terça-feira, 31 de maio de 2011

De Volta Ao Começo: Domingo No Donana



Mulheres maduras, rugas, cabelos brancos, crianças...
O Reggae de Belford Roxo está casado e tem filhos...
Envelheceram os homens, artistas, que se apresentam em risos desmedidos e sem vergonha ou dó de suas rugas e cabelos brancos...
A comum dread lock...Agora é passado para muitos...As existentes, agora são dos garotos antenados e dos filhos da moda...
Os velhos músicos, precursores do movimento, ainda envergam bem as pernas e braços em movimentos contorcidamente harmônicos...
O reggae não morreu...
O Movimento esteve sim, enterrado e esquecido por aqui...
Continuou vibrante mundo a fora...Mas a sua importância como instituição imaterial que deu zelo, força, identidade e auto estima a uma comunidade inteira, que pôde gritar alto e cantar, dando fim ao estigma que assolava esta Terra dos Jacutingas nativos e dos Jacutingas negros, trazidos de África como escravos, os resistentes Hidras de Iguaçu...Não esmoreceu jamais...A importância da música reggae estava dentro de cada coração, escondida sob pedras e paredes...Resistente e viril, tanto quanto o foram os Hidras de Iguaçu.

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Dia 29 de maio de 2011, domingo à tarde, foi dia de reggae na Pian...
Dia que marca o verdadeiro recomeço do Centro Cultural Donana...
Dia que marcou a ferro em cada um de nós, a importância e a referencia que é ali, o CCD, para que não seja, jamais, novamente esquecido, que aquele Centro de Referência Cultural é único e jamais poderia ter encerrado atividades...Que a dor da distância dos encontros embalados a música, poesia, dança, capoeira, risos e abraços, seja, a marca da resistência e que seja também um alerta...Para que não se olhe jamais novamente, somente e somente, para os umbigos do interesse pessoal.

O umbigo do Centro Cultural Donana...Precisa ser coletivo, independente das muzengas que maus artistas e ou preponentes destes venham trazendo...

O encontro foi contagiante...Algo como um chamado de fumaça ou de tambores...A que obedecemos todos...Independentemente de particularidades (umbilicais) e ou rusgas passadas...

A Praça é do povo e o Céu é do condor e o Centro Cultural Donana é a praça...Portanto do Povo É...

Todos os artistas...
Ou quase todos...
Todos famosos ou nem tanto assim...Mas todos inteiros, convictos, alegres
Com suas esposas, seus filhos, seus cabelos brancos, suas rugas e rusgas...
Todos...
Ou quase todos...
Artistas de suas artes...
Estivemos no Donana...

Abraçando, rindo, beijando, lembrando, filmando, fotografando e dançando ao som das pick ups comandadas por MPC e seu Digital Dubs Sound System.


A galera do Cabeça de Nêgo, esteve no evento com a formação quase completa...Gui (batera), Rico (guitarra), Reinaldo (guitarra) e Emerson Matheus (baixo)...Foram faltas notadas Biguli (vocais e percussão) e o Marruda (vocal).



Uma Figura Muito ilustre na história do recomeço e reinvenção da Banda Cabeça de Nêgo é a Renata Cobre, que segue cheia de coragem levando nas costas a pesada missão da produção executiva da galera...Colocamos o papo em dia e fiquei bastante agradeciso pela consideração da galera em me convidar para escrever o release...Tô nesta labuta...Tah saindo...

Dia 15 de junho, no Centro Cultural Carioca, rola show da galera: Vamos chegar por lá...

domingo, 29 de maio de 2011

Olhando...





OLHANDO PARA TRÁS, OLHANDO PARA FRENTE, CEGO E PERDIDO ANDANDO A ERMO!

Sexta Feira, próxima, chego (cheguei!) ao ante pé dos cinqüenta anos. Estarei completando quarenta e oito anos e, pareço mais um urso em hibernação que o lobo da estepe que deveria ser.

