quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ENFIA O PITACO NO C.


Opiniões remontam a algo bastante pessoal...Podem surgir do auto conhecimento, da interação absoluta com o assunto, com a defesa de direitos, com a ética e moral criadas para defender e/ou acusar grupos sendo assim corporativa....Pode ser de leigo, o famoso pitaco...E ser só por ser...

De opiniões o mundo está cheio.

Em nosso dia a dia. Em nosso andar andar...Trombamos com coisas e causas a que instintivamente, deitamos opinião e julgamentos...A maior parte deles, nem chegamos a verbalizar, escrevendo ou falando...

Ontem, por exemplo, caminhando por Madureira, naquela rua que segue do Viaduto Negrão de Lima em direção ao Império Serrano, tive de caminhar a maior parte do tempo a beira da rua, fora da calçada, que sendo já estreita e ainda comportando um numero sempre razoavelmente grande de transeuntes, insiste em ter ainda em disputa de espaço, as bancas das lojas que alí se instalam (Citycol e Regininha são duas delas que me lembro)...Por conta do Choque de Ordem, não é possível encontrar, ali, camelôs e ambulantes....Pois que eles, atrapalham o ir e vir...e as bancas dos próprios lojistas?

E as bancas dos próprios lojistas?
E as bancas dos próprios lojistas ?

Bem, esta é a minha opinião...Este veículo..Não me impede de impor/colocar/expor a minha opinião (não posso fazer e não farei aqui serão ofensas pessoais)...É ela aqui sempre colocada de forma muito honesta...A blogosfera, tem esta nuance...E esta missão, entre outras...

As emissoras de tv e os jornais com seus noticiários...Em minha opinião...Não deveriam expor suas opiniões...O jornalista e os jornais e telejornais devem expor a notícia...A controvérsia, a discussão que surge em torno da notícia, advinda da sociedade civil, das corporações, dos juristas, dos parlamentares e enfim de todo aquele que se sente ofendido ou compelido a opinar por interesse de causa ou ainda por gostar de dar pitaco...

A notícia deve ser mostrada com imparcialidade...Sem opinião....Sem pitaco.

Até porque nós não pedimos a opinião deles...E não há, tal como há, aqui, a possibilidade da geração de um feedback...No telejornal da tv ou nas noticias dos jornais – salvo os editoriais – falou ta falado...Não há réplica...

Hoje, no Bom Dia Brasil da Rede Globo, mas uma vez todos os jornalistas sem exceção, capitaneados, pelo Alexandre Garcia, o senhor da verdade de sempre (ele sempre fala como se fosse o homem mais probo, profícuo e conhecedor de todas as “coisas”, na face da Terra) deram livre demonstração de desagravo a circunstância de desconforto diplomático, em que se encontra o Brasil, que abriga em sua Embaixada em Honduras, o presidente deposto Zelaya.

Somaram eles, com a oposição ao governo e em uníssono, nos enfiaram goela abaixo a idéia/tese/opinião de que há algo errado, de que há um complô em que Lula e Chaves se agregam, em favor de Zelaya, de que há prejuízos de imagem ao Brasi.

Os entrevistados em sua maioria eram parlamentares da oposição, os nítidos e declaradissimos, inimigos de sempre do governo, membros do DEM e do PSDB.

Todos os Embaixadores entrevistados e diga-se de passagem, ex embaixadores, eram contrários a ação colocada...Não se fez o contraponto entrevistando algum que fosse favorável ou neutro...Isto é indução, sedição, condução, venda casada, sedução, golpe baixo e a declaração de que realmente nos acham estúpidos e idiotas: o golpe fatal foi o comentário de Alexandre Garcia, que para reafirmar e reforçar a tese de erro do governo e principalmente do Lula, que tratou Michelete e seu grupo, como “golpistas”, estalou de bate pronto: O Zelaya. Por tentar trair a constituição Hondurenha, foi deposto pela Suprema Corte, ação avalizada pelo Congresso e o Michelete, assumiu, legalmente conduzido por estas Instituições...

Este post, não quer e nem pretende emitir opinião favorável ou contraria ao Governo (não que esteja eu em cima do muro), por conta desta circunstancia, chamada de “Batata Quente”...Quer apenas, opinar sim,de forma e maneira veementemente contrária a manipulação da informação pela mídia brasileira...Isso é sacanagem...É escroto...É como ser Governador e ter ações/assuntos/parcerias associativas, com um Secretário de Segurança Publica que esconde sob sua proteção uma rede de crimes.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

DEBATES CULTURAIS: HINO NACIONAL SEM CORTES


Existe um programa Chamado DEBATES CULTRAIS, que como o nome indica se dedica a entrevistar agentes da produção de cultura em sua complexa diversidade.

Quem me indica o programa, é meu grande amigo e mestre, Nielson Bezerra, que está ausente do Brasil, mas que, ainda antenado, diretamente do Canadá onde se dedica a estudos aprofundados da História
Africana (um curso de diaspora africana) , com nada mais nada menos que o professor Lovejoy, um dos papas no assunto.

O programa Debates Culturais transmitido pela Rádio Bandeirantes AM 1360 do Rio de Janeiro, todos os domingos, a partir das 13:00hs (
Quem desejar participar por telefone com perguntas e/ou comentários pode fazer pelo telefone 2543-1360),mantem além das entrevistas, uma revista eletrônica, bastante interessante, que entre outras notas bastante interessantes, traz ainda uma novidade para muitos de nós: a primeira parte do Hino Nacional.

" (...)você sabia que o Hino Nacional Brasileiro tinha uma letra cantada naquela parte instrumental da introdução? Não é brincadeira. A letra é atribuída a Américo de Moura, presidente da província do Rio de Janeiro nos anos de 1879 e 1880. Não se sabe ao certo o motivo da retirada da letra na versão oficial, mas agora você tem a chance de ouvir pela primeira vez uma gravação desta parte oculta do Hino Nacional(..)"

O endereço da revista eletrônica www.debatesculturais.com.br.


Entrevista com o antropólogo Kabengele Munanga Entrevista com o antropólogo Kabengele Munanga

Eu tenho a felicidade de receber períodicamente, de meu amigo Ewerson Claudio, da ONG COMCAUSA, o Boletim Informativo CIRCULO PALMARINO (http://www.circulopalmarino.org.br/entrevistas/nosso-racismo-e-um-crime-perfeito), este de n 5, que atende ao lapso de tempo entre 17 e 23 de setembro de 2009, traz a entrevista que segue:

Nosso Racismo É Um Crime Perfeito

Entrevista com o antropólogo Kabengele Munanga

O antropólogo Kabengele Munanga, fala sobre o mito da democracia racial brasileira, a polêmica com Demétrio Magnoli e o papel da mídia e da educação no combate ao preconceito no país.

Por Camila Souza Ramos e Glauco Faria, Revista Forum

Fórum - O senhor veio do antigo Zaire que, apesar de ter alguns pontos de contato com a cultura brasileira e a cultura do Congo, é um país bem diferente. O senhor sentiu, quando veio pra cá, a questão racial? Como foi essa mudança para o senhor?

Kabengele - Essas coisas não são tão abertas como a gente pensa. Cheguei aqui em 1975, diretamente para a USP, para fazer doutorado. Não se depara com o preconceito à primeira vista, logo que sai do aeroporto. Essas coisas vêm pouco a pouco, quando se começa a descobrir que você entra em alguns lugares e percebe que é único, que te olham e já sabem que não é daqui, que não é como “nossos negros”, é diferente. Poderia dizer que esse estranhamento é por ser estrangeiro, mas essa comparação na verdade é feita em relação aos negros da terra, que não entram em alguns lugares ou não entram de cabeça erguida.

Depois, com o tempo, na academia, fiz disciplinas em antropologia e alguns de meus professores eram especialistas na questão racial. Foi através da academia, da literatura, que comecei a descobrir que havia problemas no país. Uma das primeiras aulas que fiz foi em 1975, 1976, já era uma disciplina sobre a questão racial com meu orientador João Batista Borges Pereira. Depois, com o tempo, você vai entrar em algum lugar em que está sozinho e se pergunta: onde estão os outros? As pessoas olhavam mesmo, inclusive olhavam mais quando eu entrava com minha mulher e meus filhos. Porque é uma família inter-racial: a mulher branca, o homem negro, um filho negro e um filho mestiço. Em todos os lugares em que a gente entrava, era motivo de curiosidade. O pessoal tentava ser discreto, mas nem sempre escondia. Entrávamos em lugares onde geralmente os negros não entram.

