos foi o que se viu”
Ser vil
Estaria ainda aqui, Men de Sá?
E Sabra e Satila de Sharon?
E a triste história da noite
Dos mil mortos?
Eu vi na televisão
Gilberto dizer de harmonia
No renascer da cultura calada
Do Povo Novo
Junção harmônica
Entre a tradição e a invenção
Como num conto de fadas
Como Domingo no Parque
Tribo, aldeia , taba
A-flu-en-te,
Negro, Ji-Pará
Andiroba, xique-xique, jequitibá
Calango, Jesuíta, redução
Aldeiamento, reino de fogo, trovão
Assentamento, refugiado, Hebron
Sem Terra, MST, Funai
A-flu-en-te,
Paraty, Goias, Goytacaz
Pimenta do reino na feitoria
Faz backing vocal no tempero
E tem cheiro
Cor de ouro e prata
A bota, o arcabuz e o facão
Arriam a floresta no chão
E impõe o concreto da razão
Sem
O alicerce de cocar e o louvor a Terra
Que o Xamã vermelho chamou
Para despistar Anhangá
Durante o Huka-Huka dos Kamaiurá
No Kuarup
Araribóia, Sardinha
Vieira, Tchucarramã, Raoní
Eu quero os irmãos Villas Boas aqui
Estamos todos marcados
Mas
Há apenas um deus que corre nas veias
E que nos acaricia o rosto
E sustenta os pássaros?
Não,
Eles são mais de um
Em Guarací, Jaci e Rudá
Eu vejo o Brasil na TV
E o que foi o início
De EU a VOCÊ
Mas não sinto o canto da mata
Quase não ligo
Quando você mata
E talvez finja não ver
Quando matam você
Não há aqui
Um problema comum
E não se reduz ele
A apenas um
Guanabara, guaraná, Araribóia
Vatapá, acarajé, feijão, tutu
Feijoada, Xavantes, Yanomamis
Xingú
No aniversário de 60 anos de Israel, como Estado reconhecido pela ONU, só me chegam a mente imagens ruins de bombardeios e atos de terror, lá e acolá. Acolá, que eu digo é na Palestina e na Síria. E lá, nos assentamentos israelenses nas regiões tomadas (ou ocupadas o que é a mesma coisa no fim das contas) e em ações terroristas nas regiões centrais de Israel.
Fatos absolutamente lamentáveis pois parece que ainda vivemos uma época de terror representadas na história por um período anterior e ainda pela própria era do medo representada pela escuridão do medievo.
A sociedade israelense e seus avanços, sua neutralidade, sua contrariedade e sua necessidade de paz se dissipam ante aos que produzem, provocam e faturam com a covarde e milenar intifada.
Aqui no Brasil, parece que a inveja do processo e do procedimento beligerante no Oriente Médio ou ainda por querer relembrar o extermino feito pelos norte americanos (já não eram mais ingleses a esta altura) contra seus nativos no avanço para o Oeste ou ainda a vontade de reviver o Brasil Colônia e as Reduções indígenas e o avanço sanguinário dos desbravadores sem botas, mas com arcabuzes e facões contra os seres humanos, homo sapiens autóctones, desta Terra, faz com que se invente – e aqui mora a necessidade de ampla discussão – uma fragilidade causada por povos indígenas a Soberania Nacional.
Um lobby violentíssimo do governo de Roraima (lembram das Superintendências de Desenvolvimento e dos escândalos com o dinheiro público ?), dos fazendeiros (e/ou chefes de lacaios e bárbaros assassinos criminosos?) plantadores de arroz e demais interessados na riqueza das terras da região provocaram já, mais de uma dezena de feridos e uma razoável contagem de corpos.
Por conta dos dois casos citados que contam com teores e circunstâncias particularmente diferentes mas que tem o capital e o poder oriundo dele como pano de fundo provocador, resolvi postar um único texto nos dois blogs escritos por mim (http://bloggdosylvioneto.blogspot.com/ e http://sylvionetpopoesiaeprosa.spaces.live.com/)
REFENS DO SER VIL
Para que?
Por quem?
Por que? Por que?
Bororó civilizado neném
Cunhatã, Pavuna, Itaguaí
Magé, Saracuruna, Acari
Quase todos te amam
Mas ninguém te quer
Por aqui...
Quantos beijos você pode dar?
Quantos beijos você deu
Naquele Yanomami
Antes do jantar?
Estariam Bush e Ariel Sharon
Na Cis-jor-da-ni-a?
Estariam George e Sharon
Na História?
Siox, Cherokee, Iroqui
Tupi, Maia, Asteca, Meri Oriedi
Estariam aqui?
Bororó?
Gil e o discurso de Ministro?
Estariam aqui?
Faluja Xiita, Tupi Guarani
Anchieta, Antonil, Tomé de Souza
E tome Tomé
E tome Men de Sá
“ E por mais de mil léguas de praia
estendidos os corpos foi o que se viu”
Ser vil
Estaria ainda aqui, Men de Sá?
E Sabra e Satila de Sharon?
E a triste história da noite
Dos mil mortos?
Eu vi na televisão
Gilberto dizer de harmonia
No renascer da cultura calada
Do Povo Novo
Junção harmônica
Entre a tradição e a invenção
Como num conto de fadas
Como Domingo no Parque
Tribo, aldeia , taba
A-flu-en-te,
Negro, Ji-Pará
Andiroba, xique-xique, jequitibá
Calango, Jesuíta, redução
Aldeiamento, reino de fogo, trovão
Assentamento, refugiado, Hebron
Sem Terra, MST, Funai
A-flu-en-te,
Paraty, Goias, Goytacaz
Pimenta do reino na feitoria
Faz backing vocal no tempero
E tem cheiro
Cor de ouro e prata
A bota, o arcabuz e o facão
Arriam a floresta no chão
E impõe o concreto da razão
Sem
O alicerce de cocar e o louvor a Terra
Que o Xamã vermelho chamou
Para despistar Anhangá
Durante o Huka-Huka dos Kamaiurá
No Kuarup
Araribóia, Sardinha
Vieira, Tchucarramã, Raoní
Eu quero os irmãos Villas Boas aqui
Estamos todos marcados
Mas
Há apenas um deus que corre nas veias
E que nos acaricia o rosto
E sustenta os pássaros?
Não,
Eles são mais de um
Em Guarací, Jaci e Rudá
Eu vejo o Brasil na TV
E o que foi o início
De EU a VOCÊ
Mas não sinto o canto da mata
Quase não ligo
Quando você mata
E talvez finja não ver
Quando matam você
Não há aqui
Um problema comum
E não se reduz ele
A apenas um
Guanabara, guaraná, Araribóia
Vatapá, acarajé, feijão, tutu
Feijoada, Xavantes, Yanomamis
Xingú
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