Barbudo e cabeludo - se é que uma calvície incrustada de cabelos brancos a volta do topo do crânio é uma cabeleira – e com péssima aparência, vivo de ruminar o passado, enquanto que o presente é só um poema mal acabado...

A olhar, o futuro sem maiores esperanças e/ou projetos, vou seguindo um dia a dia sem desejos e virtudes, sem avanços e em demora, tal qual um urso hibernado sem pressa de que venha o verão.

Desde os trinta e cinco é que um ocaso ocupa a vida de meu coração e o tempo de meus pensamentos. Tal mercúrio, escorre da mão, a força vital da vida e, o dia engole as noites tal qual as noites regurgitam os dias em embaraçada indigestão que me apavora os ânimos e a vontade de acordar.

Vivo de paixões antigas, pontiagudas farpas que me atravessam o peito tal estacas a amortecer a sede de um vampiro...Sombras, sombras e mais sombras de um passado vigoroso em vida e risos, em prazer e satisfação, em alegria e contentamento.

Onde foi que deixei escapar a razão de viver?
Onde foi que perdi o passo?

Em algum momento eu deixei de olhar a volta, fiquei cego, deixei de ver as verdades ou as possíveis verdades de meu entorno e, volvi os olhos para dentro de meu ser, deixei de ver a luz da verdade relativa, para tentar ver a verdade absoluta de meu eu, e, me aprofundei cada dia mais na imensa caverna escura de meu ego. E, sem pestanejar nunca, sem tremer jamais, caminhei dia a dia por entre as curvilíneas entranhas de meu ser interno e subjetivo.

Difícil avaliar, quanto da vida poderei eu, ter perdido. No caminhar insano de meu caminhar buscador.

No agora, as mínimas coisas me parecem inalcançáveis...Tão distantes que mo parecem estar de minhas capacidades todas, reunidas. Meu corpo não reage mais às vontades que por vezes meu querer despeja sobre ele, a musculatura já não responde a vontade de caminhar e ver a paisagem à volta e o domínio que muitos ainda tem sobre si e o mundo a sua volta, a natureza linkada ao caminhar da urbe, as flores cercadas de muretas de alvenaria, a grama que enfeita a borda da ciclovia, as bicicletas em movimentos tais quais danças várias, tal qual o acrobata em uma linha de rua suspensa a três centímetros do chão, quem sabe se ousasse uma corridinha leve, para ver passar a velocidade de duas ou três passadas em uma, um amigo antigo, um velho conhecido, uma criança a rir ou a fazer malcriações a seus pais, quem sabe, saberia ser mais feliz, saberia estar melhor e mais arejado?

Pareço mesmo é uma velha tela de cinema, sim, uma daquelas que exibia a parede do Cine Riviera em Belford Roxo, quando era eu infante feliz e dono do mundo.Pareço mesmo, aquela velha tela que me trás à memória tantos velhos filmes que minha meninice adorou e riu e comentou nas muitas segundas feiras de aula e novidades do final de semana. Uma velha tela onde o filme da memória surge a cada instante a desiludir uma esperança de dias renovados e apaixonados.

Quando menino, também me acometia por dias uma melancolia e tristeza enorme e, nesses momentos me recolhia a velha mangueira do quintal, grande, enorme e frondosa árvore de lindas, grandes, enormes e deliciosas mangas coração de boi, lá de cima via o mundo à volta de minha casa, via todos os quintais, via o sol e as nuvens bem mais de perto que todos os meus e voava um avoar pousado, um avoar lúdico por toda à volta, enquanto via os meus, bem mais pequeninos que o normal e ainda mais distantes, tanto quanto eu preferia, em minha raiva de dor grandona, feito a árvore e a manga doce. Ali dentro do vento e perto da roda do ar do mundo eu curava minha doidice de menino e volvia ao mundo real, ao meu reino real.

