sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PERDURÁVEL

Dou aqui, lugar a um poema escrito e postado em meu FaceBook, há dois dias atrás, por conta das palavras e comentários, de dois queridos amigos escritores:

Pelo que me deixou muito hávido, envaídecido e potente, às palavras de Marlos Degani, poeta premiado, que é autor do livro Sangue da Palavra e editor do Blog de mesmo nome é pessoa que trata com esmero a sua entrega ao universo poético. Escritor que vai além da literatura, pois que, trás para o circulo de seu poema e de sua poesia todo um tratado filosófico que é de seu pensar e autoria.
E que ainda na reunião destas qualidades acima descritas - vive a perseguir e perseguir o poema...Desacelera sua concisa e precisa busca, estilosa e dentro da cadência normativa da Lingua Portuguesa e da Literatura Brasileira, para tecer o que recebo como um elogio...
" Quisera eu ter um naco que fosse desta sua visceralidade (ampla e veloz). Quisera eu..."
 
Por conta, do olhar carinhoso - nunca caridoso - sobre a minha pequena e fina obra, pelos comentários que sempre surgem, pelas idéias de somar que sempre vem de seu coração de olhar com senso crítico e criativo, que acabam me sendo incentivadores, Cezar Ray, o editor do Blog Zarayland, campanário de lembranças e memórias que de forma célere ainda consegue ser ricamente ilustrador de um tempo, de um momento, de uma cena ou de um movimento...
"Marlos Degani nunca me elogiou assim (ciúmes) mas ele tem razão. Nem só pela visceralidade que existe em vc. Acho que vc conseguiu desta vez escrever sua obra prima. Talvez, não o poema todo. Mas os versos finais "Quisera ter encontrado / Uma forca / Dentro de teu coração... É realmente um dos versos mais lindos e mais chocantes da literatura mundial. E falo isso com uma inveja danada!!!!!"

Muito, muito, muito obrigado...

FRUGAL
 
Entrei e procurei
Nada achei
Nada havia dentro
Daquela cabeça
Daquele coração
Quase todas as palavras
Surtavam
Pois não diziam, o que devem dizer
Não havia plexo
E os abraços não abraçavam
Nada tinha nexo
É tudo muito pérfido, tênue
Oh! Plasma ignóbil, fugaz e plissado
E meu âmago em veneta, arroubo, ígneo
Chora esta  nódoa
E destoa seu normal e simplório coloquial
Para dilapidar
Palavras
Que nunca falou a ninguém
Quisera ter encontrado
Uma  forca
Dentro de teu coração...

Um comentário:

Zaray disse...

Mais uma vez por aqui. Agradecido pelas belas palavras que redigiu sobre este vate vagaba cá. Poema lindo!