sábado, 28 de agosto de 2010

CARTA DE AMOR: Agonizando a Despedida


AGONIZANDO A DESPEDIDA

Queria hoje, tua presença. Ah! Sim, queria...

Ontem quis. E tive, ontem, até ontem.

Oh! Céus, como foi diferente conviver em teu ambiente, gozar com teu gozo. Esposar-te na hora de meu despojo, razão e hora do amor todo, que guardei para aquele instante.

Quis tanto você, na verdade, que esqueci toda minha vaidade, e a maldade possível tão dita, pelos que olharam, séria, minha dedicação e instante.

Eu só quis fazer teu mundo novo, quis sorrir feliz de novo, quis uivar olhando estrelas, céu, noite e luar...

Eu quis perfumes, cores e sombras que vejo ao me outrar, quis enfim respeito acima de tudo, pois que, amor sem razão, é esquisito, é putaria, puro conflito.

Ah! Quanto te quis, não vais saber nunca, pois que, na mentira ficou a vontade, que é grande amiga, da verdade.

No grito, na confusão mental, no escândalo, foi-se o outro resto.

Em sinal de protesto, calei...Não te vi. Não te quis.

Sofri meu medo, perdi meu segredo.Voltei a ti – no embaralho.

Pro caralho a solidão, ao inferno com a razão.

Da razão, o sentimento é parte, fazem-se em conjunto como na arte.Unidos à entrega, na coalizão.

Deixo aqui, este, como um beijo, não como um longo epitáfio em negro jazigo. Faço deste, minha presença, sem maldade, sem razão, pois que, este, já o é.

Só, com a vontade de ti, que antes habitou todo meu ser.

Fica em paz, encontre tua parte, mas, não te acometas mais daquela arte que ousastes pintar em mim.