Por agora, não há mais árvores que possa eu subir, o devir as levou e trouxe espaços amplos nos quintais e, ainda se assim não fosse, meus músculos não permitiriam tamanha travessura aos pés, dos pés dos cinqüenta anos. Por agora, posso subir ao alto das minhas lembranças e me escarafunchar no escuro quarto de minhas lembranças, na fria caverna de minha alma tal urso a hibernar, no fechado corpo de minhas entranhas de estranhas ciladas para minha vida, tal eu próprio.

Não está somente na memória meu maior tormento, meu maior tormento, está também na capacidade, na velocidade e na criatividade que me fugiram. Meu maior tormento é mesmo à vontade, as minhas vontades são tantas que é nenhuma. E sem vontade não tenho nenhuma verdade se não uma grande mentira que passa ser minha vida.

Por vezes infinitas, busco a concentração e, tento nela instalado conseguir engendrar de forma didática, uma reação, um salto, um olhar além, mas mecanicamente, me surgem tantos eus dentro da cabeça, a discursar e discutir tão prolixamente, sobre tantos e tantos diversos assuntos, que me foge, a grande velocidade a concentração com todos os planos.
projetados sob o braço.

Não há um projeto que eu persiga com a obsessão natural da dedicação e da vontade de fazer e de ser. Afinal a “sede de nomeada” nos abraça, mesmo quando não admitimos, mesmo quando não queremos, mesmo quando não pedimos em reza ou prece, ela nos surge por que é natural que surja, orgulho, da construção de quaisquer engenho objetivo ou subjetivo que seja, mas a submissão ao desalento e ao desespero da alma é o que me move ou imobiliza, nada sou, tudo e nada quero por conta de que nada faço.

Desespero da alma é meu mal. E complica a dor admitir que lá dentro de mim um outro eu exista e que este outro eu – elegido entre os vários e vários eu – que se lançam contra as paredes de minha calma – me dificultando a escolha de um eu externo de personalidade eterna - seja alma, pois que alma é coisa de cristão, vibração e vida nos dada pela escola da religião este coyote que nos segue sedento desde a mais tenra calma, a do nascimento. Como posso então aludir um desespero da alma, se não vejo no céu um senhor deus que me possa trazer toda a calma?

Enterra-me no bucho mais esta vez o punhal do devir que me surge célere a puxar os pés sem mo deixar descansar e dormir. Pra que tanta pressa se ao menos sei pra onde ir?

Estas minhas mãos leves e carinhosas já se viram a acariciar tantos lindos rostos, esta minha boca de negro a ostentar grossos lábios já souberam beijar de forma tão carinhosa, apaixonadas e sedentas almas gêmeas de meu amor e ousaram lhes dar o melhor de mim, como numa transubstanciação em que se transforma o beijo em profundo e terno amor. Quão leviana pode ser inda a vida que as levou por motivos que nem sei mais saber, por ter sido lavado em dor de amor e por estar seguindo em solidão?

A dedicação de toda a minha vida devotada à educação e a cultura que tantos pares me fez conhecer, que tantos lindos poemas me fez escrever que tantos vigorosos poetas me fez ler, em rodas de música, querer e fazer. Por onde anda tanta gente que nos ombros amparei quando preciso foi? Por que se insurgiram contra tudo o que acreditei e provei saber fazer existir, numa rebelião onde divinizaram e valorizaram seus próprios umbigos ante a festa do pão que era pra ser dividido a todos do circo?

Vivo, pois, sem vida, um viver de lacônica estrada, sonhando viver ainda um grande amor, nesta minha vida de viver sem vida. O amor será a flor que renasce linda no jardim de quem plantou e regou e morre intensamente a cada dia por perseguir dentro do peito, forma de salvar o viver da vida.