A partir daí você começa a buscar uma explicação para saber o porquê e se aproxima da literatura e das aulas da universidade que falam da discriminação racial no Brasil, os trabalhos de Florestan Fernandes, do Otavio Ianni, do meu próprio orientador e de tantos outros que trabalharam com a questão. Mas o problema é que quando a pessoa é adulta sabe se defender, mas as crianças não. Tenho dois filhos que nasceram na Bélgica, dois no Congo e meu caçula é brasileiro. Quantas vezes, quando estavam sozinhos na rua, sem defesa, se depararam com a polícia?

Meus filhos estudaram em escola particular, Colégio Equipe, onde estudavam filhos de alguns colegas professores. Eu não ia buscá-los na escola, e quando saíam para tomar ônibus e voltar para casa com alguns colegas que eram brancos, eles eram os únicos a ser revistados. No entanto, a condição social era a mesma e estudavam no mesmo colégio. Por que só eles podiam ser suspeitos e revistados pela polícia? Essa situação eu não posso contar quantas vezes vi acontecer.

Lembro que meu filho mais velho, que hoje é ator, quando comprou o primeiro carro dele, não sei quantas vezes ele foi parado pela polícia. Sempre apontando a arma para ele para mostrar o documento. Ele foi instruído para não discutir e dizer que os documentos estão no porta-luvas, senão podem pensar que ele vai sacar uma arma. Na realidade, era suspeito de ser ladrão do próprio carro que ele comprou com o trabalho dele. Meus filhos até hoje não saem de casa para atravessar a rua sem documento. São adultos e criaram esse hábito, porque até você provar que não é ladrão... A geografia do seu corpo não indica isso.

Então, essa coisa de pensar que a diferença é simplesmente social, é claro que o social acompanha, mas e a geografia do corpo? Isso aqui também vai junto com o social, não tem como separar as duas coisas. Fui com o tempo respondendo à questão, por meio da vivência, com o cotidiano e as coisas que aprendi na universidade, depoimentos de pessoas da população negra, e entendi que a democracia racial é um mito. Existe realmente um racismo no Brasil, diferenciado daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul. Porque nosso racismo é, utilizando uma palavra bem conhecida, sutil. Ele é velado. Pelo fato de ser sutil e velado isso não quer dizer que faça menos vítimas do que aquele que é aberto. Faz vítimas de qualquer maneira.

Revista Fórum - Quando você tem um sistema como o sul-africano ou um sistema de restrição de direitos como houve nos EUA, o inimigo está claro. No caso brasileiro é mais difícil combatê-lo...

Kabengele - Claro, é mais difícil. Porque você não identifica seu opressor. Nos EUA era mais fácil porque começava pelas leis. A primeira reivindicação: o fim das leis racistas. Depois, se luta para implementar políticas públicas que busquem a promoção da igualdade racial. Aqui é mais difícil, porque não tinha lei nem pra discriminar, nem pra proteger. As leis pra proteger estão na nova Constituição que diz que o racismo é um crime inafiançável. Antes disso tinha a lei Afonso Arinos, de 1951. De acordo com essa lei, a prática do racismo não era um crime, era uma contravenção. A população negra e indígena viveu muito tempo sem leis nem para discriminar nem para proteger.

Revista Fórum - Aqui no Brasil há mais dificuldade com relação ao sistema de cotas justamente por conta do mito da democracia racial?

Kabengele - Tem segmentos da população a favor e contra. Começaria pelos que estão contra as cotas, que apelam para a própria Constituição, afirmando que perante a lei somos todos iguais. Então não devemos tratar os cidadãos brasileiros diferentemente, as cotas seriam uma inconstitucionalida de. Outro argumento contrário, que já foi demolido, é a ideia de que seria difícil distinguir os negros no Brasil para se beneficiar pelas cotas por causa da mestiçagem. O Brasil é um país de mestiçagem, muitos brasileiros têm sangue europeu, além de sangue indígena e africano, então seria difícil saber quem é afro-descendente que poderia ser beneficiado pela cota. Esse argumento não resistiu. Por quê? Num país onde existe discriminação antinegro, a própria discriminação é a prova de que é possível identificar os negros. Senão não teria discriminação.

Em comparação com outros países do mundo, o Brasil é um país que tem um índice de mestiçamento muito mais alto. Mas isso não pode impedir uma política, porque basta a autodeclaração. Basta um candidato declarar sua afro-descendê ncia. Se tiver alguma dúvida, tem que averiguar. Nos casos-limite, o indivíduo se autodeclara afrodescendente. Às vezes, tem erros humanos, como o que aconteceu na UnB, de dois jovens mestiços, de mesmos pais, um entrou pelas cotas porque acharam que era mestiço, e o outro foi barrado porque acharam que era branco. Isso são erros humanos. Se tivessem certeza absoluta que era afro-descendente, não seria assim. Mas houve um recurso e ele entrou. Esses casos-limite existem, mas não é isso que vai impedir uma política pública que possa beneficiar uma grande parte da população brasileira.

Além do mais, o critério de cota no Brasil é diferente dos EUA. Nos EUA, começaram com um critério fixo e nato. Basta você nascer negro. No Brasil não. Se a gente analisar a história, com exceção da UnB, que tem suas razões, em todas as universidades brasileiras que entraram pelo critério das cotas, usaram o critério étnico-racial combinado com o critério econômico. O ponto de partida é a escola pública. Nos EUA não foi isso. Só que a imprensa não quer enxergar, todo mundo quer dizer que cota é simplesmente racial. Não é. Isso é mentira, tem que ver como funciona em todas as universidades. É necessário fazer um certo controle, senão não adianta aplicar as cotas. No entanto, se mantém a ideia de que, pelas pesquisas quantitativas, do IBGE, do Ipea, dos índices do Pnud, mostram que o abismo em matéria de educação entre negros e brancos é muito grande. Se a gente considerar isso então tem que ter uma política de mudança. É nesse sentido que se defende uma política de cotas.

O racismo é cotidiano na sociedade brasileira. As pessoas que estão contra cotas pensam como se o racismo não tivesse existido na sociedade, não estivesse criando vítimas. Se alguém comprovar que não tem mais racismo no Brasil, não devemos mais falar em cotas para negros. Deveríamos falar só de classes sociais. Mas como o racismo ainda existe, então não há como você tratar igualmente as pessoas que são vítimas de racismo e da questão econômica em relação àquelas que não sofrem esse tipo de preconceito. A própria pesquisa do IPEA mostra que se não mudar esse quadro, os negros vão levar muitos e muitos anos para chegar aonde estão os brancos em matéria de educação. Os que são contra cotas ainda dão o argumento de que qualquer política de diferença por parte do governo no Brasil seria uma política de reconhecimento das raças e isso seria um retrocesso, que teríamos conflitos, como os que aconteciam nos EUA.

Fórum - Que é o argumento do Demétrio Magnoli.

Kabengele - Isso é muito falso, porque já temos a experiência, alguns falam de mais de 70 universidades públicas, outros falam em 80. Já ouviu falar de conflitos raciais em algum lugar, linchamentos raciais? Não existe. É claro que houve manifestações numa universidade ou outra, umas pichações, "negro, volta pra senzala". Mas isso não se caracteriza como conflito racial. Isso é uma maneira de horrorizar a população, projetar conflitos que na realidade não vão existir.

Fórum - Agora o DEM entrou com uma ação no STF pedindo anulação das cotas. O que motiva um partido como o DEM, qual a conexão entre a ideologia de um partido ou um intelectual como o Magnoli e essa oposição ao sistema de cotas? Qual é a raiz dessa resistência?

Kabengele – Tenho a impressão que as posições ideológicas não são explícitas, são implícitas. A questão das cotas é uma questão política. Tem pessoas no Brasil que ainda acreditam que não há racismo no país. E o argumento desse deputado do DEM é esse, de que não há racismo no Brasil, que a questão é simplesmente socioeconômica. É um ponto de vista refutável, porque nós temos provas de que há racismo no Brasil no cotidiano. O que essas pessoas querem? Status quo. A ideia de que o Brasil vive muito bem, não há problema com ele, que o problema é só com os pobres, que não podemos introduzir as cotas porque seria introduzir uma discriminação contra os brancos e pobres. Mas eles ignoram que os brancos e pobres também são beneficiados pelas cotas, e eles negam esse argumento automaticamente, deixam isso de lado.

