quinta-feira, 30 de julho de 2009

Oh! Glória



- Seu Antônio, me vê duas pipas por favor
- Ta na mão...Vai levar linha e cerol, dona Lina?
- Vou sim seu Antônio...O Leozinho e o pai vão soltar pipa hoje...É que hoje é folga dele...Leozinho é uma animação só.
- Ta aqui...óh...A melhor pipa do bairro...E tem carimbo e tudo, olha ahí...Tonho de Deus, Rei das Pipas.... Glória deus, é só benção.

Falou e mostrou orgulhoso o carimbo que havia mandado fazer dias antes, o Tonho de Deus Rei das Pipas. Antônio Dias Carpo de Jesus, 49 anos, caucasiano, natural de Santa Catarina, filho de agricultores católicos, descendentes diretos de Italianos, radicados no Estado desde o século XIX., não foi sempre o Tonho de Deus.

Desde o final de sua adolescência que gabava-se de seu ateísmo, de sua controversa e dedicada vocação comunista. Durante toda a infância fora pressionado pelos pais e avós a ler a bíblia e a freqüentar as missas. Fôra prometido ao Padre Giulliano desde o batismo, seria sacristão e na graça de deus, padre de seminário. E por tal missão ardia em trabalhos diários na capela que fora construída nas terras do Coronel Justino, local onde seus avós eram meeiros.

Aos quatorze anos fugiu dos olhos dos pais e parentes, que ficaram atormentados sem saber o que lhe havia acontecido, andava à época, por aquelas bandas, um circo de ciganos e uma onça que perturbava o juízo dos capatazes da fazenda, sumindo com gado bovino miúdo e galinhas.

- larguei o pé pelas mata, logo de noitinha depois que mãe apagou a lamparina, peguei de pé na noite toda até a rodovia. Cheguei lá já era de manhãzinha, sentei na beira, abri a sacola e peguei um dos pedaço de bolo que levei pra viagem...Não senti nem o cansaço, só a fome...Fome de mundo, fome de liberdade, fome de ser comigo e por mim mermo.
Fui assim, de estalo, com pouca roupa, o canivete, umas laranja, pão, tapioca, farofa de aipim e os pedaço de bolo que tinha economizado dos café da manhã...Só isso e corage, vontade de ver o mundo...Agora eu era dono de meu destino...

Antônio, falava com a emoção dos seus quatorze anos. Toda a igreja calada o ouvia atenta neste seu depoimento emocionado – um testemunho de sua transformação no sangue de cristo.

Em casa, Leozinho e o pai se preparavam para soltar pipa. Era domingão de sol, dia lindo e iluminado...Na quinta, quando Lina chegou com a pipa , o cerol e a linha em casa, Eduardo já estava pronto para sair, fora chamado as pressas pelo delegado Romão, chefe de sua equipe, na DAS – Delegacia Anti Seqüestro, haviam recebido uma dica de onde estaria caindo o estuprador da calcinha amarela, o perigoso e sanguinário estuprador que após torturar e estuprar suas vitimas, deixava-as vestidas apenas com uma calcinha amarela. A dica era quente e era uma chance de tirar o Secretário Estadual de Segurança Pública, o Chefe de Polícia Civil, a imprensa e a sociedade de seus calcanhares (de Aquiles), a folga ficaria para domingo...Tanto melhor pensou...Mas Leozinho, de 5 anos, ficou inconsolável, estava de férias na escolinha e tinha muito pouco tempo com o pai que dividia-se em plantões, expedientes, investigações e emergências tais quais a que por hora se entregaria.
Na venda de Tonho de Deus, seus filhos, Olga, de 22 anos brincava com o sobrinho Kaíque, de 3 anos, filho de Olívia, de 16 que ajudava, Luis Carlos de 13 a pendurar as pipas na parede. Todos estavam meio apreensivos pois Lênin, de 24 anos, o mais velho e problemático dos quatro, não aparecia em casa desde quarta feira a noite.

- andando pela estrada sem saber o rumo nem direção, já até pras hora de sol a pino, no meio do céu, um caminhão passou e fez buzina...Corri, peguei da cara na janela e perguntei, vai carona?, o motorista riu e perguntou pra onde eu ia...Eu respondi pra ele bem assim...Vou pro mundo...ele riu de novo e me mandou subir. Não perguntou nem meu nome e já foi me oferecendo um cigarro e um gole de cana. Nem me lembro direito a hora que paramos e do que aconteceu naquelas horas, estava já meio tonto daquele cigarro esquisito e da cana. Acordei pelado numa cama com várias mulheres, mais velhas que eu...O quarto era pequeno, tinha cheiro de cigarro, aguardente e roupa suja. O motorista estava também trançado no meio de três mulheres, contei e ao todo tinha umas seis ou sete mulhé. Porta trancada, janela com uma cortina de chita barata, fui ao banheiro que era uma fedentina só e tomei o primeiro banho de minha liberdade.

Dali, seguimos para São Paulo e minha emoção não dava lugar a nada...Fumamos outros cigarros, bebemos outros goles, paramos em outros casas em outros postos, em outros bares e em outros ares com e sem luz vermelha. De São Paulo fomos ao Paraná, do Paraná a Goiás de Goiás pra outro canto e de canto em canto, foram dois anos de estrada, parada, trabalho, suor e prazer...Nesse ponto da vida eu já ia fazer 17 anos e já fumava maconha e bebia como um adulto, já pilotava o caminhão, de meu compadre Arthur, que não andava bem de saúde...Arthur além da maconha e da cachaça também tomava uns comprimidos que não me deixava chegar perto – depois vim a saber que era optalidon – Por conta das dores constantes no peito e nas pernas, passamos a trabalhar mais em São Paulo, é que tabém o caminhão já não era mais aquelas coisas mesmo.

Percebendo a disposição e bem estar de Eduardo, Lina resolveu arriscar uma pergunta, Eduardo odiava a falar do trabalho em casa. E então Edu, conseguiram prender o tarado?. Não, respondeu Edu...Mas ele não vai mas muito longe não...Deu mole lá pros lados da zona Oeste e acho que a milícia o pegou. Não quero nem pensar nisso hoje, hoje o negócio é pipaaaaaa...Agarrando-a pela cintura em um beijo, que Leozinho, logo chiou...Pai vamo, vamo logo pai. Riram e Edu pegou o menino pelos braços e jogou-o ao ar. Ta legal, vamos passar cerol e cortar geral, disse: - cuidado rapaziada, se cuida que chegou o cerol fininho.

Na venda, com os olhos esbugalhados, ao telefone, Olga balbucia: mas meu deus. Como isso foi acontecer, meu deus.Ai,moço, o que é que eu faço? Ai Olívia, ai Luizinho...Mataram nosso irmão, meu deus...ai mataram o Lênin, mataram o Lênin, meu deus. Luis, corre lá na Divina Rama e chama o papai...Pega a moto Luizinho vai rápido, falou nervosa anotando de forma inconsciente alguns dados que lhe eram passados pelo telefone...Sei, sei...Mas moço pra que roupa? O que de calcinha? Ai meu deus que foi que fizeram com meu irmãozinho, ai meu deus.

- filhão, vamos arrastar aquela pipa amarela ali?
- Vamo pai, corta ela papai
- Não foge não é o cerol, é o cerol...ah ah ah....
- Pai, pai cuidado com o menino na moto pai
- Ai meu deus, ai meu deus o que foi que eu fiz meu deus? Ajuda aqui, ajuda...Chamem uma ambulância, rápido, chamem uma ambulância rápido por favor...

As portas da Igreja da Divina Rama e Graça, o apóstolo Íago junto a esposa, missionária Eliane despede-se dos fies dizendo: - que domingo glorioso, que domingo de graça e luz, que lindo e belo testemunho Antonio, que benção tê-lo aqui, conosco, vá com com deus, amado.

Vindo a seu encontro e vendo que os fiéis já haviam se dispersado, o diácono Paulo, diz: apóstolo, que benção, hoje a arrecadação bateu nosso recorde e olha que são apenas 9 meses de portas abertas para o senhor. Quanto foi Paulo?. Mil e trezentos reais em dinheiro e mais este cheque de trezentos e vinte e cinco reais, apóstolo, mil – e – seiscentos – e – vin-te – cin- co - re-aissssss, respondeu sibilante...Que ótimo, com o cheque a gente cobre a conta da igreja que ta negativa, com o dinheiro a gente paga a nota dos instrumentos e ainda sobra algum...Ta duro?