Talvez me salve a poesia, talvez me salve a poesia ou um poema de mim na contradição do milagre que para mim não existe se não na necessidade de sua existência.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O SENADOR DOS BARES

Olha-lo caído ali no chão, sobre uma sangueira rubra e espessa, gerava várias sensações, um quase nojo, uma quase pena, pavor eu acho. Era uma cena de cinema com fotógrafos, jornalistas, a polícia e as pessoas curiosas, ilustres desconhecidas como que figurantes compondo uma cena.

E eu, coadjuvante curioso e quieto, vi o mundo girar veloz em minha memória, vitima que era daquela circunstância caustica, formada por aquele cheiro, aquela visão, aquele burburinho, com comentários desencontrados e inúteis.

Em minha mente um outro filme começou a rodar. Hora em câmera lenta, hora em fast foward. Era difícil conciliar as coisas, o flash back e o real, o silêncio do corpo caído e o burburinho geral.

Minha mente rodava confusa.

Olhei para o bar em frente, e veio nítida a imagem de uma conversa anterior, onde ele, engajou-se em um discurso de cunho social apaixonado. Era um homem de leitura, não propriamente um intelectual, mas tinha uma boa formação. Discorreu então, neste breve momento de nossas vidas, sobre a formação da política local, tinha de cabeça dados históricos, nomes, datas, fatos. Faltava-lhe os documentos, prova de seus argumentos, pois, qual nada, era ele o próprio documento “in vitro”.

Era uma conversa divertida, conversa de bar, entremeada por rápidas interrupções para piadas, gargalhadas e espiadelas nas perdidas, nome que dava as mulheres de seu gosto, que passavam pela calçada adjacente e longos goles prazerosos de cerveja, que exigia, “só aceito Bohemia”.

Era difícil aceitar como fato, a condição que hora se apresentava. A caneta em sua mão fez-me concluir, que deveria ele estar fazendo o que lhe era peculiar, “dando nome aos bois”. Teimava em apresentar nominalmente os culpados pelo Brasil que temos. De forma hierárquica e com muito método, chegava a propor uma longa lista de nomes a nível Federal,Estadual e Municipal, concluindo com o bairro: “Estes são os matracáfios do nosso povo, os destruidores de nossa sociedade”, bradava.

Merinha, a dona do bar, sempre lhe dizia, “esta mania de ficar se metendo em política e mexendo com a mulher dos outros, ainda vai te dar problemas sérios, homem de deus, vê se fica direitinho!!”. Ao que lhe respondia sorrindo “Eu sou o Senador dos bares e o Mangueirinha, é meu palanque. Bota mais uma Bohemia no balcão.” E ria, e falava e olhava batendo palmas às perdidas que passavam.

Ali no chão, semeando a terra, vários homens em um. O cliente, o cidadão, o antropólogo, o sociólogo, o homem, O senador dos bares. Aqui, eu apenas mais um que nem sabia seu nome, sigo para casa, ainda atordoado, perguntando-me por que nunca houvera perguntado seu nome, e se vale à pena viver, se nossa opinião sobre a verdade não pode ser dita.

Sylvio Neto
Publicado no Recanto das Letras em 07/12/2005
Código do texto: T81981

terça-feira, 3 de maio de 2011

SOL E CHUVA


SOL E CHUVA


Quando me quero

Soul mesmo

Menos que posso


Quando posso quase ser o que quis

Sou mesmo quase nada

Diante do que já fiz


Sem respostas

E senhor de muitas apostas

Vivo um viver

De ser

Muito menos pelo que já fiz


Não há razão em subjugar o não

E nem subjetivismos impossíveis

Na criatividade do sim

E os meios

São apenas estradas de sol e chuva

segunda-feira, 2 de maio de 2011

1 de MAIO DE 2011 UM DOMINGO INESQUECÍVEL



A UNANIMIDADE É BURRA E SEM FREIO

O Brasil não privilegia o vice...OSegundo lugar e o mérito deste, não conta...Esta máxima é a verdade para qualquer esporte e para qualquer situação onde ocorra enfrentamento de força e competição (salva-se aqui, o concurso público).

