quinta-feira, 20 de junho de 2013

ARRUINADO




ARRUINADO


Arruinado, sua vida escorria junto a sangueira que se esvaía do corpo, caído, à seu lado...

 Engraçado, não foi tão difícil executar esta ação,  quanto está sendo ir embora e deixar, aqui, só, o corpo de meu amor...

Seu pranto, não refletia, em nem um mínimo o que se sucedia em seu peito e, seu peito ainda não sabia chorar, o que ali acontecera...E será, que ainda conseguiria algum dia reconhecer-se, coração, seu coração chumbado ao peito?...

Arrastou-se para longe daquela cena, carregando-a na memória, unha e carne, corpo e sombra foram-se embora...

Estava tão linda, seus cabelos tão cheirosos ainda perfumam minhas mãos sujas: que descanse em paz, enquanto eu rumino meus dias...

Nada é fácil, nada é difícil e nem tudo é impossível...O possível se traduz além e atrás da vontade, por vezes...por vezes apenas...