- sabe Tonho, a melhor coisa que a gente fizemo, depois de enterrar o compadre, foi eu pedir as conta da fábrica, você vender aquele bar amaldiçoado, pegar nossas crianças e vir mesmo aqui pro Rio, sabe...Assim, você largô de vez o vício, a bebida, o cartiado, as mulhé da vida...Entregou o coração pra Jesus...Viu como ta dando tudo certo? A venda vai bem, tu ta danado nas venda de pipa e cerol...A gente mora qui a tão pouco tempo e já tem freguesia, nas verdura, nas galinha.
- E nas pipa né Marta...No cerol
- Sabe não sei como eu fiquei tanto tempo naquela vida
- Se você num fosse da vida, agente não tinha se conhecido, né?O que vale é o hoje, amanhã é de deus e nós somos de deus
- É meu velho...E tem também o caso do Lênin...Lá ele não ia se endireitar...Viu como ele tem andado calmo? Vendeu o revolve...Que benção
- É mulhé...É o nosso senhor operando

A PANELA E A TAMPA



Ou Quando o Amor Desfeito Não Mais Basta Enquanto Memória Olho Furado, Óculos Quebrado, Vista Embaçada Que É...

Toda panela tem sua tampa
Não há pés descalços
Que um chinelo não calce
E para executar um plano
Basta a rampa

Quantas vezes foi
Que olhei pro lado e não vi?
Quantas vezez foi que orei
E não ri?

Nem sexta e nem segunda-feira
São vários olhos pra comer
Só uma folha pra escrever
A vida se esvai se marcar bobeira

Quantas vezes foi
Que olhei pra teus olhos e não vi?
Quantas vezes foi que chorei
E não li?

Dos compassos e descompassos
Dos abraços e olhares de amor
Que são apenas traços do que sobrou
Do sol, da chuva e do calor de flor
Daquela que foi meu torpor
E febre de dias intensos
De pensamentos em laços




quarta-feira, 29 de julho de 2009

E JAMES BOND MUDOU...MAS...MUDOU PELA PAIXÃO...OU A PAIXÃO É QUE O MUDOU?



Ainda falando de mudanças...

Após ver o novo Quantun of Solace, a saga de James Bond o 007, com o Daniel Craig que ao contrário de seus antecessores conseguiu dar outra vida a vida do agente secreto do M16, é fácil perceber as mudanças feitas sobre a criação de Ian Fleming.

James Bond, não come mais ninguém...Para a média de quatro a cinco mulheres traçadas por filme...Apenas uma é o mesmo que nada...

As cenas de perseguição, ainda trazem o famoso Aston Martin inglês, mas o que vemos são cenas sobrepostas sem uma regularidade que nos permita perceber e acompanhar a perseguição...que resume-se em várias tomadas, montadas como num quebra cabeças...

Também as cenas em que persegue a pé um alvo, nos telhados da Espanha, são magníficas e receberiam aqui um elogio se não fosse uma cópia dois degraus abaixo das cenas da seqüência Jason Bourne, com Matt Damon Perde então, o novo 007, mais de duas vezes para a seqüência Bourne...

James Bond, agora anda ensangüentado, sujo e qui ça fedorento, posto que, são vários os dias com a mesma roupa...Não tem mais aquela de levar porrada ser capturado e depois dar porrada em um numero maior de facínoras e fugir...

Do censo de humor que inspirou o Agente 86 de Maxwell Smart com Don Adams na tv e Steve Carell no cinema e o Johnny English de Mister Bean ou Rowan Atkinsons, quase nada restou.

Não há nem sombra do agente perfeito e obediente de Sean Connery e Roger Moore ao acatar as ordens e broncas de M.

Cadê a Moneypenny ?

E o pior é que o novo James Bond, caminha, corre, atira, mata e dá porrada...Ainda apaixonado pela Vésper...Pasmem, James Bond esteve nos dois filmes com Craig, movido por duas paixões, a linda Vésper e a Inglaterra...

Eu, na realidade prefiro assim...Mas, um filme, só é filme e ação pertencente a maravilhosa 7a. arte para ser espetacular, e espetáculo não precisa guardar tanta realidade...As ações e os cortes são rápidos e dão um movimento e dinâmica maior ao filme, o que soa bem bacana...Mas falta, ali, ainda alguma coisa do glamour, charme e espetáculos anterior.

O que é bem legal é que a coisa da paixão desfeita de forma violenta e com sinais de traição, da seqüência que inaugura Craig, fornece para quem sempre gostou de assistir aos filmes de James Bond, outros elementos, para compor o perfil da razão pela qual fica ele tão frio e distante com as mulheres (menos com a Moneypenny é claro), valendo apenas a troca de óleo e o momento (na maioria das vezes no interesse da investigação), sem apegos maiores e relações efetivas...Falo em outros elementos, por conta do fato, de que a razão anterior advinha da perda violenta por assassinato, da esposa, a condessa Tracy de Vicenzo com casamento em, On Her Majestys Secret Service ou 007 A Serviço Secreto de Vossa Majestade, de – 1969).

Vale a pena para quem gosta dar uma olhada nos links abaixo:


Bourne (http://www.adorocinema.com/filmes/supremacia-bourne/supremacia-bourne.asp)
J.Bond (http://almanaquevirtual.uol.com.br/almanaque.php?id=5380)
Mr Bean (http://www.imdb.com/title/tt0274166/)
Ag 86 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Get_Smart)

terça-feira, 28 de julho de 2009

A GRIPE SUÍNA E OS NOVÍSSIMOS COMPORTAMENTOS...SERÁ JÁ O APOCALIPSE?


Alguns acontecimentos mundiais vão transformando o comportamento humano. Verdadeiros sismos sociais que com suas ondas vibratórias vão atingindo em progressão geométrica tudo que está à volta.

Existem as transformações comportamentais que podem ser observadas apenas em determinadas regiões e/ou países. Algumas outras são comuns a continentes inteiros. Independentemente do nível e estágio cultural todos acabam atingidos.

Impregnados que somos, pelo Helenismo, que trouxe toda a filosófica sabedoria (redundante né?) greco-romana, junto a sua ética e moral emoldurada ainda pelos mofos do pensamento judaico-cristão, que reunidos, e após dominarem a cabeça de toda a Europa Ocidental, desembarcaram das caravelas em toda a América e África e ainda com nuances de caráter específico e pontual na Ásia e Oceania, demos vazão a comportamentos sociais que sobrevivem até hoje...

...Embora estejam com os dias contados...eh,eh,eh....

O sexo entre machos e fêmeas (parece que a viadagem entre os machos e a esfregação entre as fêmeas só começa em Sodoma e Gomorra) nas hordas nômades da pré-história era de cócoras, tipo cachorrinho...Mas chegou a nossos dias baseado no famoso papai e mamãe e nas variações logaritmo olímpicas e imaginativas do Kama Sutra...

O costume de cumprimentar as pessoas com o famoso: “Como vai?” nasce das visitas diárias do médico das aldeias em tempos do medievo, tempo em que se acreditava que a uma perfeita saúde correspondia uma simétrica evacuação, daí a pergunta...”Como vai a sua evacuação?” ...Que a corrupção dos tempos no dia a dia apressado do capitalismo, transformou em How are you? Ou Como vai e Comment ça va?, é lógico que não perdeu a força de sua criação, pois a preocupação em perguntar agora não é só do médico e ainda segue com um aperto de mão.

Do ato, dos cavaleiros medievais, nobres e senhores de terras, de levantar o elmo para cumprimentar seus adversários, superores, pares surge à continência que é seguida por vezes e entre militares de mesma patente ou graduação de aperto de mão.

O famoso tin tin, que surge da necessidade de dar ao momento de degustar o vinho a razão dos 5 sentidos veio o tin tin, posto que o tato se fazia existir no ato de segurar a taça, o olfato no ato de se cheirar o vinho, a visão no ato de olhar o vinho e o paladar na prova...Faltava a audição que veio com o ato de fazer chocar as taças no famoso tin tin.


O Beijo, do latin basiun, toque dos lábios, nos mais antigos relatos, aparecem em gravuras nas paredes de templos na Índia e lá pelos idos de 2.500 a C, também com vestígios de existência na Mesopotâmia entre os Sumérios que enviavam beijos aos deuses era entre os gregos prova de reconhecimento e foi largamente difundido pelos romanos onde os Imperadores, permitiam-se serem beijados na boca pelos nobres mais influentes e já os de menor importância as mãos e a plebe, apenas seus pés...Nos dias atuais auto afirma-se como um gesto de afeição mais do que de respeito e devoção e tem segundo o 007 Blog (http://007blog.net) a seguinte classificação:
Beijo no rosto – símbolo atualmente de cumprimento.
Beijo na testa – símbolo de respeito.
Beijo metralhadora - é quando o parceiro beija todo o corpo da vítima: testa, barriga, pernas…
Beijo Francês - é o famoso beijo de língua
Beijo na mão – mostra-se cavalheiro um homem, e carinhosa uma mulher.
Selinho – beijinho mais discreto e conhecido também como beijo de “amigo”.
Beijo apaixonado – é aquele beijo que demora pra acontecer e quando acontece o casal não quer mais desgrudar. (a não ser que o beijo dele (a) não dê “encaixe” com o seu)
Beijo Conde Drácula - quando o parceiro (a) beija totalmente o pescoço do outro (a), podendo deixar o famoso “chupão”.
Beijo assoprado – aquele em que você beija a sua mão e o assopra para o receptor.

