terça-feira, 29 de setembro de 2015

EFEITO CULTURAL OU HUMANO?

ONDA DE CRIMES NO BRASIL: 
EFEITO CULTURAL OU HUMANO?

Com as obras do Avohai Bistrô, novamente paradas a mais de 20 dias eu e meu eu, novamente voltamos a nos desesperar, definhar e dispersar: A esperança é uma palavra que a gente fica tão amigo e íntimo, que parece não mais existir.

Com tempo de sobra - pouca vontade de ver o mundo e conversar - ataco de Netflix, nas séries que me amarro e de Sky (argh!!!) ainda nas séries e alguns poucos filmes (tiro, porrada e bomba é claro).
Ainda ontem, na série que mais gosto, Criminal Minds, ouvi o personagem Gideon, dizer a um capitão de polícia do México, contrariando a sua tese de que a criação e evolução de crimes seriais se daria num contexto cultural - ou seja os crimes nos E.U.A não seriam motivados pelos mesmo motivos dos crimes no México.

O Gideon, do alto de sua intelectualidade sobre crimes diz: penso que o crime é algo de um contexto humano.

E nós aqui no Brasil, sob o contexto das milícias que foram os capitães do mato, os integralistas, os homens jagunços do coroné, o cangaço, a polícia mineira, o esquadrão da morte e a recente volta das milícias no Rio de Janeiro, fora o que conhecemos como, os "matadores", aqueles que são a justiça e a Lei dos Bairros, na Baixada Fluminense, poderíamos concordar com o pensador dos crimes, o especialista do FBI, para crimes em série?
Casa do serial killer de S.Paulo, destruída por populares

Ou temos aqui, no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, na recente loucura de São Paulo e na tradicional carnificina de Exú e ainda em todo o Nordeste, o efeito humano?

Ou seria mesmo o efeito cultural?

Ou geramos uma sociedade, voltada em alguma fração para o assassinato, para a morte covarde, para o extermínio do incômodo, do mais fraco, do preto, do outro, sempre pelas costas ou em desvantagem de surpresa, por conta de todos os exemplos dados acima, que nos dá uma certa espécie de característica sócio cultural, bem mais afinada com a permissividade que encontramos na falta da porosidade na política, no poder e na Lei?

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