Fórum – Mas isso não é um cinismo de parte desses atores políticos, já que eles são contra o sistema de cotas, mas também são contra o Bolsa-Família ou qualquer tipo de política compensatória no campo socioeconômico?

Kabengele - É interessante, porque um país que tem problemas sociais do tamanho do Brasil deveria buscar caminhos de mudança, de transformação da sociedade. Cada vez que se toca nas políticas concretas de mudança, vem um discurso. Mas você não resolve os problemas sociais somente com a retórica. Quanto tempo se fala da qualidade da escola pública? Estou aqui no Brasil há 34 anos. Desde que cheguei aqui, a escola pública mudou em algum lugar? Não, mas o discurso continua. "Ah, é só mudar a escola pública." Os mesmos que dizem isso colocam os seus filhos na escola particular e sabem que a escola pública é ruim. Poderiam eles, como autoridades, dar melhor exemplo e colocar os filhos deles em escola pública e lutar pelas leis, bom salário para os educadores, laboratórios, segurança. Mas a coisa só fica no nível da retórica.

E tem esse argumento legalista, "porque a cota é uma inconstitucionalida de, porque não há racismo no Brasil". Há juristas que dizem que a igualdade da qual fala a Constituição é uma igualdade formal, mas tem a igualdade material. É essa igualdade material que é visada pelas políticas de ação afirmativa. Não basta dizer que somos todos iguais. Isso é importante, mas você tem que dar os meios e isso se faz com as políticas públicas. Muitos disseram que as cotas nas universidades iriam atingir a excelência universitária. Está comprovado que os alunos cotistas tiveram um rendimento igual ou superior aos outros. Então a excelência não foi prejudicada. Aliás, é curioso falar de mérito como se nosso vestibular fosse exemplo de democracia e de mérito.

Mérito significa simplesmente que você coloca como ponto de partida as pessoas no mesmo nível. Quando as pessoas não são iguais, não se pode colocar no ponto de partida para concorrer igualmente. É como você pegar uma pessoa com um fusquinha e outro com um Mercedes, colocar na mesma linha de partida e ver qual o carro mais veloz. O aluno que vem da escola pública, da periferia, de péssima qualidade, e o aluno que vem de escola particular de boa qualidade, partindo do mesmo ponto, é claro que os que vêm de uma boa escola vão ter uma nota superior. Se um aluno que vem de um Pueri Domus, Liceu Pasteur, tira nota 8, esse que vem da periferia e tirou nota 5 teve uma caminhada muito longa. Essa nota 5 pode ser mais significativa do que a nota 7 ou 8. Dando oportunidade ao aluno, ele não vai decepcionar.

Foi isso que aconteceu, deram oportunidade. As cotas são aplicadas desde 2003. Nestes sete anos, quantos jovens beneficiados pelas cotas terminaram o curso universitário e quantos anos o Brasil levaria para formar o tanto de negros sem cotas? Talvez 20 ou mais. Isso são coisas concretas para as quais as pessoas fecham os olhos. No artigo do professor Demétrio Magnoli, ele me critica, mas não leu nada. Nem uma linha de meus livros. Simplesmente pegou o livro da Eneida de Almeida dos Santos, Mulato, negro não-negro e branco não-branco que pediu para eu fazer uma introdução, e desta introdução de três páginas ele tirou algumas frases e, a partir dessas frases, me acusa de ser um charlatão acadêmico, de professar o racismo científico abandonado há mais de um século e fazer parte de um projeto de racialização oficial do Brasil. Nunca leu nada do que eu escrevi.

A autora do livro é mestiça, psiquiatra e estuda a dificuldade que os mestiços entre branco e negro têm pra construir a sua identidade. Fiz a introdução mostrando que eles têm essa dificuldade justamente por causa de serem negros não-negros e brancos não-brancos. Isso prejudica o processo, mas no plano político, jurídico, eles não podem ficar ambivalentes. Eles têm que optar por uma identidade, têm que aceitar sua negritude, e não rejeitá-la. Com isso ele acha que eu estou professando a supressão dos mestiços no Brasil e que isso faz parte do projeto de racialização do brasileiro. Não tinha nada para me acusar, soube que estou defendendo as cotas, tirou três frases e fez a acusação dele no jornal.

Fórum - O senhor toca na questão do imaginário da democracia racial, mas as pessoas são formadas para aceitarem esse mito...

Kabengele - O racismo é uma ideologia. A ideologia só pode ser reproduzida se as próprias vítimas aceitam, a introjetam, naturalizam essa ideologia. Além das próprias vítimas, outros cidadãos também, que discriminam e acham que são superiores aos outros, que têm direito de ocupar os melhores lugares na sociedade. Se não reunir essas duas condições, o racismo não pode ser reproduzido como ideologia, mas toda educação que nós recebemos é para poder reproduzi-la.

Há negros que introduziram isso, que alienaram sua humanidade, que acham que são mesmo inferiores e o branco tem todo o direito de ocupar os postos de comando. Como também tem os brancos que introjetaram isso e acham mesmo que são superiores por natureza. Mas para você lutar contra essa ideia não bastam as leis, que são repressivas, só vão punir. Tem que educar também. A educação é um instrumento muito importante de mudança de mentalidade e o brasileiro foi educado para não assumir seus preconceitos. O Florestan Fernandes dizia que um dos problemas dos brasileiros é o “preconceito de ter preconceito de ter preconceito”. O brasileiro nunca vai aceitar que é preconceituoso. Foi educado para não aceitar isso. Como se diz, na casa de enforcado não se fala de corda.

Quando você está diante do negro, dizem que tem que dizer que é moreno, porque se disser que é negro, ele vai se sentir ofendido. O que não quer dizer que ele não deve ser chamado de negro. Ele tem nome, tem identidade, mas quando se fala dele, pode dizer que é negro, não precisa branqueá-lo, torná-lo moreno. O brasileiro foi educado para se comportar assim, para não falar de corda na casa de enforcado. Quando você pega um brasileiro em flagrante de prática racista, ele não aceita, porque não foi educado para isso. Se fosse um americano, ele vai dizer: "Não vou alugar minha casa para um negro". No Brasil, vai dizer: "Olha, amigo, você chegou tarde, acabei de alugar". Porque a educação que o americano recebeu é pra assumir suas práticas racistas, pra ser uma coisa explícita.

Quando a Folha de S. Paulo fez aquela pesquisa de opinião em 1995, perguntaram para muitos brasileiros se existe racismo no Brasil. Mais de 80% disseram que sim. Perguntaram para as mesmas pessoas: "você já discriminou alguém?". A maioria disse que não. Significa que há racismo, mas sem racistas. Ele está no ar... Como você vai combater isso? Muitas vezes o brasileiro chega a dizer ao negro que reage: "você que é complexado, o problema está na sua cabeça". Ele rejeita a culpa e coloca na própria vítima. Já ouviu falar de crime perfeito? Nosso racismo é um crime perfeito, porque a própria vítima é que é responsável pelo seu racismo, quem comentou não tem nenhum problema.

Revista Fórum - O humorista Danilo Gentilli escreveu no Twitter uma piada a respeito do King Kong, comparando com um jogador de futebol que saía com loiras. Houve uma reação grande e a continuação dos argumentos dele para se justificar vai ao encontro disso que o senhor está falando. Ele dizia que racista era quem acusava ele, e citava a questão do orgulho negro como algo de quem é racista.

Kebengele - Faz parte desse imaginário. O que está por trás que está fazendo uma ilustração de King Kong, que ele compara a um jogador de futebol que vai casar com uma loira, é a ideia de alguém que ascende na vida e vai procurar sua loira. Mas qual é o problema desse jogador de futebol? São pessoas vítimas do racismo que acham que agora ascenderam na vida e, para mostrar isso, têm que ter uma loira que era proibida quando eram pobres? Pode até ser uma explicação. Mas essa loira não é uma pessoa humana que pode dizer não ou sim e foi obrigada a ir com o King Kong por causa de dinheiro? Pode ser, quantos casamentos não são por dinheiro na nossa sociedade? A velha burguesia só se casa dentro da velha burguesia. Mas sempre tem pessoas que desobedecem as normas da sociedade.