Ontem, além do passo para a santificação de João Paulo II e da morte de Osama Bin Laden, foi dia dos flamengusitas...Da urubuzada...

Em todo o Brasil há flamenguistas, muitas vezes em maior numero que o de outras torcidas...É então e portanto ela, a maior torcida do Brasil...No Brasil, existe mais flamenguista que católico.

Existem flamenguistas em todo o mundo...

É o flamengo o time do concenso. O Maior.O que mais vence...O que dah mais alegria..

Sou botafoguense...Não sei por que...Acho que pelo Garrincha, soul de 63...Década do auge do Botafogo...Meu pai era fluminense...Não dei a ele o gosto e meu filho não mo deu também, pois é flamenguista...Eu não fiquei triste pela escolha, só achei boba, flamengo todos são - onde está a graça?...O avô materno de meu filho é flamenguista, meus irmãos são...O mundo é - onde está a graça na unanimidade?...Um grande homem da dramaturgia brasileira falava que "a unanimidade é burra"...Eu concordo.

A grande verdade é que naum gosto de futebol...Não assisto, não torço...não sofro. Nem a Copa do Mundo me anima ver um jogo - aqui o bacana é a unidade...a unanimidade da torcida, esta sim, não é burra...A unanimidade é a Nação em movimento,movida a um só pensamento...Diga-se de passagem...A bobice de muitos brasileiros comuns e da imprensa a torcer pela Argentina, na última Copa2010, entristecidos, enraivecidos, envaidecidos com o técnico Dunga e, com suas muzengas e com os descaminhos da CBF de Ricardo Mafioso Teixeira, me enojaram

O flamenguista, aufere a sí títulos que só eles conhecem...E os tem decorados...O flamenguista Bonde Sem Freio, que em crise há pouquinho tempo, sagrou-se campeão do Estadual, ontem - não quer saber de nada...Só dele próprio dahí ser mesmo sem freio...Farinha pouca meu pirão primeiro...Assim vão as ruas aos gritos sempre que ganham ou perdem...Quando ganham comemoram e quebram tudo...Quando perdem reclamam e quebram tudo também...

O flamenguista quebra tudo sempre...flamenguista é unanimidade...está sempre certo... não tem freio

Os ladrões de sonhos, os usurpadores de títulos, os flamenguistas não pensam na quantidade de sonhos quebrados, nas promessas de pais apaixonados por seus filhos e times que prometem hávidos de que o choro dos seus vai cessar...E mentem sem querer...Pois o flamengo papa tudo...O Flamengo cura até doenças e é o Bonde Sem Freio...Não Ceder Aos Supressores De Sonhos É Uma Arte...O Lema Dos Caras É " Tudo Nosso"...Tal qual Os Imperialistas Americanos Hoje, Tal Qual Aos Imperialistas Japoneses (Há Poucos Séculos Atrás)...Tal Qual Aos Imperialistas Romanos (Muitos Séculos Atrás)...E Ainda, Tal Qual, Aos Atuais Donos Do Mundo Aqueles Cidadãos Em Armas (desde Ur) e Habitantes De Um País Pequenino Que Tem Menos Habitantes Do Que Os Seus Espalhados No Restante Do Mundo...Tudo Nosso...Tudo Nosso...Os Papa Tudo!!!!

Vidas destruídas é o que vemos pela hegemonia deste time...Apostas perdidas, cabelos cortados a revelia, bulling nas escolas...Namoros desfeitos...Filhos drogados: - meu pai prometeu que o América iria vencer, que seria campeão...E nunca foi...Meu pai mentiu, não acredit mais na familia, na ética e na moral...

