terça-feira, 31 de maio de 2011

De Volta Ao Começo: Domingo No Donana



Mulheres maduras, rugas, cabelos brancos, crianças...
O Reggae de Belford Roxo está casado e tem filhos...
Envelheceram os homens, artistas, que se apresentam em risos desmedidos e sem vergonha ou dó de suas rugas e cabelos brancos...
A comum dread lock...Agora é passado para muitos...As existentes, agora são dos garotos antenados e dos filhos da moda...
Os velhos músicos, precursores do movimento, ainda envergam bem as pernas e braços em movimentos contorcidamente harmônicos...
O reggae não morreu...
O Movimento esteve sim, enterrado e esquecido por aqui...
Continuou vibrante mundo a fora...Mas a sua importância como instituição imaterial que deu zelo, força, identidade e auto estima a uma comunidade inteira, que pôde gritar alto e cantar, dando fim ao estigma que assolava esta Terra dos Jacutingas nativos e dos Jacutingas negros, trazidos de África como escravos, os resistentes Hidras de Iguaçu...Não esmoreceu jamais...A importância da música reggae estava dentro de cada coração, escondida sob pedras e paredes...Resistente e viril, tanto quanto o foram os Hidras de Iguaçu.

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Dia 29 de maio de 2011, domingo à tarde, foi dia de reggae na Pian...
Dia que marca o verdadeiro recomeço do Centro Cultural Donana...
Dia que marcou a ferro em cada um de nós, a importância e a referencia que é ali, o CCD, para que não seja, jamais, novamente esquecido, que aquele Centro de Referência Cultural é único e jamais poderia ter encerrado atividades...Que a dor da distância dos encontros embalados a música, poesia, dança, capoeira, risos e abraços, seja, a marca da resistência e que seja também um alerta...Para que não se olhe jamais novamente, somente e somente, para os umbigos do interesse pessoal.

O umbigo do Centro Cultural Donana...Precisa ser coletivo, independente das muzengas que maus artistas e ou preponentes destes venham trazendo...

O encontro foi contagiante...Algo como um chamado de fumaça ou de tambores...A que obedecemos todos...Independentemente de particularidades (umbilicais) e ou rusgas passadas...

A Praça é do povo e o Céu é do condor e o Centro Cultural Donana é a praça...Portanto do Povo É...

Todos os artistas...
Ou quase todos...
Todos famosos ou nem tanto assim...Mas todos inteiros, convictos, alegres
Com suas esposas, seus filhos, seus cabelos brancos, suas rugas e rusgas...
Todos...
Ou quase todos...
Artistas de suas artes...
Estivemos no Donana...

Abraçando, rindo, beijando, lembrando, filmando, fotografando e dançando ao som das pick ups comandadas por MPC e seu Digital Dubs Sound System.


A galera do Cabeça de Nêgo, esteve no evento com a formação quase completa...Gui (batera), Rico (guitarra), Reinaldo (guitarra) e Emerson Matheus (baixo)...Foram faltas notadas Biguli (vocais e percussão) e o Marruda (vocal).



Uma Figura Muito ilustre na história do recomeço e reinvenção da Banda Cabeça de Nêgo é a Renata Cobre, que segue cheia de coragem levando nas costas a pesada missão da produção executiva da galera...Colocamos o papo em dia e fiquei bastante agradeciso pela consideração da galera em me convidar para escrever o release...Tô nesta labuta...Tah saindo...

Dia 15 de junho, no Centro Cultural Carioca, rola show da galera: Vamos chegar por lá...

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