terça-feira, 29 de setembro de 2015

Jardim de Milton Roque

Que conversa linda entre uma mulher o mar e a lua, no poema abaixo que me enviou o querido Milton Roque - Ode de sua irmã, com belas letras a natureza!

FIQUEI MARAVILHADO COM A FORÇA DESTE POEMA, COM OS VÁRIOS DESVARIOS QUE SUSCITA, PELO CHAMAMENTO DO FEMININO DENTRO DE MEU EU...

SEM TITULO



Estou aqui há alguns dias...

e não senti vontade de visita-lo.

Não gosto de te ver assim, irritado,

aborrecido, violento até.




Você nem sentiu minha falta.

Também, irado como estava!..

O que foi dessa vez?

Há! Já sei.



Ela estava linda clareando a noite,

bojando, suspensa pelas mãos Divina.

Foi "ela" não foi?

Ela te deixa assim,

fazer o que? Convenhamos.


Tantos elementos te deixam calmo e azul...

o Rei te aquece

e dá brilho avermelhado

em sua superfície ao se deitar.

Te transforma.


Seu bailar tranquilizador

ao quebrar de suas ondas,

entoam o som de notas musicais

na natureza...

e você, nem se importa!

Isso é coisa de macho.


Nunca valoriza quem lhe faz feliz.

Seu interesse maior é a fêmea sedutora,

misteriosa, deslumbrante e lindamente atrativa

"Mesmo que você se sinta assim,

exatamente com está agora, entediado,

explodindo de raiva ao lançar sua língua

com espumante salivas sobre a areia fria e nervosa..


" mesmo assim você não desiste dela.

Afinal, se fêmeas levam a fama, de terem duas caras...

imaginem a Lua com quatro.

Não vou te admirar como sempre faço.

Prefiro esperar que ela se vá.

Tímida, apagada, e pela metade.


Aí por algum tempo, você será nosso, belo, tranquilo e azul.

Por enquanto entenda-se com Ela.


Arlete

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