NA MORAL:
Disseram-me, não sei se é verdade, que por torcerem muito com o coração e a plenos pulmões os flamenguistas viraram bonde sem freio ... E a expressão é alusão a freada na cueca, causada pelo esforço na torcida...O ar sai empurrando o conteúdo da torcida corpo abaixo (vide foto)



TRABALHA DOR



A educação seria meu natural e ideal emprego, não fossem as agressões diárias impostas por alunos e ainda por coordenadores e diretores da Instituições de Ensino - É preciso haver no professor, muito mais que conteúdo didático, é preciso que haja um leão dentro de cada mestre, para que possa atravessar inteiro o dia a dia.


Afetado e prisioneiro do comportamento ético e moral de alunos e profissionais do ensino - E é preciso ainda falar da política de salários e ainda dos atrazos destes e ainda da falta de compromisso com data de pagamento. Raríssimas escolas assinam a CTPS, raríssimas dão Rio Card - Busquei outras atividades...

Ano passado, em setembro fui contratado por uma empresa de telefonia...ra a oportunidade de requalificação profissional...Exames admissionais feitos, contrato e carteira assinados, a rua era minha...Sem experiência e sem treinamento, sofri aos oito dias de trabalho um acidente, junto a equipe que trabalhava...Nada muito grave mas ainda tenho as dores...Nada oficilaizado em Comunicação de Acidente de Trabalho...Aos quinze dias me roubam o veículo que dirigia e que era responsavel, uma Kombi...Inicia-se aqui uma estigmatização que me acompanhou até o dia de sahída do emprego...

Não acostumado ao dia a dia daquele profissão, andei muito, carreguei muito peso, sofri muita humilhação dos antigos...O treinamento e a qualificação vem do dia a dia na rua...Sob pressão e humilhação...Hora extra não são pagas...Finais de semana são pagos quando querem e nunca " sempre" e na medida do trabalhado...


Embora exista m sindicato, razoavelmente forte, a maior parte dos trabalhadores de telecomu nicações não é sindicalizado...Não acreditam simplesmente no sindicato...O modus Operandi, citado aqui, é comum a quase todas as empreiteiras do segmento...Exceções observam-se nas grandes empresas de telecomunicações, mas mesmo em uma portentosa Embratel, observa-se dicotomias e aberrações com o respeito e direitos tradicionais trabalhistas conquistados com dor .
Por Tal Surgiu em 26 de outubro de 2010...Este Poema que dedico ao trabalhador brasileiro.

TRABALHA DOR

DILACERA MEUS MUSCULOS

Quando O dia
Abre-se em manhã
Inda a dor de ontem
Corrói e diminui a força
Do corpo

Não há beleza
No início do crepúsculo
Matutino náutico
Que a cure

Levanta o homem
A se dar a labuta
Segue o corpo
A cumprir os desígnios
Do mundo do capital

Os sonhos e lembranças
De risos
Ficam ainda
No cheiro da cama
Enquanto cabeça, tronco
E membros
Marcham mecanicamente
Em direção ao sal do sustento

Na justiça que pensa
Este homem cansado
Estaria o ético equilíbrio
Entre o valor de sua
Mão de obra
E a paga que recebe

Não há justo preço
Nas remunerações
Da força de trabalho
Não há sintonia
Nas relações trabalhistas
Com o lucro do investidor

E segue dia após dia
Célere e sem atrasos
O cansado trabalhador



OBAMA MATOU OSAMA

Ainda muito melhor que as minhas próprias impressões, estou postando as do Azenha, que traduzem quase que literalmente as minhas jah expostas no FaceBook...

ANTES UM PENSAMENTO QUE ME OCORRE ...

Ozama Bin Laden, por minha opinião verdadeira - uma quase viagem que acredito - jah havia sido morto desde a grande caçada, iniciada no pós 11 de setembro.

