sábado, 2 de junho de 2012

LEVA E LAVA


LEVA E LAVA



Nas pontadas agudas

De dores que me surgem

Com mais frequência que antes

Vem-me o riso da esperança

E o renovado pedido: me leva

Me leva, me lava...



Que vontade de morrer da porra

Que vontade arretada de não ser

De não sofrer

De não aturar

De não ver, de não saber, de não querer



Em noite alta ou em pino dia

Enfio-me na lida

De pensar, pensar, pensar

E me surge com dor o pesar

De não poder saber equilibrar

De não saber surgir forte

Ante ao adverso perverso verso

Que não cansa de em cima de meu riso

rimar