Abraço...O abraço surge do sentimento de proteção, afeto, guarda...Aparecem em sítios arqueológicos e em peças arqueológicas...O que nos dá a noção de ser também um costume muito antigo...Há quem diga que vem mesmo dos chipanzés...E acho que é comumente mais usado que o beijo...Pois segue até em musica de Gil: “aquele abraçoooooooo”

Do antigo, norueguês Kaka, para o inglês de hoje, cake, o bolo é coisa antiga...Os gregos colocavam velas em cima do bolo por acreditar que a fumaça carregava seus desejos e orações já entre os germânicos a vela significava luz de vida...Estas teses não encontram comprovação e o que é unânime é a onda de soprar a vela Um desejo será satisfeito se todas as velas de um bolo de aniversário forem apagadas num único sopro.

Mas as recentes noticiais de pandemias tem mesmo universalizado procedimentos comportamentais a nível mundial.

Não é mais incomum, vermos pessoas, tais quais os japoneses, a desfilar com máscaras cirúrgicas no rosto nos telejornais que mostram o mundo.

È claro e nítido, que partindo desse pressuposto podemos esperar, para muito breve uma nova ética e moral, diferentes das que estamos acostumas a conviver.

Não soul um homem viajado. Na verdade estou, um homem assustado, com as notícias diárias. E eu, quase não as escuto, prefiro os filmes, os Blogs, o Youtube, o Porta Curtas.

Tanto se falou que a Gripe Suína...Oooops...a Influenza...a H1N1...A sei lá o que...estava sob controle no Brasil. E após vermos a desgraceira, que a talzinha, causou na Argentina, no México em outros países e agora sabe-la potente aqui no Brasil, faz pirar mesmo. Mesmo com a notícia de que a Tuberculose mata 40 vezes mais que a H1N1... Pior ainda é o transito, mesmo com a Lei Seca... Mas, ainda assim, ao menor sinal de tosse e febre todos correm aos hospitais possíveis...

E assim, vamos nos outrando, vencendo o perigo dentro de casulos...Pobre de nós, daqui a algum tempo a evitar apertos de mão, abraços, beijinhos, beijões – de língua – boquetes e uma foda bem dada (mesmo de camisinha ainda haverá a sudorese dos corpos em brasa... Será que inventarão uma camisinha para o corpo todo?), e o procedimento de reanimação chamado respiração boca a boca? Aha ta amarrado...Nem morto

O OLHO DO CONSUMIDOR


Recebí por e-mail do broder, Ewerson Claudio, ONG Com Causa e portal Sobretudo.org.br e repasso...Para devidas conclusões...

O OLHO DO CONSUMIDOR

O Ministério da Agricultura lançou recentemente uma cartilha informando a população sobre os benefícios de alimentos livres de agrotóxicos, bem como sobre a questão dos produtos transgênicos que "colocam em risco a diversidade de variedades que existem na natureza". Porém essas cartilhas não serão distribuídas porque a indústria dos alimentos transgênicos (Monsanto), entrou com uma ação que impede a distribuição.


A cartilha foi ilustrada pelo cartunista Ziraldo e ainda é possível encontrá-la no site:
Em pesquisa feita e provocada pelo mail, que faço post, fiquei espantado com a força do lobby da indústria posto que a tiragem foi de 620.000 exemplares....Tem mal não, a gente multiplica isso...E então vai ficar ahí parado ou vai repassar este para seus amigos?
Um abraço Orgânico

segunda-feira, 27 de julho de 2009

SAIBA QUE SOUL FELIZ




Feliz e rico
Em saber
Que cantar um samba
Já não
É mais tão raro
Quanto dirigir

Um carro
Importado e em bom estado
A mil por hora

Feliz em saber
Que um dia de sol
Pode ser TÃO meu
quanto seu

E tanto melhor que seja nosso
Por conta
De todo ócio
Que a vida impôs

Mas com um carro
Importado e em bom estado
A mil por hora
Eu vou mesmo saber dos dias
Que perdi

E saiba
Que soul feliz
Em saber
Que a velocidade toda
Não é por você...

Pois tudo que sou
É o que quis de você

sábado, 25 de julho de 2009

A BULA




Não tinha apego à vida. O que não significa que desejava a morte. Seus cuidados com a saúde eram nenhum. Sedentário, não fazia exercícios, ação que julgava um grande excesso, era um móvel, movia-se por extrema necessidade e mais por força e ação do dia a dia que de sua vontade.


Não tinha uma vida permeada por regras. Até gostaria de ser uma pessoa metódica, mas, não o era. Tinha manias, algumas esquisitas, poder-se-ia dizer “muito esquisitas”.


Sua vida não era normal, mas não se poderia afirmar que era um excêntrico.Não tinha o vigor criativo e doentio de Eugene O’neil, e talvez, dele nunca tivesse ouvido falar. Da tragédia não se encantava nem com o bode nem com os cantos, partes de um culto que lhe eram tão familiar quanto O’neil.


Os problemas eternos do homem não o interessavam, o destino, as paixões e a justiça, eram para ele questões teóricas que acentuavam a desordem mental inerente a todo ser humano, preferia rir e tomar uns tragos, brindar o dúbio comportamento e o escárnio que sentia da sociedade. Era um homem de vanguarda, um obreiro, um para militar a serviço de sua própria tragicomédia.Obra original de sua autoria, que jamais iria contextualizar.Sentia-se cheio de vida, e de sua saúde regozijava-se.


Uma de suas manias era comprar remédios. Só para tê-los em casa, para ficar observando, uma coleção da qual podia debochar. Era realmente um homem de vanguarda.Desprezava a ciência e os médicos, Sua hipocondria, era de colecionador, de vitrine.


Que diria ele desta comparação?.


Tinha na ponta da língua, diversos casos de erro médico, com detalhes de datas, vítimas e locais. Por não gostar da internet, gastava horas infindas em cartas, artigos e teses a revistas, jornais, programas de Tv e rádio. Tudo o que pudesse fazer para expressar seu repúdio a ciência de Hipocrates de Cós.


Tamanha era sua atuação, que chegava a ser conhecido de membros do Conselho de Medicina, que o odiavam. E por tratar-se de um Conselho muito corporativista, o contágio do repúdio circulava de médico em médico.


“Dia da caça, dia do caçador”.


Certo dia foi acordado no meio da noite para socorrer um vizinho. Na verdade um grande desafeto. Não era nenhum estoicista, mas também não vivia somente para o prazer, afinal não se deve negar água a quem tem sede. Levou o indivíduo - termo usado por ele, para designar o vizinho doente – ao hospital, estacionou onde era possível, em frente a uma garagem, mas naquela hora não haveria de importunar ninguém, pois, somente iria despachar o indivíduo e sua família e voltar aos braços de Morfeu.


Para sua surpresa, os minutinhos em que se demorara haviam se constituído em meia hora, e seu carro estava com os vidros laterais quebrados e fora empurrado para o meio da rua. Seu ódio, que quase sabia guardar bem, tomara-lhe todo o corpo e mente. Seu repúdio a classe médica e a necessidade da utilização de seus serviços tornara-se ali maior e maior...Quando se dissipou parte de sua ira, pode ver o cartaz que pendia sob o portão de garagem que travara: “Não pare nem por um minuto, pois, se eu quiser entrar ou sair, serei obrigado a quebrar seu vidro lateral”.


Maldito hospital, malditos funcionários, maldita ambulância que não socorreu aquele besta fraco e malditos médicos, resmungou – por uma semana seguida. Era realmente um homem da oposição, da diferença. Seu conceito de realidade fazia-o destronar todo o pensamento em torno do pecado, moral e da graça. Embora tivesse pouca leitura e passasse a quilômetros de distância da intelectualidade filosófico-literária, tinha decorado uma passagem de Nietzche: “o que é bom? Tudo que eleve no homem o sentimento de potência, à vontade de potência, a própria potência”.


Pois é, certa noite deleitou-se em Whisky. Foram duas garrafas de Jack Daniel's, e o coração gritou. Uma dor insuportável no peito, coisa séria. Nunca havia se sentido assim, aliás, jamais houvera sentido qualquer dor, mas, intuitivamente soube que aquela medida era exagerada. Dor e medo, no espartano, dor e medo – estava doente. Gritava feito criança, toda a casa estava nervosa. Os gritos chamaram a atenção da vizinhança e por seqüência ao tumulto, da polícia.


Faltava a ambulância. O homem mudara de cor, arfava por não conseguir respirar.Sua mulher sai aos gritos: Uma ambulância, uma ambulância. Essa chega, e quando adentra o imóvel, já é tarde, o homem caído no chão sobre uma imensidade enorme de frascos, vidros, tubos e ampolas de remédios dos mais variados tipos e tamanhos. Dava a impressão de que num último e gigantesco ímpeto, tentara alcançar a salvação no que tanto houvera desprezado.