Alertado sobre as consequências que poderiam surgir, Bush, engavetou o espargimento desta notícia...Sem comemoração externada a Nação, sem provocação, sem nada...Obama, excitado pela vontade de "perpetuar" sua presidência por mais um mandato e de olho nas pesquisas de aprovação de seu governo e ainda no desgaste sofrido ao longo do mandato...Aceita o plano...Vamos matar o morto...Vamos matar o ícone, o símbolo...Foda-se se vai transformar-se em mito, foda-se se vai haver retaliação, foda-se se a rede al Kaheda vai ficar sem freio, sem linha de administração e comando...

As más línguas falam de mentira, de maquiagem via photoshop na foto publicada...O que é fato é que o Casamento Real, fica ofuscado com esta novidade...Os Jornais tem agora assunto pra muito...A popularidade de Obama que matou Osama...Cresce e cresce...

MATÉRIA DO AZENHA

2 de maio de 2011 às 12:15
A morte de bin Laden, a caminho da irrelevância

por Luiz Carlos Azenha

Osama bin Laden era um homicida que pretendia implantar no mundo um califado.

Surfou na profunda sensação de humilhação dos muçulmanos diante do desprezo ocidental e no desespero de milhões de muçulmanos diante da falta de resposta de governos locais — muitos dos quais, aliás, mantidos com apoio do Ocidente — às demandas sociais.

Eu me lembro de ter visto, pasmo, no Quênia, numa viagem em que visitei a cidade de origem de Barack Obama, a imagem de bin Laden estampada na lataria de matatus, os ônibus locais, como se fosse uma espécie de herói.

E olha que o Quênia não é exatamente um caldeirão de extremistas…

Tive a oportunidade, também, de visitar a universidade onde foram formuladas as ideias do talibã, na Índia, financiada pela Arábia Saudita. Bin Laden e os talibãs foram aliados de conveniência no Afeganistão: a matriz de pensamento de ambos era o wahabismo saudita, que prega a restauração moral e intelectual do islamismo de olho nas glórias do passado.

Os estudantes da escola eram de famílias muito pobres da Índia, que viam no internato a possibilidade de redenção numa sociedade altamente estratificada e sob as mudanças estonteantes causadas pela globalização, especialmente no meio rural. A escola era a “fuga” para a segurança, material e moral.

Em várias sociedades muçulmanas o cidadão comum encontra através das mesquitas ou do ensino religioso os serviços sociais que não lhe são oferecidos pelo estado, capturado em vários lugares por elites ocidentalizadas e corruptas.

Essas nuances todas, obviamente, foram desprezadas pela conveniente “guerra ao terror”, que justificou inclusive a invasão do Iraque, o mais secular dos países árabes, com o uso de uma falsa ligação entre Saddam Hussein e Osama bin Laden. Saddam abominava as lideranças religiosas e só mais tarde, depois da primeira guerra do Golfo, promoveu uma intensa campanha de construção de gigantescas mesquitas como forma de ampliar seu apoio interno.

Visitei a maior delas, em Bagdá, algumas semanas antes da invasão que derrubou o regime de Saddam.

Bin Laden foi morto quando caminhava para a irrelevância política, substituído por partidos ou movimentos influenciados fortemente pelo islamismo, no molde do que hoje governa a Turquia. A Irmandade Muçulmana, vista antes com horror por Washington — quando isso era politicamente vantajoso –, agora é tida como fator moderador no Egito e em outros países do Oriente Médio onde exerce alguma influência.

A médio prazo, a canalização político-partidária do descontentamento dos jovens árabes e muçulmanos mataria bin Laden por falta de oxigênio, especialmente porque os recrutas dele eram jovens de classe média radicalizados pela falta de oportunidades. São os mais inclinados a encontrar resposta para suas aspirações nas mudanças em andamento no mundo árabe.

Barack Obama fez o serviço antes, com isso dando um passo importante para garantir a reeleição em 2012. O sucesso da CIA diante de tantos fracassos anteriores e a discrição de Obama nas últimas horas colocam Obama no papel de moderado, diante dos “talibãs” republicanos.