Essas jovens brancas, loiras, também pulam a cerca de suas identidades pra casar com um negro jogador. Por que a corda só arrebenta do lado do jogador de futebol? No fundo, essas pessoas não querem que os negros casem com suas filhas. É uma forma de racismo. Estão praticando um preconceito que não respeita a vontade dessas mulheres nem essas pessoas que ascenderam na vida, numa sociedade onde o amor é algo sem fronteiras, e não teria tantos mestiços nessa sociedade. Com tudo o que aconteceu no campo de futebol com aquele jogador da Argentina que chamou o Grafite de macaco, com tudo o que acontece na Europa, esse humorista faz uma ilustração disso, ou é uma provocação ou quer reafirmar os preconceitos na nossa sociedade.

Fórum - É que no caso, o Danilo Gentili ainda justificou sua piada com um argumento muito simplório: "por que eu posso chamar um gordo de baleia e um negro de macaco", como se fosse a mesma coisa.

Kabengele - É interessante isso, porque tenho a impressão de que é um cara que não conhece a história e o orgulho negro tem uma história. São seres humanos que, pelo próprio processo de colonização, de escravidão, a essas pessoas foi negada sua humanidade. Para poder se recuperar, ele tem que assumir seu corpo como negro. Se olhar no espelho e se achar bonito ou se achar feio. É isso o orgulho negro. E faz parte do processo de se assumir como negro, assumir seu corpo que foi recusado. Se o humorista conhecesse isso, entenderia a história do orgulho negro. O branco não tem motivo para ter orgulho branco porque ele é vitorioso, está lá em cima. O outro que está lá em baixo que deve ter orgulho, que deve construir esse orgulho para poder se reerguer.

Fórum - O senhor tocou no caso do Grafite com o Desábato, e recentemente tivemos, no jogo da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio, o caso de um jogador que teria sido chamado de macaco por outro atleta. Em geral, as pessoas – jornalistas que comentaram, a diretoria gremista – argumentavam que no campo de futebol você pode falar qualquer coisa, e que se as pessoas fossem se importar com isso, não teria como ter jogo de futebol. Como você vê esse tipo de situação?

Kabengele - Isso é uma prova daquilo que falei, os brasileiros são educados para não assumir seus hábitos, seu racismo. Em outros países, não teria essa conversa de que no campo de futebol vale. O pessoal pune mesmo. Mas aqui, quando se trata do negro... Já ouviu caso contrário, de negro que chama branco de macaco? Quando aquele delegado prendeu o jogador argentino no caso do Grafite, todo mundo caiu em cima. Os técnicos, jornalistas, esportistas, todo mundo dizendo que é assim no futebol. Então a gente não pode educar o jogador de futebol, tudo é permitido? Quando há violência física, eles são punidos, mas isso aqui é uma violência também, uma violência simbólica. Por que a violência simbólica é aceita a violência física é punida?

Fórum - Como o senhor vê hoje a aplicação da lei que determina a obrigatoriedade do ensino de cultura africana nas escolas? Os professores, de um modo geral, estão preparados para lidar com a questão racial?

Kabengele - Essa lei já foi objeto de crítica das pessoas que acham que isso também seria uma racialização do Brasil. Pessoas que acham que, sendo a população brasileira uma população mestiça, não é preciso ensinar a cultura do negro, ensinar a história do negro ou da África. Temos uma única história, uma única cultura, que é uma cultura mestiça. Tem pessoas que vão nessa direção, pensam que isso é uma racialização da educação no Brasil.

Mas essa questão do ensino da diversidade na escola não é propriedade do Brasil. Todos os países do mundo lidam com a questão da diversidade, do ensino da diversidade na escola, até os que não foram colonizadores, os nórdicos, com a vinda dos imigrantes, estão tratando da questão da diversidade na escola.

O Brasil deveria tratar dessa questão com mais força, porque é um país que nasceu do encontro das culturas, das civilizações. Os europeus chegaram, a população indígena – dona da terra – os africanos, depois a última onda imigratória é dos asiáticos. Então tudo isso faz parte das raízes formadoras do Brasil que devem fazer parte da formação do cidadão. Ora, se a gente olhar nosso sistema educativo, percebemos que a história do negro, da África, das populações indígenas não fazia parte da educação do brasileiro.

Nosso modelo de educação é eurocêntrico. Do ponto de vista da historiografia oficial, os portugueses chegaram na África, encontraram os africanos vendendo seus filhos, compraram e levaram para o Brasil. Não foi isso que aconteceu. A história da escravidão é uma história da violência. Quando se fala de contribuições, nunca se fala da África. Se se introduzir a história do outro de uma maneira positiva, isso ajuda.

É por isso que a educação, a introdução da história dele no Brasil, faz parte desse processo de construção do orgulho negro. Ele tem que saber que foi trazido e aqui contribuiu com o seu trabalho, trabalho escravizado, para construir as bases da economia colonial brasileira. Além do mais, houve a resistência, o negro não era um João-Bobo que simplesmente aceitou, senão a gente não teria rebeliões das senzalas, o Quilombo dos Palmares, que durou quase um século. São provas de resistência e de defesa da dignidade humana. São essas coisas que devem ser ensinadas. Isso faz parte do patrimônio histórico de todos os brasileiros. O branco e o negro têm que conhecer essa história porque é aí que vão poder respeitar os outros.

Voltando a sua pergunta, as dificuldades são de duas ordens. Em primeiro lugar, os educadores não têm formação para ensinar a diversidade. Estudaram em escolas de educação eurocêntrica, onde não se ensinava a história do negro, não estudaram história da África, como vão passar isso aos alunos? Além do mais, a África é um continente, com centenas de culturas e civilizações. São 54 países oficialmente. A primeira coisa é formar os educadores, orientar por onde começou a cultura negra no Brasil, por onde começa essa história. Depois dessa formação, com certo conteúdo, material didático de boa qualidade, que nada tem a ver com a historiografia oficial, o processo pode funcionar.

Fórum - Outra questão que se discute é sobre o negro nos espaços de poder. Não se veem negros como prefeitos, governadores. Como trabalhar contra isso?

Kabengele - O que é um país democrático? Um país democrático, no meu ponto de vista, é um país que reflete a sua diversidade na estrutura de poder. Nela, você vê mulheres ocupando cargos de responsabilidade, no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, assim como no setor privado. E ainda os índios, que são os grandes discriminados pela sociedade. Isso seria um país democrático. O fato de você olhar a estrutura de poder e ver poucos negros ou quase não ver negros, não ver mulheres, não ver índios, isso significa que há alguma coisa que não foi feita nesse país. Como construção da democracia, a representatividade da diversidade não existe na estrutura de poder. Por quê?

Se você fizer um levantamento no campo jurídico, quantos desembargadores e juízes negros têm na sociedade brasileira? Se você for pras universidades públicas, quantos professores negros tem, começando por minha própria universidade? Esta universidade tem cerca de 5 mil professores. Quantos professores negros tem na USP? Nessa grande faculdade, que é a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), uma das maiores da USP junto com a Politécnica, tenho certeza de que na minha faculdade fui o primeiro negro a entrar como professor. Desde que entrei no Departamento de Antropologia, não entrou outro. Daqui três anos vou me aposentar. O professor Milton Santos, que era um grande professor, quase Nobel da Geografia, entrou no departamento, veio do exterior e eu já estava aqui. Em toda a USP, não sou capaz de passar de dez pessoas conhecidas. Pode ter mais, mas não chega a 50, exagerando. Se você for para as grandes universidades americanas, Harvard, Princeton, Standford, você vai encontrar mais negros professores do que no Brasil. Lá eles são mais racistas, ou eram mais racistas, mas como explicar tudo isso?

120 anos de abolição. Por que não houve uma certa mobilidade social para os negros chegarem lá? Há duas explicações: ou você diz que ele é geneticamente menos inteligente, o que seria uma explicação racista, ou encontra explicação na sociedade. Quer dizer que se bloqueou a sua mobilidade. E isso passa por questão de preconceito, de discriminação racial. Não há como explicar isso. Se você entender que os imigrantes japoneses chegaram, nós comemoramos 100 anos recentemente da sua vinda, eles tiveram uma certa mobilidade. Os coreanos também ocupam um lugar na sociedade. Mas os negros já estão a 120 anos da abolição. Então tem uma explicação. Daí a necessidade de se mudar o quadro. Ou nós mantemos o quadro, porque se não mudamos estamos racializando o Brasil, ou a gente mantém a situação para mostrar que não somos racistas. Porque a explicação é essa, se mexer, somos racistas e estamos racializando. Então vamos deixar as coisas do jeito que estão. Esse é o dilema da sociedade.