Presa a sua mão uma bula, que dizia, “não use este medicamento antes ou após ingerir bebidas alcoólicas. Não cessando os sintomas procure imediatamente um médico”.O universo às vezes conspira contra. Não existe verdade mais absoluta que a própria realidade.

Sylvio Neto
Publicado no Recanto das Letras em 22/11/2005Código do texto: T74947

sexta-feira, 24 de julho de 2009

DUAS TEORIAS (OU SERIAM TESES?) E UM YPIE HURRA






DUAS TEORIAS (OU SERIAM TESES?) E UM YPIE HURRA

Sobre Michel Jackson

Ao longo do período que sofreu acusações e foi processado por pedofilia, eu não observei (e pode ser que eu, viajandão, do jeito que soul, tenha mesmo deixado passar batido) manifestações calorosas de apoio a Michel Jackson, vindas da família, de amigos artistas ou de fãs.

Lembro-me bem, que tudo começou a cair ao o lado do meninão, quando lançou o disco Dangerous, que é uma porrada e tanto na apodrecida sociedade norte americana (e pensar em Mike Tyson, Mohammed Ali e Eddy Murphy), todos negros notórios que desafiaram a mídia , a sociedade e a política norte americana me faz tremer coma idéia do que farão com Obama)

Os longos depoimentos chorosos de fãs, de “amigos artistas” e da família Jackson, soam mesmo é como uma grande oportunidade de aparecer.

Quem saiu ganhando foi a imprensa, tanto durante o período de acusações, julgamentos e acordos, quanto no pós morte (eu escrevi morte? Aguardem...)

Mas a minha teoria ou tese ou loucura trata do seguinte:

É de domínio publico a situação financeira de Michel. Situação que se deteriorou com seu afastamento dos palcos, por conta dos processos e saúde frágil, além de negócios mal feitos e cuidados e ainda da megalomania compulsiva do astro, de comprar e comprar e comprar.

E...Mesmo com o patrimônio estimado e divulgado como sendo de 2 bilhões de dólares, muito dele está em ativos, imobilizados, que demandariam tempo, impostos, comissões, depreciação e sei lá mais o que, até serem vendidos para saldar a divida, também avaliada e divulgada como sendo de hum bilhão de dólares, lhe sobrariam pouco (para os padrões de impostos e de mega star norte americano).

Então...O astro maior, resolveu, forjar sua morte. Prova é que não foi aberto o caixão milionário antes, durante e depois do velório. Ninguém teve acesso ao corpo. Dificilmente um funcionário do Instituto Médico Legal, de lá, deixaria de fotografar ou filmar o astro morto (mesmo demitido e/ou processado as imagens valeriam sua aposentadoria) e ninguém sabe onde foi enterrado.

Quem gosta do Google Earth ou de mapas, aproveite para dar uma olhada nas ilhas do Pacífico...Observem o quanto são distantes de tudo e de todos, e ainda restam, as inúmeras cavernas ultra secretas e confortáveis instaladas na região do Afeganistão e cercanias acidentadas escavadas, decoradas e protegidas, pela turma do Osama Bin Laden...

Com o volume do faturamento do pós morte, algo em torno dos 8 bilhões de dólares, em venda de discos, vídeos e outros blás, blás, blás, como foi também divulgado pela imprensa, o astro fará uma plástica definitiva e ficará a vontade longe da maldade da família e dos homens , do fisco e dos fãs chatos pra cacete em algum lugar distante do planeta – quem sabe na Reserva Florestal de Tinguá?

Hã...Já estava esquecendo...O Macaulay Culkin desapareceu...Há tempos que ninguém sabe dele...

Sobre Romário

Cansado de bancar a ex esposa, que leva mensalmente uma grana preta e segundo declaração de Romário aos jornais, gasta com viagens, roupas e prazeres do dia a dia e ainda de pagar merenda a sua família bem como as contas dos amigos quando vai a churrascaria, IPVA alto de tantos carros parados na garagem (Romário decidiu desfazer-se dos carros?), indenizações a ofendidos por suas sacanagens e/ou truculência e dizendo que está muito endividado (fala-se em 8 milhões não sei de dólares ou reais, ou seriam, euros?), atrasou a pensão dos filhos (mas que é gasta pela mulher), e descuidou-se...Até ser preso, para reforçar a justificativa de que está mesmo endividado.

Durante o lançamento de seu livro, já em liberdade (na verdade a táctica serviu também para divulgar o livro), reafirmou a imprensa estar duro, jogando pesado na estratégia de que está com os bolsos furados. Sua grana, decerto está, imobilizada em investimentos mais seguros que as pirâmides o mercado literário brasileiro que é já do Paulo Coelho e o envolvimento com assassinos.

Quem sabe mais carros e muitos imóveis?...Aquela boate lá em Cabo Frio e também o Condomínio do Peró, são um breve exemplo.

Então...Depois de esquecido pela imprensa (que não gosta de astros decadentes, pois estes não vendem jornais), esquecido pela ex mulher (já que duro não pode pagar pensaão milionária), família e fãs (em menos de um ano o brasileiro esquece do quem e do que a imprensa não comenta), Romário, seguirá, ao encontro de seu dinheiro e sossêgo...Pensão que nada, impostos que nada, chatice e bronca de ex mulher que nada...

Eu quero é mel...Dirá ele.

Não sei, se há ainda, contatos entre Romário e Michel Jackson...Mas as possibilidades de estarem em sociedade e grande...O paraíso será deles...E o sossego também...

Pena Tim Maia, ter mesmo morrido, seriam o trio perfeito.

YPIE HURRA

A nova Lei Rouanet, que conseguirá diminuir em muito com a farra do boi, nos privilégios de uma elite que domina as verbas da cultura...Principalmente no Sudeste.

Ao “Vale Cultura”, que já apelido aqui de CULTUCAR(D), e que vai tentar enfim, democratizar, ao menos entre os empregados de carteira assinada o acesso as livrarias, teatros, cinemas, shows e etc cultura e tal...

Não é porque não serei agraciado que colocarei a marreta por sobre tal iniciativa...Eu e quase a metade de “serumanos”, viventes no Brasil em idade produtiva...

Filho da puta desempregado (camelô, apontador de jogo do bicho, diarista, carroceiro, produtor de cerol e pipas, contratado do Estado e Município, vendedor de cesta básica, curau, cuzcuz e pamonhaaaaaaaaaaaaaaaaaa entre outros sem CTPS, assinada) tem mais e que se fuder...Que? Ta com pena d´eu?..Fica naum...Eu ainda penso... quem sabe algum dia não me resolvo?...Fique com pena dos outros...

Mas ta valendo Ministro...Vê se dá uns conselhos pro Rômulo Costa que é Secretário Municipal de Cultura de Belford Roxo...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

SEM NOÇÃO

Quem soul eu para questionar pesquisadores sociais da UNICEF E do Governo Federal...
Soul apenas um corpo de lama, imagem do que se vê...
Poeta menor de poucas letras...

A afirmação de que haverá até 2012, um volume absurdo de mortes, de jovens por assassinato (jovens entre 12 e 19 anos em números que chegam a cerca de 33.000), no Brasil, chega a dar dor e revolta, tanto porque sabemos que ações para travar tais circunstâncias não são tomadas pelas autoridades que quando o fazem, fazem de forma ridícula e "sem noção" - tipo promover toques de recolher - tipo retirar da guarda das mães e bobices perfunctórias do tipo .

A maior parte é ligada ao trafico...

Mas, um aspecto ao menos é ridículo: a morte virá oir conta do consumo de drogas - até aqui beleza - mas o motivo das mortes é dado como sendo por causa das dívidas com o trafico...

ME DIZ AHÊ....ONDE É QUE SE COMPRA DROGAS FIADO?
HEIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM?

OLHA SE SOUBER NÃO FALA PRA NINGUÉM ... SE NÃO ... HUMMMMMMMMMMMMMM

terça-feira, 21 de julho de 2009

NO ESPAÇO SEM BANHEIRO

Sofro muito por ser um premiado - tanto quanto meus irmãos - de cólon do intestino irritável (meu...o bichim além de irritável é irritante)...Eu poderia aqui. fazer um texto similar ao que circula na net e é atribuido ao Veríssimo (aquele da diarréia no aeroporto e no avião)...Mas, embora já tenha passado por tantas brabas, suficientes para encher as páginas de um livro, não chegarei tão longe...

...Mas, olha bem, fiquei boquiaberto e sentindo o suor frio escorrer pelo rosto barbado, só de me imaginar sem banheiro lá no espaço - sideral...credo em cruz...

