quinta-feira, 16 de julho de 2009

COVARDIA E VINGANÇA 2 = INJUSTIÇA


O tempo que decorre da morte de um policial militar (não sei se o mesmo acontece com o policial civil), quer seja em combate ou não, até que sua esposa ou dependentes passem a receber a pensão - e me parece que se a morte acontece em circunstãncias que precisem ser investigadas e ainda quando o corpo não aparece - é absurdamente grande...Uma vergonha diante da luta e sacrifício desses profissionais da segurança publica.

Fico a pensar, em qual será o tempo, para que a esposa do policial recentemente assassinado durante uma tentativa de assalto na Cidade do Rio de Janeiro, possa vir a receber seus benefícios indenizatórios e pensão.

Com relação a este fato, o senhor Governador e nossos Deputados Estaduais, não se tocam...Não falam...Não agem.

Mas, impor as várias comunidades (tô falando das FA-VE-LAS) da Cidade do Rio de Janeiro, um toque de recolher disfarçado em medo, posto que há uma vingança em curso, eles sabem.

Sabem ainda colocar um aparato policial enorme - com custos severos - para que a gana de vingar a morte de um bravo guerreiro seja sanada.

Pergunto: - a quem atende tais espectativas...No tamanho todo da população do Estado do Rio de Janeiro, ou mesmo somente na Capital, a quem atende tais ações?

O volume dos gastos com deslocamento de tropas, munição, viaturas, aeronaves, pilotos e sei lá o que mais, atendem de forma honesta, de forma inteligente, de forma segura, de forma política, de forma justa, a nossa população?

Não estarão em andamento e em curso outros delitos, crimes e atos contrários ao bem viver para que tais forças sejam apenas deslocadas para estas missões de incursão e busca dos criminosos que fizeram a lenha contra o cabo do BOPE?Em ação escrachadamente particular?Quer dizer que eu pago a Segurança publica com meu imposto, para que esta, possa agir, em ação particular?

A troca de comando nos batalhões da policia militar e ainda no comando da policia militar não farão jus, a necessidade de melhoria na segurança publica carioca, todos sabemos que estas são ações políticas e de caráter apenas perfunctório. Muitos coronéis já se sentaram na cadeira de comando e sequer esquentaram o couro dando lugar a outro e a outro...

...Coragem eles tem...Mas o buraco é mais embaixo...Se nos chega a notícia (inclusive mostrada em filme de repercussão internacional) dos desmandos dentro dos batalhões, dos loteamentos de regiões e postos de trabalho, dos arregos...Todo mundo sabe, todo mundo vê...A coragem precisará ser bem mais hercúlea e portentosa, que a coragem de pequeno gigante que os cerca.

A melhoria da segurança publica deve começar pela limpeza dentro dos quartéis e delegacias. Os batalhões começariam pelos comandantes e Estado-Maior, as delegacias começariam pelos delegados e assim por diante...Não adianta punir soldado que dá tapa na cara de moleque dentro de casa se este sabe que seu comando é leviano, não adianta assassinar jovens bandidos (que quem sabe presos poderiam ser recuperados?quem sabe?depois de morto é que não saberemos...), não adianta ter a imprensa editando imagens e falas e a M... continuar rolando.

De uma coisa eu sei...Eu não vendo armas para os bandidos...eu não transporto e nem vendo cocaína para as favelas...eu não prendo (até porque não tenho este poder e fé publica) e solto mediante "calorosas' quantias de propina...E quando eu sinto pela morte de um policial (quer seja civil ou militar - e não falo de policial rodoviário federal e nem de agente federal, porque estes, não morrem em número sequer parecido com o dos policiais militares(ainda bem), posto que não entram quase nunca em combate...mas talvez se o fizessem, nas frágeis e extensas fronteiras brasileiras, entrasse, uma menor quantidade de cocaína, crack e maconha)... eu não sinto de forma demagógica, posto que naum sou parlamentar que vive seus grandes momentos de fama política, dizendo-se defensor da classe, tampouco sou colega que vive do arrego das favelas ou ainda da venda de armas apreendidas a bandidos ou mazelas parecidas...

Eu sinto, porque alí, se encerra a vida de um ser humano que tem como bastião a luta pela possibilidade de uma vida em segurança...E, se, e quando, esta máxima, é uma verdade...Não sendo...Será menos um bandido no mundo.