Revista Fórum – como o senhor vê o tratamento dado pela mídia à questão racial?

Kabengele - A imprensa faz parte da sociedade. Acho que esse discurso do mito da democracia racial é um discurso também que é absorvido por alguns membros da imprensa. Acho que há uma certa tendência na imprensa pelo fato de ser contra as políticas de ação afirmativa, sendo que também não são muito favoráveis a essa questão da obrigatoriedade do ensino da história do negro na escola.

Houve, no mês passado, a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Silêncio completo da imprensa brasileira. Não houve matérias sobre isso. Os grandes jornais da imprensa escrita não pautaram isso. O silêncio faz parte do dispositivo do racismo brasileiro. Como disse Elie Wiesel, o carrasco mata sempre duas vezes. A segunda mata pelo silêncio. O silêncio é uma maneira de você matar a consciência de um povo. Porque se falar sobre isso abertamente, as pessoas vão buscar saber, se conscientizar, mas se ficar no silêncio a coisa morre por aí. Então acho que o silêncio da imprensa, no meu ponto de vista, passa por essa estratégia, é o não-dito.

Acabei de passar por uma experiência interessante. Saí da Conferência Nacional e fui para Barcelona, convidado por um grupo de brasileiros que pratica capoeira. Claro, receberam recursos do Ministério das Relações Exteriores, que pagou minha passagem e a estadia. Era uma reunião pequena de capoeiristas e fiz uma conferência sobre a cultura negra no Brasil. Saiu no El Pais, que é o jornal mais importante da Espanha, noticiou isso, uma coisa pequena. Uma conferência nacional deste tamanho aqui não se fala. É um contrassenso. O silêncio da imprensa não é um silêncio neutro, é um silêncio que indica uma certa orientação da questão racial. Tem que não dizer muita coisa e ficar calado. Amanhã não se fala mais, acabou.


Seguem no início deste post todos os créditos desta matéria que foi compilada pela Revista Eletrônica do Circulo Palmarino da Revista Eletrônica Fórum

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

OS PRÉ SINTOMAS DA GRIPE SUINA, OU DA H1N1 OU AINDA GRIPE A - NA FRANÇA - TEXTO DE PATRICIA HENRI



PATRICIA HENRY - A P@ty - Em Sua Estréia, Como Correspondente, de Paris, Para Este Blog

Pois é.. desculpem a demora, chegando meio que correndo com a impressão de ter perdido o desfile no tapete vermelho e os cumprimentos e flashes dignos de uma star.. , assim como se fazem aqui em Cannes.. mas é sempre assim... imprevistos acontecem.. e nao fugi da regra... sei que estou meio atrasada para a apresentação "oficial". Tardei, mas Cheguei!!

Antes de mais nada, agradecendo a oportunidade concedida em poder expressar idéias, opiniões e também o que chamamos en francês de "Coup de gueule", *abrasileirando* o termo eu diria "puxão de orelha"...
E por falar em puxão de orelha... O que o Lula vai fazer com tanto avião de caça comprado da França?? Seria uma preparação para uma futura Guerra?? Sera que talvez os campos de treinamento dos futuros guerrilheiros se situam em comunidades e nos bairros carentes e esquecidos pelo plano de reestruturacão SUPER BEM ELABORADO do governo atual... ?

Fico por enquanto olhando as coisas acontecendo (eita famoso gerundio!!) ai no Brasil...pela minha janela virtual, conectada com fio 220 volts e uma tela plasma diante de meus olhos... no silêncio do meu quarto...

Gripe A

A França se prepara para uma pandemia de Gripe A H1N1. As crianças já estão na paranóia, na escola só se fala disso. Me da até pena, pois ao invés, de se concentrarem com 2+2=4, eles pensam em contar quantos dias a escola ficará fechada em caso de gripe....

Mas os adultos, esquecem de lembrar, que uma simples gripe mata por ano cerca de milhares de pessoas... Já avistei as primeiras pessoas mascardas, confesso que eu, carioca da baixada... fiquei meio cabreira e achei meio estranho o que vi.. : uma gestante, no metrô, um casal de japoneses (não foi la tãão assim, pois ja vi na tv que no Pais do sol nascente por uma simples gripe eles ja estao mascarados), e uma senhora idosa.


Ontem, fui consulltar o meu super médico (ele é o revisor técnico da série "House", em francês!! Também é ele o responsável do Larousse da Medicina, fera!). Dr. Wainstein me acalmou, muuuito. A França já encomendou 96 milhões de vacinas e, quando estiverem prontas, toda a população será vacinada. So que até agora não vi bulhufas... parece que TODOS os consultórios médicos, além dos hospitais e dispensários, serão mobilizados para a vacinação massiva. Coisa de quem já viveu guerra... (eu, particularmente, tenho certo medo dessa organização... hehehe). Vou me mandar pra minha terra!!!

Mas, além disso, segundo ele ( o doutor), essa gripe é bem "boazinha" para as pessoas que estão em boas condições.

Alguns dias de perrengue e paracetamol dão conta do recado. Enquanto isso, já encomendei a solução desinfetante em gel para as mãos. Ah, a alimentação: vitaminas, vitaminas e vitaminas. Muita salsinha, batata e frutas ricas em vitamina C, ferro e outros minerais para fixar.

E esperar a gripe chegar....

sábado, 19 de setembro de 2009

RODRIGO MARANHÃO NO SESC E MEU OLHAR ENTRE O POPULAR E O POPULARÍSSIMO

RODRIGO MARANHÃO NO SESC/SÃO JOÃO DE MERITI

A falta de aparelhos culturais é uma verdade na Baixada Fluminense. E essa Região, que tem muito mais de três milhões de habitantes, se espreme em uma densidade demográfica de média a alta e tem o histórico estigma, de “Cidade Dormitório”, pois que é o celeiro de trabalhadores, que fomentam a necessidade mão de obra da Metrópole.

A população infantil, jovem, adulta e idosa se espreme em filas de cinema, em bailes da periferia dos bairros, em eventos a porta de bares, em aparelhos de cultura improvisados na Câmaras Municipais, nos fundos de casa, sob viadutos, em salões de festas, em cima da caçamba de caminhões, quase todos sem conforto e estrutura mínima para comportar um numero elevado de pessoas e junte a este fato, a completa falta de logística e de equipamentos razoáveis de som, iluminação, palco e técnica, que possa dar, aos eventos, a qualidade mínima, que se pode exigir, para um desempenho razoável dos espetáculos, que acontecem nos quatorze Municípios, que formam este fenômeno geográfico, chamado de Conurbação, posto que as fronteiras físicas, políticas e econômicas, dessa região de depressão relativa, que mais parece uma bacia cortada por diversos rios (daí o nome Baixada Fluminense) se confundem, interagem e entrelaçam..

O poder público, no âmbito do executivo, não tem uma política de cultura razoável, fazendo com seja confusa a ação cultural que existe, proveniente de ações particulares, advindas de produtores culturais que estão baseados no universo underground (utilizando-se de locais improvisados e sem mídia de divulgação), da ação pontual daqueles (Municípios) que tem sua Secretaria de Cultura, mas que não desenvolveram ainda, uma política de cultura técnica, democrática, ampla e abrangente.

As Câmaras Municipais, Casa do povo, residência do Legislativo, ma pessoa dos vereadores, que não toma vergonha na cara nunca, através de seus projetos assistencialistas, acabam por fomentar algumas atividades artístico-culturais, nada que comtemple uma boa política cultural, mas tão somente e, apenas ações pontuais, soltas, despregadas e isoladas

Das ações pontuais, das Secretarias de Educação que acumulam a de Cultura e a de Turismo, num mix deplorável que mais parecem gincanas escolares – como diz meu irmãozinho de 125 kg, uma corrida de ganso – Vivem a maioria dos Municípios.

E a raríssima exceção (ao menos são as únicas de meu conhecimento), talvez possam vir dos Municípios de Duque de Caxias, que anda sendo desmontada e a de Nova Iguaçu (que muito recentemente, lançou dois editais com solicitação de projetos que privilegiassem a produção cultural e ação dos artistas, daquele Município – Fundo Municipal de Cultura e o Pontinho – E que ainda mantém, diversas outras atividades, em ação constante durante o governo anterior e o atual.