Coitados dos astronautas...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

SEU MATHIAS E PANELA ZEN PROVANDO E COMPROVANDO SUA VERSATILIDADE



Uma Mostra de Que è Possível Ainda Modificar O Cenário E Que Quem Fala Demais Deve Tomar Cuidado Com Uma Demissão Sumária


A arrogância daqueles que se vêem donos de talentos é mesmo algo de grandioso. A arrogância e introspecção em um universo próprio é o que de mais comum podemos encontrar a nível de comportamento e nas relações interpessoais com aqueles que se sentem
Muito talentosos.

Além de serem realmente grandes, e de produzirem, ações realmente diferenciadas da maioria dos mortais, alguns artistas sentem-se mesmo grandes..Na maior parte das vezes maiores do que realmente são.

Quando estes, passaram por processos complicados de aceitação familiar, social e principalmente dentro do seleto e restrito universo das estrelas, acometem-se do grande mal do isolamento e do egoísmo, negando a presença, a imagem, o gentil relacionamento e o reconhecimento do berço e da cena que os levou aos palcos de luz.

Quando ainda, percebem que a gestão política da cultura na Cidade onde nasceram, foram criados e viveram é inexistente e a toda prova conduzida por inexperientes e ou aproveitadores agentes da gestão publica, passam a renegar o lugar onde ainda vivem e penam seus amigos, parentes, pares ...Tal como se estes fossem os reais culpados...Introjetam-se na possibilidade financeira bancada pelo sucesso que lhes bate a porta – e existem vários níveis de sucesso e de ganhos por este escalonamento – e mudam-se de Cidade, vão para longe de suas raízes.

Falando que lá...ou cá...onde estão fincadas as suas raízes não existe nada, nem ninguém...Renegam a cena, a região e a solidariedade possível dando de costas ainda negando a possibilidade de dar visibilidade a cena existente...Aos amigos, pares, parceiros que ainda nadam contra a maré...

Baseiam-se e balizam-se no “ Eu Sou”

Berço de arte e cultura (embora mal gestados), Belford Roxo, do Cidade Negra, de Laurinho do Rappa, de Cezar Bellyenni do Eletro Samba, baixista da extinta Nocaute, banda revelação indicada ao Grammy Latino, da extinta Negril, história do momento e movimento da cena reggae de Belford Roxo e up grade do Desaguada e Kmd5, do extinto ou adormecido Cabeça de Nego, das antológicas Preto Tu, Postura Africana, Soul do Beco, Baixafrica, Suburbanda, (que ainda resiste com o nome nas ações e canções do Neco Chalalakaia), ainda resiste no talento solo de Dida Nascimento (fundador do Kmd5), Na reinvestida de Da Gama, que saído do Cidade Negra, lança seu primeiro prelo do Projeto Solo Violas e Canções, na atitude, talento e garra da rapaziada do Falange Keniata, Babilaque (de Jorge, Emmerson e Reinaldo Kalunga) e em diversas outras bandas que por hora me fogem a memória.

Com a dissolução da formação pós original do Cidade Negra (saída de Tony Garrido e do da Gama), observamos um lapso de sua presença na tv e nos rádios, que é algo comum para quem prepara novo trabalho com nova formação. Mas, ainda assim, Belford Roxo,não encontra-se mal representado no que tange a talento musical e ainda movimentos de recuperação de cenários de arte e cultura. Iniciativas particulares dão um certo caminho, um certo vigor, um certo punch.

Aos que se acham já famosos, por serem empregados, de bandas de sucesso da Zona Sul, com um cast de shows mensais que lhes propicia grande visibilidade junto a mídia e ainda saldos em conta bancária jamais vistos por eles, seguem exemplos de vida que deveriam ser o suficiente para acordá-los e/ou tirá-los do transe bobo, efêmero, momentâneo a que vivem, posto que, sendo operários da música que é composta , criada e gestada por outros...Suas presenças pseudo-famosas são absolutamente descartaveis e nem há ainda registro fonográfico marcando suas presenças em tais bandas de baile do cenário artístico carioca/zona sul.

Em contra partida, bem aqui, calmo e talentoso o camarada João Mathias, ex Desaguada, ex 5 Kilates, ex Maria Preta e ex dorminhoco de plantão...Acorda da sonolência que devia ser mesmo um estado catártico de hojeriza a tantas bobices que em seus vários anos de lida com a diversidade musical local, da Metrópole e ainda de São Paulo (na verdade viajou grande parte do Brasil), lidou...E ainda com a sua fomentação de espaço para ensaio em seu estúdio, pela iniciativa do Ensaio de Rua e agora mais recentemente do Espaço No Gueto.

João Mathias, não fala mal de ninguém...Apenas ri quando a gente cutuca e repercute os comentários que nos chegam dos “neo famosos, ex moradores e amigos, artistas de plástico, operários de carteira assinada da panela da musica da Zona Sul” ... João Mathias, segue conselhos musicas de Martinho da Vila, pois, “é devagar... é devagar...é devagar...é devagar... devagarinho”, que anda, rí, fala e vive...Mas na última oportunidade que tive de conversar com Lauro Farias ( O Rappa), foi ao lado de João Mathias, que trama com ele trabalhos de produção.

Na última edição do Sarau Poesia Na Câmara (parte do Projeto Sarais e dirigido e coordenado por Sylvio Neto), em 17 de junho, João Mathias, mobilizou uma produção de dar inveja, para dar curso a gravação em dvd de seu mais recente trabalho, Seu Mathias e Panela Zen . Sensacional o que João Mostrou e sensacional o que João propõem como musica....Não há nada igual sendo feito por estes ares e penso ser a reunião de toda experiência devotada ao longo dos anos á música (também é claro que por ser zen é resultado de muitos sonhos oriundo de seu eterno sono).

Eu que acompanho a cena de musica de Belford roxo bem de perto, não vi nada mais interessante nos últimos 3 anos. Dida Nascimento, a meu lado assistindo ao show, mostrou-se impressionado e revelou-me estar muito satisfeito com o sm de Seu Mathias.

A satisfação deste novo processo, deste novo encantamento é prova de que aqui: “Tem coisas”, sim, coisas a serem feitas, repercutidas, espargidas, explanadas...Aqui existem pessoas ainda, famílias bacanas ainda, seres humanos criativos ainda...Aqui existe arte ainda...Que dão mostra do que somos capazes.

Destaco, ainda, a ação potente de uma galerinha que não chega a ter 20 anos cada um. Iniciaram a dois anos atrás um movimento de música em praça pública que acabou sendo além de um alento para a juventude local, que vive sem opção de diversão, arte e cultura, virou também caso de polícia e de violência, não por eles, mas devido a falta de aparelhos culturais, que venham a permitir a expressão artística, a presença de jovens passou a ser maciça - inclusive com jovens vindo de outras Cidades vizinhas - grande e descontrolada, pois o movimento, reunia uma centena de jovens que sem controle bebiam e faziam muito barulho – para os sensíveis ouvidos de parte da população local – e dahí...Bem....

Mas, após este fato, resistiram e deram continuidade a esta vibe no espaço contíguo ao estúdio do João Mathias, ou melhor Seu Mathias, chamado Espaço No Gueto...Eu trato aqui dos talentoso “Caramujos” , que fazem um rock bem honesto, um trabalho autoral com arranjos e letras próprias e que se travestem de Panela Zen para acompanhar Seu Mathias...

A união não poderia ser mais estilosa do que realmente se mostra e por vários motivos que vão da cena criada e mantida até possibilidade de troca no encontro do jurássico João Mathias, com toda a sua experiência de palco e produção com o vigor daqueles que nem devem pensar em dormir...Diante de tanta febre de fazer som.

domingo, 19 de julho de 2009

VIOLÊNCIA NO CURTA METRAGEM


MANUAL PARA ATROPELAR CACHORRO

Ouvindo musica e ainda com a tv ligada, eu, em frente ao lap top.... tentava compreender o que leva um homem a fazer o mal. Instigado pela ladainha dos apresentadores de telejornais, que nos atormentam, com uma quantidade tão letal de matérias sobre violência que chega a dar medo de sair à rua...
Eu não tentava entender o que leva um homem ao crime.
Eu tentava compreender, por que um homem que se tornou bandido, marginal, fora da lei ao usar de seus artifícios para dominação do capital, encontra ainda, motivos, para atirar friamente e a queima roupa em sua vítima, ou ainda, aqueles, que se prestam a buscar a satisfação sexual, através da violência, mesmo com a facilidade dos R$ 20, 00, com direito a uma latinha de cerveja das várias “casas das primas” que se pode encontrar Brasil afora.

Ando vendo muitos curtas, tanto porque acho que ali eu posso encontrar diversão agregada a cultura quanto pelo fato de que dirijo um cine clube “Cine Clube do Velho Brejo’ que funciona dentro do Projeto sarau poesia Na Câmara e do Sarau Poesia Na Varanda... E encontrar uma personalidade dentro do universo enorme e maravilhoso do curta metragem só será possível com a mente e a criatividade ambientada.

