sexta-feira, 5 de junho de 2009

O RAPPA QUE É LAURO BIKO E A MISSÃO QUE TEM RÔMULO COSTA ... A Responsabilidade Moral de Um Artísta e E a Responsabilidade Cultural de Um Secretário

POLÍTICA DE EVENTOS OU POLITICA CULTURAL?
A Saga e Périplo a Ser Enfrentada Pela Secretaria de Cultura


Foi realizado em Areia Branca em fins de maio passado um mega show que envolveu a caravana da Furacão 2000 empresa de nosso Secretário Municipal de Cultura Sr. Rômulo Costa - O Pai Moreno do Funk e a Banda O Rappa que tem aqui entre nós mãos, pés e inspirações.

O Rappa é a banda formada inicialmente pelo músico Marcelo Yuka - que foi um dos integrantes da histórica KMD5 (Negril, Dida Nascimento), banda que junto ao Lumiar (Cidade Negra) foi precurssora de um grande movimento em Belford Roxo, o chamado movimento reggae, que pode ser incluído como um movimento sócio cultural de grande abragencia - Ver tese Memória Musical da Baixada Fluminense do Sociólogo André Leite.

Além de Marcelo Yuka, O Rappa, teve a gestação na cabeça reggueira sem limites de Nelson Meireles (caramba por onde anda vcê cara...?), que foi o produtor da banda Lumiar, levando-os a gravadora sony (selo Epic) e a serem posteriormente, mundialmente, consagrados como Cidade Negra.

Ainda após a sua sahída do KMD5, que tinha Lauro Farias, como um dos fundadores e baixista, Marcelo Yuka, montou o Conexão Xangô (caramba e você Keba por onde anda?...), banda que tive a oportunidade de fazer um som na época de minha banda Postura Africana, em um mesmo evento, aqui mesmo, em Belford Roxo na antiga Esther drink´s, hoje, Mega Titanium...E lá, eu ousarei dizer que Yuka, lança publicamente os pilares do que seria o Rappa, pois em entevista ao Marcos Ferrari, que fazia um programa de reggae na Rádio Fluminense - esquecí o nome do programa mas a vinheta surge aqui na cachola...(hô Saudade!!! e por onde anda o Marcos Ferrari?), falou jah em bateria trigada e ligada a um cérebro e jah o Conexão fazia uma onda de reggae, ragga bem pesada com guitarras pesadonas, naipe de metais e uma onda bastante eletrônica - mas vinda só das baterias, com loopings e fader e sei lá mais o que.

Então posso afirmar nesta sexta feira de sol que O Rappa tem mãos, pés e insprações aqui em nossa Belford Roxo.

Durante o show, Lauro Farias, que é irmão de Bino Farias do Cidade Negra e de Otácilio Farias - O Cilinho - que foi da BBBT, do Negril - quase todos os irmãos são excelentes músicos inclusive o pai, as irmãs são absolutamente maneiras (rs) - e hoje faz o baixo da carreira solo do broder Da Gama (ex Cidade Negra), foi justamente homenageado e retribuiu o gesto de maneira incrivelmente simpática a sua Terra...A sua autóctone Belford Roxo, oriundo da Pian que é: Agradeceu e ofereceu a moção pública recebida a todos nós que fazemos cultura e arte aqui na "área": a gradeceu a mim, Sylvio Neto, pela potencialização da "cena" literária e poética a custas dos projetos Poesia Na Varanda e Poesia Na Câmara, agradeceu a Dida Nascimento, pela "restauração" do histórico Espaço Donana em seu reinício de atividades (que eu ainda não prestigiei em uma atitude de erro profundo pois que Dida está sempre nos Sarais junto a sua linda Cigana poetisa do Pó de Poesia e Jardim de Clitóris), agradeceu também e ainda a vários outros tantos manos que pegam no pesado tentando enlevar a identidade sócio cultural dos nossos, que buscam através de um encontro com a cultura local, autêntica e autócnone e ainda com aquela temperada com os processos migratórios que encontraram fim e pousio, aqui na Belford Roxo, nossa, quebrar, partir, desconstruir os "estigmas' imputados a nossas costas, enfim, agradeceu e ofereceu a moção publica aos que trabalham insistentemente na construção de uma auto estima afinada com as possibilidades de tranformação socio cultural.