Muitos dos Municípios da BF, ainda, engatinham, na realização de uma Conferência de Cultura, fórum que irá eleger, o Conselho Municipal de Cultura, instituição composta por governo, sociedade civil organizada e iniciativa privada, que garantirá uma das exigências do MinC, para repasses de verbas fomentadoras das culturas, e que ainda, irão estar, em conjunto com as Secretarias de Cultura, a dar curso na gestação de uma política de cultura verdadeiramente representativa e ainda serão, o motor, de Fóruns permanentes, ação que garantirá a existência de uma rede de cultura e a sistemática conversação entre interlocutores da arte, população e governo.

Algumas ações também aparecem, de produtores independentes e que privilegiam artistas de grande mídia, adaptando suas ações e apresentações de artistas em casas de shows/bailes e em grandes vazios e espaços geográficos, que encontram riqueza na BF, no que se chama de feiras, rodeios e festas festivais que recebem todo tipo de artista que está em momento de sucesso.

Uma organização, desde muito tempo atrás vem se destacando na produção de cultura e arte na Baixada, está ela entre nós localizada em três privilegiados pontos (espalha-se é óbvio pelo Rio de Janeiro inteiro e Brasil afora) e a transversalidade de suas ações são admiráveis. Falo do SESC, que conta com três Unidades na BF: Nova Iguaçu, São João de Meriti e Duque de Caxias.

Recentemente a Unidade São João de Meriti, iniciou uma atividade com fins de agregar afins, no âmbito das artes e das culturas, bem como em suas possíveis ações transversais: a idéia é potencializar ações individuais, dar voz, visibilidade, técnica e potência de vontade. Tem funcionado no SESC/SJM e inclusive neste momento está a acontecer mais um encontro: que é dirigido pelo Gilberto Fujimori

Talvez seja o SESC, dono da maior e mais ampla ação, atitude e atividades dentro da cultura na Baixada Fluminense...Mas há ali, grave defeito: a divulgação dos eventos. Esta não surge e não salta aos olhos. As coisas acontecem e o que se observa, quer seja no teatro, quer seja na música, quer seja na dança, mostra de artes plásticas, esportes, meio ambiente, cinema, quer seja nos eventos oriundos de projetos contratados de produtores independentes são as poltronas do teatro ou as áreas comuns do amplo espaço daquela instituição “quase” sempre vazios.

Onde está Wally?
Onde está a culpa?
Há culpa?

Não sei bem se há culpa. O que me parece é que a grande população não é escutada. Não é educada, acostumada a ter qualidade e diversidade. E olha que muitas das ações do SESC são exclusivamente dirigidas a escolas, ato que teoricamente é de educar para o que existe além dos rádios e tv´s.

Nos eventos do universo underground, mesmo os mais bem organizados, também é pequena a procura.

Nos Sarais que promovo é também pequena a procura...Quando se trata de artistas locais (muitos deles já conseguiram alcançar o estrelato e um lugar ao sol na grande mídia) nem pensar.

O universo de ofertas é pequeno e a população reclama: “Aqui não acontece nada”. Quando acontece, ela não está presente.

Qual desdobramento eu devo dar a este assunto para terminar o texto?
Não me atreveria a dar conclusões ao fechamento deste emaranhado de palavras. Na verdade, vou é citar mais um fato e a conclusão deverá ser tirada por quem me dá o privilégio da leitura a este blog:
Ontem publiquei, uma relação razoável de eventos que acontecem na BF, este fim de semana.

Escolhi dentre os publicados, assistir no SESC/SJM, ao show do Rodrigo Maranhão, expoente magnífico de uma nova geração de compositores. Parceiro do Pedro Luis em diversas composições, um dos Bangalafumenga e um músico, que já é quase um campeão de gravações, por artistas de renome, entre eles, Maria Rita, que com a gravação de “Caminho das Águas”, lhe dá um Grammy Latino, de Melhor Canção.

Show impagável e impecável. - Aproveito aqui para deitar parabéns à produção de Anna Previato. A Aninha, é elétrica e, é uma das bam bans na arte da produção e do saber olhar por cima do muro e além dentre os talentosos funcionários do SESC/Meriti.

No palco, Rodrigo Maranhão em um banquinho e seu violão, a seu lado direito mais um músico com mais um violão (perdoem a falha de não ter anotado seu nome), a seu lado esquerdo mais um músico (perdoem de novo) com uma sanfona (acordeom?) e a musica toda daquele compositor excepcional.

Rodrigo Maranhão mostrou musicas de seu trabalho mais antigo, algumas soltas e novíssimas que estarão em seu “ Samba Quadrado”, que segundo ele, sai em Janeiro. Além daquelas que fora obrigado por sua mãe a colocar no repertório...Mas ele pediu para não contar isso a ninguém...Por favor, fica entre a gente.

Quase uma hora e meia de pérolas musicais e petardos verborrágicos, que surgiam em histórias cítricas, cínicas e divertidas de momentos de sua vida.
Ficou também uma conselho/deixa/idéia, que veio em tom de fábula da vida real...” Sempre acreditar no que fazemos e em nosso potencial”: Segundo ele a musica Caminhos das Águas, foi composta quando tinha ele, 15 anos de idade e, durante a descida da ladeira da casa onde morava, em direção a praia, a idéia era que fosse uma cantiga de capoeira, ao final da extensa ladeira, estava já pronta a musica, mas como memoriza-la?gravá-la? Subindo a enorme ladeira de volta e perder momentos de praia? Perder a musica? Voltou a casa, gravou e desceu a praia...Acreditou em “ si próprio”. .E. ano passado, ganha um dos prêmios mais importantes para músicos latinos...O Grammy Latino.

Na platéia, espalhados no mar de cadeiras negras e vazias (me parece que a capacidade do SESC/Meriti é de 350 lugares), não se somavam cinqüenta pessoas. Absurdo. Inacreditável.

Rodrigo, senhor de si, sorria e destilava suas canções e histórias...e sorria...Disse “estar a procura do publico perfeito”, mote que na boca de Marcelo D2, viraria rap, mas ele, ali encontra um pedaço desse publico que procura., segundo seu próprio depoimento..

Nós estávamos ali, em pequeno numero, mas com muito respeito por assisti-lo em show respeitosamente magnífico.Uma honra

Na sahída, bem em frente ao SESC, havia um bar que tocava pagode e forró...E a rua estava tomada...Cheia. Era impossível utilizar a calçada. Para passar era necessário disputar espaço com os carros na rua.

O equipamento de som, de baixa qualidade, roncava, fazendo uma textura, cama sonora para a musica que tocava, mas o povo cantava e dançava, felizes em seus copos de cerveja gelada (quem resiste?).

Independentemente de minhas escolhas musicais, de minhas preferências culturais e de arte, está na hora de pegar a galerinha que vive na onda de andar com calça de algodão, sandálias de couro, bolsa a tira colo...Universitários ou graduados,com canudo em baixo do braço e de Chapeuzinho de pescador, bata, vestidinhos floridos e largos, cabelos ao vento e sempre estilosos que vão do Black Power as Dread Loks, que seguem achando, que pela vestimenta alternativa e gosto fora do conceito estatístico moda, são porque acham que são e consideram porque querem ser, os reis do barato e da cultura...Que passemos a observar mais, para sacar, que Pais é este, que Baixada é esta.

Remodelar a cultura, para um tintinho e potencializar o que o povo gosta...Mesmo sabendo que são levados e lavados pela tv e pelas emissoras de rádio de penetração mental subliminar e lavagem cerebral absoluta.

Bem...Minha net esteve péssima hoje, ortanto o texto que ficou pronto as 14:25, só agra vai pro ar...E eu jah pronto, sigo para o SESC/Meriti, para assistir ao Danilo Caymmi...Vamo nessa?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MEU MICÃO E BF - AS BOAS DO FIM DE SEMANA NA BAIXADA FLUMINENSE


De ônibus, o link entre Belford Roxo e Duque de Caxias, leva aproximadamente (sem contar o tempo de espera no ponto), uma hora e quinze minutos, chegando por vezes há uma hora e trinta minutos.

Foi esse, o tempo, que este poeta menor, entusiasmado, eufórico e ávido por ver o espetáculo Raul Fora da Lei, levou para chegar até ao elefante branco (complexo biblioteca e teatro) da Av. Presidente Kennedy em Duque de Caxias.