O melhor, mais fácil e barato lugar para tal empreendimento é o portal http://www.portacurtas.com.br/ que é um lugar aprazível dentro do universo da internet.

Fiquei bastante impressionado com o curta “Manual Para Atropelar Cachorro”, que é uma ficção de conteúdo adulto de Rafael primo e tem 18 min de duração. O curta tem em seu elenco a Zezé Polessa, Ary França, Bárbara paz, Rafael primo, Cinthia Falabella, Rubens Evald Filho e outros...Este curta recebeu o prêmio de Melhor Ficção do Grande Prêmio 2007.

O filme tem tudo a ver com o dia a dia que se pode ver nos noticiários de tv e nos jornais...E talvez seja, uma resposta fria e verdadeira, as minhas indagações...A violência vem da desagregação social que rola a partir das diferenças sociais...da separação do morro com o asfalto...da distância de alguns aos carinhos e delicias que podem propiciar uma família...da diáspora da escola que vive muitos jovens...Do exílio dentro de seus próprios corpos enfrentados por muitos brasileiros e seres humanos do mundo...e da violência que é o viver dia a dia..

É claro que rola também a violência institucional que vem da segurança publica, do legislativo e do judiciário...Têm a violência privada que vem dos seguranças e muitas outras e demandaria um maior conhecimento de causa para a classificação.

A violência pela violência é muito ocre, injusta e triste e esta a disposição de quem quiser pensar nos jornais e no porta curtas. ... tem gente que nasce com uma muzenga nas costas que é puro mal.

Assista através do link abaixo:
Manual para atropelar cachorro

http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=4935&Exib=1

sábado, 18 de julho de 2009

OBAMA E BUSH: FARINHAS DO MESMO SACO


As esperanças de um mundo melhor e mais harmônico e de uma era pós Bush, com a eleição de Obama para a Casa branca, aos poucos vão se dissipando...Ao que parece os Estados Unidos vão largar um pouco o pé do chamado eixo do mal oriental e investir em um Bick stck remodelado...Os olhos e atenções do império decadente é mesmo a América Latina.


Reproduzo abaixo, texto de Fidel Castro, dando conta das ações norte americanas no recente episódio do golpe militar em Honduras. O engraçado, é que no texto anterior, eu falo dos rompimentos históricos, falo dos rompimentos com situações de opressão, de jugo e de uma caminhada a passos largos para a condução de uma sociedade mundial em melhore maior harmonia (se é que isto não é uma utopia)...Na contradição criada, louvo o pé atrás, que é a volta para trás, para refazer bem o que ficou por fazer ou o fazer de novo do que ficou como bom modelo. E o governo americano, volta para trás, para financiar golpes militares de forma a macular o Estado, a sociedade, a cultura e a politica da nossa América latina.


Segue texto de Fidel Castro


17 DE JULHO DE 2009 - 10h49


Fidel: O que deve ser demandado dos Estados Unidos
A reunião na Costa Rica não conduziu, nem poderia conduzir à paz. O povo de Honduras não está em guerra, apenas os golpistas usam as armas contra ele. Deveria ser cobrado a eles que cessem sua guerra contra o povo. Tal reunião, entre Zelaya e os golpistas, só serviria para desmoralizar o presidente constitucional e desgastar as energias do povo hondurenho.

Por Fidel Castro, no Granma



A opinião pública mundial conhece o ocorrido nesse país através das imagens difundidas pela televisão internacional, principalmente a Telesur, que, sem perder um segundo, transmitiu fielmente cada um dos eventos ocorridos em Honduras, os discursos pronunciados e os acordos unânimes dos organismos internacionais contra o golpe.O mundo pôde ver os golpes descarregados contra os homens e as mulheres, as milhares de bombas de gás lacrimogêneo disparadas contra a multidão, os grosseiros gestos com as armas de guerra e os disparos para intimidar, ferir ou assassinar os cidadãos.


É absolutamente falsa a idéia de que o embaixador dos Estados Unidos, em Tegucigalpa, Hugo Llorens, ignorara ou desencorajara o golpe. Ele sabia, como os conselheiros militares norte-americanos, que não cessaram um minuto de treinar as tropas hondurenhas.Hoje se sabe que a idéia de promover a negociação de paz na Costa Rica surgiu nos escritórios do Departamento de Estado, para ajudar a consolidar o golpe militar.


O golpe foi concebido e organizado por inescrupulosos personagens da extrema-direita, que eram funcionários de confiança de George W. Bush e tinham sido promovidos por ele.Todos, sem exceção, têm um longo arquivo de atividades contra Cuba. Hugo Llorens, embaixador em Honduras desde meados de 2008, é cubano-americano.


Faz parte do grupo de agressivos embaixadores dos Estados Unidos na América Central, composto por Robert Blau, embaixador em El Salvador, Stephen McFarland, na Guatemala, e Robert Callahan, na Nicarágua - todos nomeados por Bush, nos meses de Julho e Agosto de 2008.Os quatro seguem a linha de Otto Reich e John Negroponte, que, junto a Oliver North, foram os responsáveis pela guerra suja contra a Nicarágua e os esquadrões da morte na América Central, que custaram, aos povos da região, dezenas de milhares de vidas.


Negroponte foi representante de Bush nas Nações Unidas, tsar da inteligência norte-americana, e, finalmente, subsecretário de Estado. Tanto ele, como Otto Reich, por diversas vias, estiveram por trás do golpe em Honduras.A base de Soto Cano nesse país, sede da “Força Tarefa Conjunta Bravo”, pertencente às forças armadas dos Estados Unidos, é o ponto principal de apoio do golpe em Honduras.


Os Estados Unidos têm um tenebroso plano de criar mais cinco bases militares ao redor da Venezuela, com o pretexto de substituir a base de Manta, no Equador. A disparatada aventura golpista em Honduras criou uma situação, realmente, muito complicada na América Central, que não se resolve com enganos e mentiras.Cada dia se conhece novos detalhes da implicação dos Estados Unidos nessa ação, que terá graves repercussões em toda a América Latina.


A idéia de uma iniciativa de paz a partir da Costa Rica foi transmitida ao presidente deste país a partir do Departamento de Estado, quando Obama estava em Moscou e declarava, em uma universidade russa, que o único presidente de Honduras era Manuel Zelaya.Os golpistas estavam em apuros. A iniciativa transmitida à Costa Rica buscava salvá-los.


É óbvio que cada dia de atraso tem um custo para o presidente constitucional e tende a diluir o extraordinário apoio internacional que ele tem recebido. A manobra ianque não aumenta as chances de paz, muito pelo contrário, as diminui e o perigo da violência cresce, já que os povos de nossa América não se resignarão jamais ao destino que eles lhes têm programado.Com a reunião da Costa Rica se questiona a autoridade da ONU, da OEA e demais instituições que comprometeram seu apoio ao povo de Honduras.


Quando Micheletti, presidente de fato, declarou ontem que está disposto a renunciar a seu cargo se Zelaya renunciar, já sabia que o Departamento de Estado e os militares tinham acordado substituí-lo e enviá-lo de volta ao Congresso, como parte da manobra.A única coisa correta neste momento é demandar do governo dos EUA que cesse sua intervenção, deixe de prestar apoio militar aos golpistas e retire de Honduras sua Força Tarefa.


O que se pretende exigir do povo de Honduras, em nome da paz, é a negação de todos os princípios pelos quais lutaram todas as nações deste hemisfério. “O respeito aos direitos dos outros é a paz”.


Fidel Castro Ruz.16 de Julho de 2009

Fonte: Granma

sexta-feira, 17 de julho de 2009


Quando a burguesia enfim assume o poder na França, em violenta e abrupta, revolução dos homens, das idéias, ideais e pensamento, rompe a sociedade seus laços com o passado representado pela nobreza e pelo clero, que mesmo antes do regime feudal já mostrava suas garras de poder. Em 1789, cria-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, lançada pela Assembléia Nacional Francesa e que é uma discussão antiga e que não foi pensada apenas pela elite intelectual e revolucionária francesa, posto que, já em 1689, o Parlamento inglês atacava com a Bill of Rights – Declaração de Direitos e em 1776 o povo da Virgínia, reunido em convenção submeteu-se a Declaração de Direitos de Virgínia.

Mas, já em 539 a C, já se registrava, na atual região onde encontramos o polêmico Irã, o talvez, primeiro registro conhecido de uma carta de direitos, conhecida como Cilindro de Ciro, escrita pelo grandioso Ciro, então senhor maior da realeza da Pérsia.

Todas as Cartas e/ou Declarações tem origem e base nas teorias da Lei Natural, ou seja, bases filosófico-religiosas.