Hoje pela manhã...Enviei a Lauro um mail, agradecendo sua envergadura moral diante das autoridades públicas de Beford Roxo, alguns representantes do Legislativo e o Secretário Municipal de Cultura Rômulo Costa...Não distante do agradecimento e da emoção a um reconhecimento público a cerca de seu trabalho e importância para o Municipio, Lauro Farias, foi além da nervura do real existente naquele exato momento - pois a atitude das autoridades, não se sustenta no dia a dia do fazer e do pensar político - a cena criada é um lapso um ponto fora da curva - quisera poder ela se repetir mandato a seguir...Sensível, Lauro decerto percebeu a Caixinha de Pandora, o Cavalo de Tróia, o Trojan que seguia junto aquela "moção pública" e lembrou daqueles que já citei acima, daqueles que fazem existir uma politica de resistencia cultural em um Municipio que não comtempla uma política cultural, a um Municipio que não tem diagnosticada a sua situação cultural, ou sócio-cultural, a um Municipio que não tem linkadas as suas várias secretarias, pastas que não trabalham em uníssono com a pasta da Cultura...Enorme prejuízo social, enorme prejuízo educacional, enorme prejuízo econômico...Enorme prejuízo político...

Aconteceram em Belford Roxo, diversas solenidades públicas - como por exemplo a posse do Sec. Municipal de Cultura, o carnaval, a assinatura de convênio com o governador Sérgio Cabral e representante do BID, para reinício das obras no Município, entre outros - que contaram com o comando e animação (da festa que se formou em torno das solenidades com vistas a tornar a ação ecumênica) do Sr. secretario Rômulo Costa e sua esposa Priscilla Nocett - sempre acompanhados do bonde da Furacão 2000 - Hawaianos, os mulekes, perla e demais contratados da empresa do secretário - Todos sabemos que quando uma pasta é criada, sua dotação orçamentária só passa a existir após a votação pelo Legislativo do orçamento do ano seguinte...Tecla SAP: A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo então, existe e não existe, pois não tem granaaaaaaa...Dahí...Entendemos a boa vontade do secretário em trazer (não sei a que custo...se o do tapinha nas costas ou o de um pagamento futuro...e em qualquer das modalidades há boa vontade da parte do secretário/empresário) dando seu calor as solenidades...

Mas vejamos...

Será que não caberiam nestas mesmas solenidades atrações e ações artísticas locais também? Com o mesmo tapinha nas costas ou ainda com ou com a promessa de pagamento de cachê futuro?
Será que nos eventos oficiais não há realemnte a necessidade de se mostrar (aos pedaços que seja) sempre um pequeno mosaico do que se produz em termos musicais, cênicos, literários, audio visuais, plásticos, folclóricos e da cultura popular locais?

É difícil esta missão de pensar?
È impossível esta ação de reconhecimento, preservação, gentileza e potencialização da cultura local?

Será que os nossos não irão pensar, que cultura é apenas o funk e suas modalidades e variações (e eu considero sim...e acima da minha consideração e gosto é mesmo o funk cultura...a não ser que os conceitos de cultura tenham sido modificados) ?
Será que os nossos artístas vão ver ser perpetuado em mais um governo (e este prometeu ser a diferença) a indiferença a sua existencia?

Secretário...Toca funk...Mas toque também nossos corações e emoções e permita que seja plural a cultura de nosso Município...Secretário sem soro, capilaridade e porosidade...Nós todos vamos morrer asfixiados ...

Vereador ... Sem dotação orçamentária, um Conselho de Cultura sério e comprometido com o fazer cultural do Município, um corpo técnico capacitado a enfrentar os editais dos governos federal e estadual, da iniciativa privada e internacionais e ainda capazes de produzir eventos, gestar projetos, aprovar e reconhecer e buscar com método a potencialização das culturas locais em metódico diagnóstico...Nossa cultura será suplantada e nossos jovens perderão sua identidade...quando isso acontecer...Que os Deuses nos acudam.

Laurinho...meu broder de muitas lembranças...de algumas vibes impagáveis...E de uma atitude absolutamente ímpar, solidária, inteligente, simpática e responsável...Obrigado mais uma vez.