Lá chegando, vi o paço cheio de espaço e mal iluminado...Resolvi subir a rampa...Tudo fechado...Bolei e, perguntei ao guarda municipal, se sabia ele, se o espetáculo havia sido adiado, e ele respondeu, que já havia acabado e que todos já se haviam evadido...ah, é é?...É que começou às 17 horas, explicou ele.

Fiquei P da vida, e voltei à casa cheio de idéias revoltadas e revolucionárias...Como pode um espetáculo adulto ser exibido em horário comercial? Pra quem ver? Pra quem?

Vai vendo, que somente agora, pouco antes de iniciar este post, é que descobri que o espetáculo não foi as 17 hs e que também não foi na quarta passada, dia 16...ehehehe...Caramba, to sequeladoooooooooooo...

Segue então, abaixo, uma relação de eventos, que estarão a acontecer, durante este fim de semana e durante a próxima semana na Baixada de meus dias:

  • GREMIO RECREATIVO DE ANDRADE ARAÚJO/Belford Roxo:

Roda de Samba com o Grupo Evidência Convida

Dia 20 de Setembro, Domingo, a partir das 15 hs

Ingressos a 5 rél

O evento acontece todos os domingos e tem se firmado como a melhor roda de samba local

  • JP DE AREIA BRANCA BAR E RESTAURANTE/Pça de Areia Branca/B.Roxo – Forró ao Vivo

A partir das 13 hs

Entrada Franca

O evento que acontece todos os domingos, há mais de cinco anos, já se tornou tradicional reunião de migrantes nordestinos e, é ponto de encontro de afins e simpatizantes do bom e velho forró – E para todos – For All

  • ESPAÇO CULTURAL SYLVIO MONTEIRO/NOVA IGUAÇU: Espetáculo, "Inimigo do Povo" Uma livre adaptação, da Cia. Código de Artes Cênicas, da obra "Um Inimigo do Povo" do dramaturgo norueguês - Henrik Ibsen.

A Cia. Estará se apresentando no Espaço Cultural Sylvio Monteiro nos dias 15, 16, 18, 19 e 30 as 20 hs, dias 17, 20 e 27 as 19 hs - Setembro

  • TEATRO RAUL CORTEZ/DUQUE DE CAXIAS: Comemorando os 20 anos de morte do cantor RAUL SEIXAS + 10 anos da peça do ator Roberto Bomtempo + 3 anos do teatro Raul Cortez.:

" RAUL FORA DA LEI"", o musical "

O espetáculo rolará no dia 23/09/09 às 20:00 hs
IMPORTANTE: !!! Grátis !!!

  • LONA CULTURAL DE MESQUITA: NDY RAPPER e BANDA INKÉRITO em NOITE DE HIP HOP com vários convidados e atrações.

Dia 20 de Setembro, as 19 hs

Iingressos a R$ 5,00 pratas

  • ESPAÇO CULTURAL No Gueto/AREIA BRANCA/BELFORD ROXO: Noite da Canja Reggae com Dj e Banda Karamujos ao vivo

Á partir das 20:00 hs

Ingressos a 3 pratas

  • JAPERÍ – NOVA BELÉM - ESPAÇO LIVRE – Competição Automotiva

Tuninho Sound Competition

Som, Tunning e Rebaixados

Dia 20 de Setembro as 18 hs

Entrada Franca

  • SESC SÃO JOÃO DE MERITI: Vários Shows

17/09 – 20 hs - Fred Martins

18/09 – 20 hs – Rodrigo Maranhão

19/09 – 20 hs – Danilo Caymmi

Ingressos a R$ 3 (comerciários), 6 (idosos e estudantes) e 12

  • TEATRO MUNICIPAL JORNALISTA TIM LOPES/ NILOPOLIS - Feranda MoraisTodos Os Sentidos

Dia 18 de Setembro às 20:30 hs,

Ingressos a R$ 10,00

  • SESC NOVA IGUAÇU – Teatro – Espetáculo Acertando Ou Errando?

Dia 19 de Setembro, Sábado, as 20 hs
Ingressos a R$ 5,00

  • SESC NOVA IGUAÇU – Show de Reggae – Neco e Suburbanda

Dia 19 de setembro, Sábado, as 20 hs

  • CASA DA CULTURA DE BELFORD ROXO – I Mostra de Dança da Casa de Cultura

Dia 18 de Setembro, às 18 hs

Entrada Franca

  • ENCONTRO NACIONAL DE CAPOEIRA EM BELFORD ROXO

18/09 – Vila Olímpica de Belford Roxo, abertura as 19 hs

19/09 – CIEP 316 – Gen Ledário Pereira Telles/ São Bernardo: das 09 as 20 hs

20/09 – CIEP 316 – Gen Ledário Pereira Telles/ São Bernardo: das 10 as 14 hs

  • VIADUTO DE MESQUITACabaré Viaduto

Sob o viaduto de Mesquita, há Vida e Cultura

Show de música: Brigite, Cretina, Lê Almeida e Splash

Circo, teatro e Roda e Varal de Poesias

A partir das 20 hs – Estada Franca

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FeedBack: Choppinhodigital.blogg@gmail.com

RETROALIMENTANDO A CONVERSA SAINDO DA DITADURA DO POST

Algumas pessoas tem muito gentilmente deixado comentários neste blog

Poucos deles chegaram desrespeitosos e ou com críticas...O que é bom para o ego deste poeta menor.

As principais críticas negativas, vieram do post questionando a tentiva de massacre da Bandeirantes, em seu Programa Livre, postulado por seus apresentadores e pelo Sociólogo/Jornalista Demétrio Magnolli ao Frei Daví da EducAfro....Caraca a entrevista tratava mais especificamente da política de cotas e a minha intervenção, através de meu post e, de minha defesa ao frei Davi, sofreu muita crítica...O que me fez ter a certeza que há uma corrente enorme que é contra...É claro, que todos são, não negros e de condição financeira privilegiada.

Então...

Muita gente, considera que é difícil fazer comentários. E quer saber? Não é mesmo, lá tão fácil...E deveria...Por isso, muita gente que se comunica com o blog, o faz sem deixar a condição de uma conversa, réplica (que foi o caso dos que criticaram o post) posto que o faz de forma Anônima e seria muito bacana mensurar o nivel de interesse pelo blog, através desse canal.

Para tornar melhor a onda de comunicabilidade entre nós eu criei uma conta de e mail do blog que é a choppinhodigital.blogg@gmail.com

Assim fica fácil o feedback

A AMÉRICA DO SULPARA OS AMERICANOS DO SUL

Os Indios De Cá, Conversam E Não Se Entendem, Pois Os Homens Brancos De Lá Não Os Deixam Conversar e Se Entender


Já fiz alguns posts influenciado pelas leituras das ações norte americanas no entorno da América do Sul e Central, quer seja pelo lado banhado pelo Atlantico quer seja pelo lado banhado pelo Pacífico...

Quando a Quarta Frota estacionou...Lí no Le monde e fiz um post...
Quando da ocupação da Região sobre o Aquífero Guaraní, na Tríplice Fronteira, pedaço do Eixo do Mal, segundo Bush, lí e fiz um post...

Bush, saiu...Entra o idolatrado Barak Obama...Eu, tanto quanto a maior parte das pessoas no mundo, gostei...Mas não é o Walker Bush, nem a Condolessa, que atualmente as conversas com a Colômbia e que se fincam em bases por lá...

As conversas dos líderes da UnaSul, saem fracassadas não somente por conta dos diplomatas de Bogotá e do intransigente olhar de Uribe. Contam decerto com um (dois ou vários) diabinho norte americano sentado no ombro esquerdo a lhes sussurrar diretrizes e discursos contráros ao que seria de grande valia para o povo/mundo/universo do Sul.

Lembro-me bem, da discussão com meu querido amigo Marcelo Peregrino, a cerca das ações e do que escreví sobre Hugo Chaves...Seu Bolivarismo pode ser de araque e tapete para sua perpetuação no poder...Pode até ser plataforma para uma ditadura...Ação, que nós do Sul, não precisamos...Mas não chega a ser um pentelhésimo da ação do presidente Colombiano em favor da nova política de ocupação norte americana...

Estão de olho em tanta coisa...Que nem me arriscaria a dar aqui (até porque não tenho esta capacidade de captação de informações e de análise de conjuntura) uma opinião do que possa ser...