Os rompimentos causados pela força das Declarações acima citadas, são portentosos...São rompimentos com uma ética e moral vigentes e históricas...São rompimentos temporais e atemporais...E principalmente em 1789, rompe-se um contrato de soberania extremamente poderoso que vai dar na luz do tempo as marcas de nossa ética e moral vigentes.

Ao longo da história o homem vem rompendo com o passado.

Com os neoliberais, artífices do universo contemporâneo no qual estamos enterrados até o pescoço, vemos surgir a tentativa de rompimento com o compromisso, assimilado, nos quase trezentos anos da Declaração de 1789 e nos sessenta da Declaração de 1948 da ONU.

Diante de tantos rompimentos e tentativas de rompimento, vendo o dar de costas para a seriedade de conduzir o mundo a uma universalização do bem estar político, econômico e social, fico satisfeito em estar a conviver com pares que se empenham em resgatar o que ficou para traz, vítima da condução, errônea, mal pensada e articulada por todos nós, fazedores de arte e cultura de Belford Roxo (assusta-me a prepotência com que tenho me referido a uma panela de amigos e a uma fração de ações na grande Belford Roxo, nossa, posto que minhas ações e olhares concentram-se no Centro, Areia Branca e Piam – que chegam apenas, a atingir, obviamente, o centríolo da flor enorme que é esta Cidade).

O bom e velho Tataio (João Firmo), não sem sacrifícios de seu tempo, faturamento e boa vontade ao longo deste ano descerrou as cortinas de vários eventos em seu restaurante Leão de Judáh – destaque para o show de Da Gama – ex Cidade Negra – Violas e Canções, no dia internacional da mulher, que foi um show case, do show que lança seu mais recente álbum. Suas investidas junto ao Maracatu Raízes Africanas (que inclusive agora é Ponto de Cultura) e outras iniciativas são dignas de loas e remontam um passado de arte e cultura que promete ressurgir...

...Com a também forte e portentosa iniciativa de Dida Nascimento e Família (sobrinhos e amigos), que retomam as atividades do Centro Cultural Donana, que já conta com aulas de capoeira e com as iniciativas do Cine Rock.
A importância desses passos ao passado com olhares para o futuro, são um verdadeiro abraço a arte e a cultura belforroxense que retoma algum fôlego, com a experiência que pecou anos atrás e a possibilidade que é o céu.

Mesmo diante da imobilidade do Secretário Municipal de Cultura, senhor Rômulo Costa - que até a duas semanas atrás período em que eu ainda me empenhava junto a meus pares nas reuniões de fomentavam a criação dos pré fóruns para a Conferência Municipal de Cultura, não havia conseguido agenda para nos receber – nem a comissão eleita pelos articuladores dos pré fóruns, representantes legítimos, da sociedade civil organizada e nem aos artistas, agitadores e produtores culturais locais – o fazer cultural encontra lugar.

O Sarau Poesia Na Câmara, conduzido por mim, a duras penas, no espaço físico da Câmara Municipal, vem acontecendo mês após mês sem ao menos uma visitinha de cortesia do Sr. Secretário (já contou com a presença da sub secretária de cultura do Governo anterior, já contou com a presença do ex secretário de cultura de Nova Iguaçu, com a presença do sub secretário atual de Nova Iguaçu, mas nada do Rômulo, nada de parlamentares da legislatura atual, à exceção do excelentíssimo Sr. Vereador Marcelo Moraes e do atual Secretário de Meio Ambiente, Sr. Jacoginho, ambos do PT.

Mas, ainda assim vamos seguindo em nosso fazer solitário, solidário e cidadão...Mas que artistas somos artífices, barro, pedra, diamante moldados pela mão da arte e do tempo..que insistimos em rever de quando em vez...Retornando, retomando o que faltou, aprimorando o que não ficou perfeito, aparando arestas, lixando faces e trazendo brilho.

Um brilho que se mostra nos olhos...Mas que vem do coração.

Neste sábado, de amanhã, dia 18, a partir das 17 hs, o Centro Cultural Donana, mais uma vez abre suas portas para o publico, com mais uma edição do evento que vem mudando a cara da antiga cena do bairro, que era – nada para fazer - Cine Rock, com poesia, exposição, musica e cine clube.

Uma boa oportunidade de ter os olhos a brilhar e um furor intenso no coração...Na verdade a terra não treme...É o coração que acelera.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

COVARDIA E VINGANÇA 2 = INJUSTIÇA


O tempo que decorre da morte de um policial militar (não sei se o mesmo acontece com o policial civil), quer seja em combate ou não, até que sua esposa ou dependentes passem a receber a pensão - e me parece que se a morte acontece em circunstãncias que precisem ser investigadas e ainda quando o corpo não aparece - é absurdamente grande...Uma vergonha diante da luta e sacrifício desses profissionais da segurança publica.

Fico a pensar, em qual será o tempo, para que a esposa do policial recentemente assassinado durante uma tentativa de assalto na Cidade do Rio de Janeiro, possa vir a receber seus benefícios indenizatórios e pensão.

Com relação a este fato, o senhor Governador e nossos Deputados Estaduais, não se tocam...Não falam...Não agem.

Mas, impor as várias comunidades (tô falando das FA-VE-LAS) da Cidade do Rio de Janeiro, um toque de recolher disfarçado em medo, posto que há uma vingança em curso, eles sabem.

Sabem ainda colocar um aparato policial enorme - com custos severos - para que a gana de vingar a morte de um bravo guerreiro seja sanada.

Pergunto: - a quem atende tais espectativas...No tamanho todo da população do Estado do Rio de Janeiro, ou mesmo somente na Capital, a quem atende tais ações?

O volume dos gastos com deslocamento de tropas, munição, viaturas, aeronaves, pilotos e sei lá o que mais, atendem de forma honesta, de forma inteligente, de forma segura, de forma política, de forma justa, a nossa população?

Não estarão em andamento e em curso outros delitos, crimes e atos contrários ao bem viver para que tais forças sejam apenas deslocadas para estas missões de incursão e busca dos criminosos que fizeram a lenha contra o cabo do BOPE?Em ação escrachadamente particular?Quer dizer que eu pago a Segurança publica com meu imposto, para que esta, possa agir, em ação particular?

A troca de comando nos batalhões da policia militar e ainda no comando da policia militar não farão jus, a necessidade de melhoria na segurança publica carioca, todos sabemos que estas são ações políticas e de caráter apenas perfunctório. Muitos coronéis já se sentaram na cadeira de comando e sequer esquentaram o couro dando lugar a outro e a outro...

...Coragem eles tem...Mas o buraco é mais embaixo...Se nos chega a notícia (inclusive mostrada em filme de repercussão internacional) dos desmandos dentro dos batalhões, dos loteamentos de regiões e postos de trabalho, dos arregos...Todo mundo sabe, todo mundo vê...A coragem precisará ser bem mais hercúlea e portentosa, que a coragem de pequeno gigante que os cerca.

A melhoria da segurança publica deve começar pela limpeza dentro dos quartéis e delegacias. Os batalhões começariam pelos comandantes e Estado-Maior, as delegacias começariam pelos delegados e assim por diante...Não adianta punir soldado que dá tapa na cara de moleque dentro de casa se este sabe que seu comando é leviano, não adianta assassinar jovens bandidos (que quem sabe presos poderiam ser recuperados?quem sabe?depois de morto é que não saberemos...), não adianta ter a imprensa editando imagens e falas e a M... continuar rolando.

De uma coisa eu sei...Eu não vendo armas para os bandidos...eu não transporto e nem vendo cocaína para as favelas...eu não prendo (até porque não tenho este poder e fé publica) e solto mediante "calorosas' quantias de propina...E quando eu sinto pela morte de um policial (quer seja civil ou militar - e não falo de policial rodoviário federal e nem de agente federal, porque estes, não morrem em número sequer parecido com o dos policiais militares(ainda bem), posto que não entram quase nunca em combate...mas talvez se o fizessem, nas frágeis e extensas fronteiras brasileiras, entrasse, uma menor quantidade de cocaína, crack e maconha)... eu não sinto de forma demagógica, posto que naum sou parlamentar que vive seus grandes momentos de fama política, dizendo-se defensor da classe, tampouco sou colega que vive do arrego das favelas ou ainda da venda de armas apreendidas a bandidos ou mazelas parecidas...

Eu sinto, porque alí, se encerra a vida de um ser humano que tem como bastião a luta pela possibilidade de uma vida em segurança...E, se, e quando, esta máxima, é uma verdade...Não sendo...Será menos um bandido no mundo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

COVARDIA E VINGANÇA


A proibição feita pelo comando da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro de que as comunidades (fa-ve-las) possam ter bailes funks é pura covardia...Uma ação de força contra quem abusa, quem ousa, quem rouba quem comete crimes e mais ainda contra quem só tem aquela opção de diversão...Não é função da Policia Militar legislar.

A ação da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro que desde a morte covarde do cabo do BOPE´não é operacional...É vingança.

