quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

QUEM MATA - O PIPEIRO, O CEROL OU A LINHA?

EXISTEM VÁRIAS PÁGINAS COM A GRAFIA SEROL

Quando eu era menino, a diversão era buscada com algumas brincadeiras que não resistiram ao tempo e que hoje a gente não vê mais a molecada reproduzindo. A tecnologia chegou e com a internet, o msn, o orkut, os jogos para PC, os videogames, canais como Cartum, Disney, Nick e vários outros a molecada se diverte meio que dentro de casa.

Mas como existem os excluídos, aqueles, cujos pais não tem condição de firmar uma assinatura de tv a cabo ou satélite (e nem mesmo a gatonet muito comum nos bairros), uma assinatura de conexão nem rápida e nem lenta (muitos sequer tem linha telefônica) e nem tem computador em casa, continuam a desenvolver brincadeiras em casa no quintal ou na rua.

Quando era garoto tinha o futebol que rolava na rua (que não era asfaltada) e nos campinhos que tanto eram de terra como de grama (muitas vezes barro), rolava aquele bafo que fazíamos com papel de cigarro e onde cada marca de cigarro tinha um valor de aposta, tinha o pique bandeirinha (eu era veloz), carniça, pêra uva ou maçã, anelzinho, casinha (era horrível ser dominado pelas garotas só pra poder viajar na possibilidade de rolar alguma coisa...), chicotinho queimado, bola de gude, pião (que nunca aprendi a rodar) e entre outras brincadeiras a famosa pipa e a arraia.

E é claro que aquela inocência olhada com saudades de hoje também comportava alguma maldade que estava embutida no famoso e polêmico cerol (e olha que esta palavra em minha época de moleque já era sinônimo de executores e agentes de grupos de extermínio – to falando dos anos 60/70/80), que tanto quanto hoje tinha em sua composição: vidro moído e cola de madeira (e eu lembro bem que o filho do dono da banca de jornal me encomendava vários vidros em troca da sessão de gibis para leitura ali mesmo na banca ou para trazer para casa, dependia da quantidade e da qualidade).

Por que o cerol de minha tenra idade não matava e o cerol de hoje mata? Antigamente no máximo cortávamos as mãos...Mas a tecnologia não avançou apenas na área de eletro-eletrônicos não ela avançou em todas as áreas e a linha que usávamos antigamente e que chamávamos de dez dos grandes ou dezão ou o dez dos pequenos ou dezinho, a linha em carretel que na evolução passou a ser chamado derão e derinho era a linha dez da corrente...Hoje a potência desta linha é 100 vezes maior e isto se traduz no fato de que ela não arrebenta fácil e de que já não é mais feita de algodão simplesmente ela é sintética, derivada de petróleo e sei lá mais o que.
O cerol corta, mas quem mata, é a linha que não arrebenta, e corta antena de carro, lataria, tanque de moto, teste, orelhas, olhos, mãos e pescoço de pessoas.

QUEM MATA - O PIPEIRO, O CEROL OU A LINHA?

CAMAS REPARTIDAS

Sabendo com tristeza do amor que vai se minando e separando casais amigos...Fico olhando de muito mais perto do que preciso para o meu passado...Tanto o mais remoto quanto o mais recente...Amores desfeitos, camas repartidas...Vida a ser refeita, filhos sem o entendimento do que rola: Ce La Vie

Para meus amigos que se desencontram da paixão, do entendimento interpessoal e da grandeza do jogo dançante de ceder e avançar:

Cyber
a ética do amor
caiu na rede

peixe off line

reconectar agora?