Abaixo a política de Bogotá, abaixo o Isolamento de Bogotá, abaixo a politica cruzada de Bogotá com os Estados Unidos ... Abaixo Alvaro Uribe... Abaixo a política baixa de Obama para a América do Sul

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Rodolpho Botino Quebrando Os Clichês

Hummmmmmmmmmm, olhaaaaaaaaa....Uma de-lí-ci-aaaaaaaaaaa!!!!!!!
Spam´s Visuais

Os "clichês" são um tipo de Spam´s (malditos spam´s) e estão na música, na literatura, aqui na blogosfera, no cinema de longa hollywoodiano, no brazuca, no mundial e pega até os curtas metragens...

Os clichês, invadem a tv, com força absurda e estão em todos os canais, em programações odientas e diárias...

Observei um, que chega a ser até muito engraçado, pelo fato de persistir em existir:

A Ana Maria Braga, que não inventou a onda de receitas culinárias dadas/ensinadas/mostradas na tv, até onde sei, inventou a famosa fugida para baixo da mesa e o famoso: - "hummmmmmmmmmm", de boca cheia...

Pois bem, quase um século desta onda criada e nenhum apresentador(ra) de programas, consegue criar, uma nova forma de mostrar que o produto ingerido é gostoso...É um clichê bacacão este, que eles nos enfiam guela abaixo - aaaahhhh...vocês não gostam de ver programas que ensinam a cozinhar? Putz...então me desculpe...

Rodolpho Botino, o ator e apresentador que é de verdade um "chéf" e que era do canal dois, atual tv Brasil, está agora no cinebrasiltv, canal fechado e continua com o programa Gema Brasil, continua com os mesmo cacoetes, de ficar fungando enquanto cozinha, de coçar o nariz e partes do pescoço todo o tempo e ainda usa camisas floridas...Mas o programa, continua ótimo e com convidados sempre ilustres (digo ilustres e fora da cena global, ehehehe): esta semana entre outros ví a Nana Caymi e a Patrícia Pilar...

Os convidados do Botino, que ficam super a vontade, enquanto por ele são entrevistados ao mesmo tempo em que ele cozinha e passa a receita aos teleespectadores, quebram o babaca do Clichê do "hummmmmmmmm, que de-lí-ci-a"...E de forma verdadeira e cada um a seu modo...Louvam o sabor da comida oferecida...

A Nana, reclamou, quando soube que o programa estava acabando...Caramba, será que não posso comer minha comida..E deu aquela sua jah famosa gargalhada...

Rodolpho, parabéns pela resistência pessoal e física...Pelo programa super humano e desengessado e pela quebra do clichê...

sábado, 12 de setembro de 2009

TIRANDO OS DEMÔNIOS DA CABEÇA, TRONCO E MEMBROS


Ou Apenas Uma Desculpa Esfarrapada De Tratar Do Cansaço Abstrato, Que Decorre do Simples Fato de Viver (ref. Pascal Bruckner)

Não leio a bíblia, nem a respeito muito além do fato, de ser um livro histórico, principalmente no que tange ao antigo testamento...É um livro de fé decerto (afinal foi criado para isso...), penso que seria dar muito mais moral que o Universo inteiro já dá direta ou indiretamente a gen dos Hebreus, que já o domina desde o início dos tempos...

Não me utilizo de rezas prontas (especificamente aquelas propostas pela patristica cristã da igreja católica e ou outras), apesar de achar, que algumas traduzidas ao portugues e sincretizadas e, ainda, cantadas quer seja por Jorge Ben, Fernandinha Abreu ou por Zeca Pagodinho, ficam divinais...

Na maioria dos dias leio as máximas que seguem abaixo...E as utilizo como rezas, orações e/ou preces...Não necessariamente com a devoção religiosa que acompanha as ações descritas. Nelas por vezes, consigo refazer meu caminho...Por elas eu perpetuo ou me afasto de projetos, ação que na verdade sempre estou envolvido.

Poderiam ser outros recortes, talvez até " Amarro fitas no raio, formo as estrelas em par, faço o inferno fechar a porta, dou cachaça ao sabiá" (Guimarães Rosa)/" O que eu ví, sempre, é que toda ação principia mesmo é por uma palavra pensada" (Guimarães Rosa), "Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar" (Chico Science) e por ahí vai...

Cada um no seu quadrado que escolha as suas falas, leituras e memorizações do acordar... :

"Oh, Vida Eu Te Amo, Mas Não Todos Os Dias"
Cerroli

" Debaixo da calma enganadora de nossas vidas descoloridas se desenrola uma guerra surda na qual a ansiedade, as preocupações nos mergulham em um estado de tensão sem intensão. Risível infelicidade que corrói todos nós e não constitui uma tragédia"
Pascal Bruckner

" Esgotamento e estafa, nossos vícios modernos'
Nietzche

" A vida se esvai pelo cérebro e pelos nervos (...). O nervosismo moderno é o grito do organismo que luta com o meio"
Rosolino Coella

"
É da atonia dos dias, de sua massa compacta, que é preciso fazer surgir uma obra, um projeto, e um verdadeiro amor é o que corre o risco do cotidiano, ousa desafiá-lo e não se deixa vencer rapidamente, avariado"
Pascal Bruckner

sábado, 5 de setembro de 2009

Vinte Dólares

Eu não busquei comprovar as informações que seguem neste post...Ele me foi enviado pelo grande broder poeta e artista plástico Mailton Rangel, que é um cara sério, mas não o publico pela seriedade ou pelo fato de me ter sido enviado pelo Mailton, eu o publico pela força curiosa que provoca...

Será mentira, armação, coincidências demais?

Não riam, mas eu nunca ví na vida uma nota de vinte dólares...Ela existe mesmo?....rsrs


Mistério da História




Pergunte a um professor de história se ele ou ela consegue explicar isto...

mas eu penso que não vai conseguir.




Abraham Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846.
John F. Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946.

Abraham Lincoln foi eleito Presidente em 1860.
John F. Kennedy foi eleito Presidente em 1960.

Ambos se preocupavam muito com, sobretudo, os direitos civis.
Ambas as suas esposas perderam crianças enquanto habitavam a casa branca.


Ambos os Presidentes foram assassinados numa sexta-feira.
Ambos os Presidentes levaram um tiro na cabeça.

E agora é que se torna mais estranho:

O secretário de Lincoln chamava-se Kennedy,

O secretário de Kennedy chamava-se Lincoln.


Ambos foram assassinados por alguém dos estados do sul.

Ambos os Presidentes foram sucedidos por um homem do sul chamado Johnson.

Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808.

Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908.




John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1839..

Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1939...



Ambos os assassinos eram conhecidos pelos seus 3 nomes.

Ambos os seus nomes eram formados por 15 letras.

E agora, segura-te:
Lincoln foi assassinado num teatro chamado "Ford"

Kennedy foi assassinado num carro da marca Lincoln, feito pela "Ford"

Lincoln foi assassinado num teatro e o seu assassino correu para um armazém para se esconder.
Kennedy foi assassinado a partir dum armazém e o seu assassino fugiu para um teatro e escondeu-se lá.

Booth e Oswald foram assassinados antes do seu processo.

E aqui vai a cereja no topo do bolo....

1 semana antes de Lincoln ser assassinado, ele esteve em Monroe, no estado de Maryland
1 semana antes de Kennedy ser assassinado, ele esteve com Marilyn Monroe.



Quem é que pesquisou tudo isto?

Incrível:
1) Dobra uma nota de $20 nova em duas partes...

2) Torna a dobrar e cuida de a dobrar exactamente como na imagem abaixo



3) Dobra a outra parte tal e qual como aqui



4) Agora vira-a...

Que coincidência! um simples dobrar geométrico duma nota de $20 dollar revela uma catástrofe, visível em todas as notas de 20 dólares!!!

Coincidência?
Tu é que decides

Se isto ainda não fosse suficiente, isto é o que viste:

Primeiro: o Pentágono a arder...

Depois, as Twin Towers



E olha aqui... !!




Três incidentais desastres numa nota de $20 dollar?
Desastre 1 (Pentágono)
Desastre 2 ( Twin Towers )

Desastre 3 (Osama)???

E ainda se torna melhor: 11 + 9 = $ 20 !!

(11/9 = onze de Setembro, o dia dos ataques às Twin Towers e ao Pentágono)
Estranho, hein?


Isto é uma lição de história!