Não vejo inteligencia na vngança...Assim quem perde somos todos nós...E principalmente as familias de bem que residem nas favelas.

Penso que os policiais merecem mais respeito
Pesnso que nós cidadãos merecemos mais respeito
Penso que os marginais devem ser presos ou mortos sem prejuízo da comunidade que os cerca

quinta-feira, 9 de julho de 2009

POESIA NA CÂMARA - POESIA quase SEMPRE


Jamais fui um ser comum para este mundo que vivo Planeta Terra, Brasil, Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Belford Roxo.

E diante dos risos e das expressões de não é para menos, posto que, soul de Belford Roxo e então...Eu vos digo que não soul mesmo é daqui...Moro aqui...Mas soul mesmo é de Marte ou sei lá de qual planeta.

Como dizia meu brodi Cacau (bom baiano) eu não soul deste planeta.

Fazer um evento como o que venho fazendo na Câmara Municipal de Belford Roxo o Sarau Poesia Na Câmara ou ainda o Sarau Poesia Na Varanda - que jah naum rola há mais de quatro meses - não é algo de outro mundo...Mas parece ser feito somente por seres de lá (do outro mundo) que são raros.

Preparar a grade de convidados, articular os convites, conversar, explicar a vibe do projeto, confirmar os nomes na grade de convidados, enviar a grade para a confecção da arte, reunir recursos e patrocínio para mandar rodar as filipetas e cartazes, tentar divulgar junto a imprensa eletrônica e escrita, varar duas noites enviando os web flys pelo Orkut, articular com a direção da Câmara horários, cuidados na execução do evento e ações afins demandam um tempo e dedicação enormes mas nem por isso tornam a ação difícil e ou impossível.

O que é fato é que sem um organograma de trabalho, sem poder de comunicação (tais quais telefone e internet), sem uma logística que possa ser aplicada a facilitar, encurtar tempo e produzir um feedback com os artistas faz com que a coisa comece a ficar inviável.

Desde fins de junho até a data de então a minha capacidade de multiplicar ações, de me teletransportar, de fazer de minha copa escritório, de fazer de meu lap top um staff de trabalho ficaram prejudicados por uma série de eventos que descambaram na impossibilidade de realizar o evento em julho – dia 10 de julho - que foi arrastada até hoje, quando sem sahída e sem nenhuma nave espacial ou alienígenas para somar e pegar junto...Eu resolvi entregar os pontos...Me conectando de uma estação de comunicação de aluguel.

É isso, o Sarau Poesia Na Câmara, edição julho não rola...Agosto é outro mês...Outra vibe...Outra luta.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Civilizações Não São Contagiosas...Enclaves São

Na edição no. 2104, de 18 de março de 2009, da revista Veja o colunista Cláudio de Moura Castro envereda a partir do título “ Civilizações Não São Contagiosas” em um texto que trata de forma particularizada das Grandes Navegações que foram o cume de um grande avanço tecnológico alcançado pela Europa do século XV/XVI e deram cabo ao processo de Colonização das Américas, África, Ásia e Oceania...Trata ali dos formatos buscados, impostos e encontrados para a colonização de vários países dentro dos diversos continentes aqui já citados.

Muitas das colônias tornaram-se verdadeiros “Enclaves” dentro dos Continentes e hoje são países com um nível bastante razoável de desenvolvimento, outros, tornaram-se países com um nível, fodástico, de desenvolvimento: Estados Unidos, Canadá e Austrália...O autor do texto afirma que estas circunstancias ocorreram quando o nível demográfico dos colonizadores atingiu uma proporção maior que o dos colonizados e ainda quando tal fato ocorre com a colonização exercida por países que não foram a Espanha e Portugal: Holanda, Inglaterra e França.

Impõem, ao final do texto, que civilizações não são contagiosas, ou seja, quando uma minoria tenta impor a uma maioria um modus vivendus e operandis isso não funciona, mesmo com o poder das armas...Ele não está errado, pois, a história confirma isso, tanto quanto, confirma fatos recentes ocorridos com o Iraque, Afeganistão e outras Nações invadidas pelos E.U.A na sede de recuperar gastos econômicos feitos com investimentos vazios em diversas áreas principalmente imobiliárias e petrolíferas.

Aqui, neste nosso Brasil, parece ser tudo diferente, e ele, ressalta em seu texto a capacidade incrível de “plasmar”, uma nova Nação e povo, através da transposição do mar oceanus, em fuga da saga e avanço pela Europa afora, de Napoleão, pela corte inteira de D João, pela violenta e doentia união da vontade de faturar com o desprezo dos católicos pelo negro africano e ainda pelo encontro das duas levas estrangeiras com o povo autóctone desta Terra Brasilis chamado até hoje de índio.

Peguei o mote de sua visualização muito bacana e plasmada - esta palavra tão usada por Wally Salomão, é usada também por ele, e eu também a chupei aqui para este texto (que agora fica corrido, pois que as malas prontas já estão sendo colocadas no carro para enfrentar a estrada junto a chuva fina que cai) – que no espaço mínimo de uma página, pretendo forjar um link entre aquele...
Com uma nova idéia...
Minha...

Este país tão diferente em tudo (Viva Casa Grande e Senzala e Raízes do Brasil) tem na arquitetura social da Casa Grande, com seus “desossadores de palavras”, seu capital paterno e a miscigenação conseqüente e ainda seus “tipos típicos”, semeadores e ladrilhadores, homens cordiais..A capacidade de saber bem criar, contradições absurdas, abençoadas, tristes, exageradas e realizar mais que um carnaval de fantasias e oba obas.

Aqui, a minoria com o poder das armas e da comunicação, impõem o que quiser...
As milícias não são algo novo...Todos sabemos de sua histórica existência neste formato em Vendas das Pedras , Jacarepaguá, há mais de vinte anos funciona lá tal sistema...E tal qual fogo se alastrou por toda a Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro e hoje é encontrada na Baixada Fluminense e na Zona Norte...

Na verdade o autor do texto que me inspirou falava de Civilizações e eu trato de ações que encravadas dentro de bairros e/ou distritos inteiros formam verdadeiros “Enclaves” sociais vertendo força para uma “ética e moral’ absolutamente dispares da que é em seu entorno vivida. Posto que dona é de uma ética e moral social divergente da que a rodeia parece-me que posso micropensar estas regiões como Civilizações a parte do mundo “normal’ e administrado pelo Estado...Senhor de todas as coisas – ou melhor - de quase todas as coisas...Não fossem o tráfico, a segurança pública, o legislativo e as milícias, seria ainda o velho dissipador e controlador das ações inconciliáveis entre os cidadãos que o habitam.

Estas micro civilizações, ou em melhor termo, estes enclaves, são sim contagiosos...pois produzem seres humanos contagiados com o vírus da violência e da falta de obediência as leis...Possuem um vírus daqueles que mutantes sobrevivem aos vários remédios que o Estado produz.

O contágio do desrespeito e de ações insanas também vem da Nação chamada Congresso Nacional, lugar de onde os Senadores e Deputados Federais contagiam, toda a verdadeira Nação Brasileira bem diante de holofotes, câmeras de tevê, microfones de rádios e fotografias que seguem em jornais e revistas.

No Nordeste das milícias da Guarda Nacional e do Cangaço em todas as suas modalidades o vírus também se espalhou e muito bem mostra tal ação o filme de Glauber Rocha, Deus e o Diabo Na Terra do Sol, posto que o filme soube ser abrangente e entre várias viroses mostrou também a do messianismo de Conselheiro, Cícero e sei lá mais quem representados ali pelo personagem Sebastião, O Santo.

Outro grande contágio é o da tevê. Ninguém ousa fazer nada novo e vai adaptando ou simplesmente copiando o que já é audiência em outro canal...E nós que somos seres comuns vivemos de ter que ouvir comentários idiotas como sendo a contextualização da matéria exposta como se fossemos imbecis incapazes de absorver o teor que nos foi mostrado...Fico pensando se a nova norma a vigorar no País, vai trazer alento ou vai piorar a situação: o diploma de comunicação não é mais necessário para que se faça jornalismo...Se as emissoras e jornais não fizerem reserva de mercado eu vou estudar para melhorar meu português e virar aquilo que sempre critico; jornalista

Uai será que peguei um vírus e fui contaminado?

Furando Os Olhos da Verdade de Costas Para a Justiça


Será que pela tal governabilidade e possibilidade de mais tempo no poder o PT tem mesmo o direito de juntar-se a outros partidos de sua base e abafar o fogo do senado...Furando os olhos da verdade?


Será que enviando para o ócio José Sarney, estará o Senado, fazendo justiça as vergonhosas, caricatas, sem vergonha e escrotas injustiças históricas que aquela casa comete?


E o cara do Castelo...Vai mesmo sahir na boa?


Qual é a verdade das coisas que andam a contecer no Congresso Nacional deste nosso Brasil?